RESUMO
Objetivo:
analisar os aspectos estético e cicatricial pós-operatórios (PO) de pacientes submetidos a postectomia por diferentes técnicas cirúrgicas a partir da avaliação de profissionais experientes de áreas afins.
Método:
ensaio clínico prospectivo e randomizado, incluindo 149 meninos em idade pré-escolar com indicação médica de postectomia, divididos em três grupos: postectomia com dispositivo hemostático Plastibell® (grupo PB), técnica convencional (grupo CV) e convencional com pontos subcuticulares (grupo SC). Os pacientes foram fotografados em ângulos predefinidos no 30º e 60º dias de PO e as fotos avaliadas por três especialistas (dermatologista, pediatra e cirurgião plástico) que atribuíram notas entre 1 e 5, quanto aos aspectos estético e cicatricial em cada momento. Notas 4 ou 5 de todos os especialistas caracterizaram o “melhor resultado”. Os dados foram submetidos à análise estatística para comparar as técnicas cirúrgicas, as avaliações dos especialistas e as complicações pós-operatórias.
Resultados:
a maioria dos pacientes obteve “melhor resultado” cicatricial (70%) e estético (56%). O resultado geral final apontou o grupo PB como superior quanto à cicatrização (p=0,028) e o grupo SC quanto ao aspecto estético (p=0,002). Para o dermatologista, na segunda avaliação, o grupo CV apresentou o pior resultado estético, enquanto para o pediatra e o cirurgião plástico, o grupo PB apresentou o melhor resultado cicatricial e o grupo SC o melhor resultado estético. Não houve diferença entre os grupos quanto à presença de complicações.
Conclusão:
as técnicas cirúrgicas mais empregadas para realizar postectomia em crianças foram avaliadas quanto aos resultados cicatricial e estético de distintas maneiras. A análise desses dois parâmetros entre especialistas de áreas afins divergiu entre eles e ao longo do tempo.
Palavras chave:
Circuncisão Masculina; Fimose; Cicatrização; Estética