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Avaliação da carga do tumor em linfonodo sentinela nos doentes portadores de melanoma cutâneo

RESUMO

Introdução:

o melanoma cutâneo (MC) é uma neoplasia maligna de comportamento agressivo, derivada das células melanocíticas, geralmente causado pela associação de interação da suscetibilidade genética e a exposição ambiental. A biópsia do linfonodo sentinela (LNS) é um procedimento utilizado para rastreamento de doentes com necessidade ou não de linfadenectomia, diminuindo a exposição do paciente a cirurgias maiores.

Objetivos:

correlacionar a carga do tumor no LNS com a mortalidade de pacientes com MC.

Métodos:

foram examinados retrospectivamente prontuários e lâminas histológicas de doentes com MC submetidos a biópsia de LNS atendidos no HC-Unicamp entre o período compreendido de 2001 a 2021. Os LNS positivos foram mensurados quanto ao tamanho da área de infiltração do tumor, para análise da profundidade de invasão (PI), menor proximidade com a cápsula (MPC) e carga do tumor (CT). As associações entre as variáveis foram analisadas pelo teste Exato de Fisher, com pós teste de Bonferroni e Wilcoxon.

Resultados:

foram identificados 105 pacientes com biópsia de LNS, sendo nove (8,6%) casos com LNS positivo. A média de MDC, CT e PI foram 0,14 mm, 32,10 mm, e 2,33 mm, respectivamente. Doentes com tumores T2 e T3 apresentaram maior chance de acometimento do LNS (p=0,022). Nenhum paciente com LNS positivo foi a óbito durante o acompanhamento.

Conclusão:

doentes que apresentaram tumores maiores (T2 e T3) apresentaram maior chance de linfonodos sentinelas positivos. Além do tamanho do tumor, a presença de maior carga do tumor demonstrou que os mesmos podem ser beneficiados pela biópsia de LNS.

Palavras-chave:
Melanoma; Linfonodo Sentinela; Diagnóstico

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