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Comunicação não verbal com profissionais da voz: o que se pesquisa na fonoaudiologia

RESUMO

A comunicação não verbal é parte da comunicação e está sempre presente de maneira intencional ou não. Pode influenciar, segundo alguns autores, mais de 90% a expressividade na relação dialógica. Cada gesto, cada olhar é uma valiosa fonte de informação sobre a emoção que acontece no momento da comunicação. Como o fonoaudiólogo atua com a comunicação, para um trabalho efetivo ele deve procurar trabalhar aspectos da comunicação não verbal e verbal, sempre associados. Foi realizada uma revisão de literatura entre os anos de 2005 e 2015 nas principais revistas científicas, nacionais, da Fonoaudiologia: Revista CEFAC, Revista Distúrbios da Comunicação - DIC, Pró-Fono - Revista de atualização Científica, Jornal da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, CoDAS, Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia e Audiology Communication Research - ACR. A busca pelos números e a análise das publicações sobre voz de todas as revistas foi feita dentro da página da plataforma de busca em saúde Scientific Electronic Library Online - SciELO. Foram encontrados 342 artigos sobre voz. 176 eram sobre profissionais da voz dos quais apenas oito abordavam o tema comunicação não verbal. Desses, três se referiam aos profissionais de rádio e TV, dois artigos sobre professores, dois sobre atores e um sobre estudante universitário. Observou-se que, apesar da relevante importância da comunicação não verbal no processo comunicacional, não há muitas publicações fonoaudiológica sobre não verbal e profissionais da voz.

Descritores:
Comunicação Não Verbal; Comunicação; Voz; Fonoaudiologia

ABSTRACT

Non-verbal communication is part of communication and regardless intention, is always present. According to some authors, expressiveness may influence over 90% of a dialogic relationship. Each gesture or look is valuable source of information about the emotion while communicating. Speech-language Pathologist (SLP) is the professional that must seek all aspects of communication, verbal and non-verbal, altogether. Literature review was performed among the years of 2005 and 2015 in the main national SLP scientific periodic: Revista CEFAC, Journal of Communication Disorders - DIC, Pro-Fono - Revista de Atualização Científica, Journal of the Brazilian Society of Speech, Codas, Journal of the Brazilian Society of Speech Pathology and Audiology Communication Research - ACR. The SciELo - Scientific Electronic Library Online - was the platform used to look for the voice papers. 342 voice papers were found. 176 were about voice professionals and, from these only eight addressed non-verbal communication. From the eight, three were about radio and television professionals, two about teachers, two about actors, and one about college students. Despite the importance of non-verbal resources in communication, there are few SLP publications on non-verbal communication and voice professionals.

Keywords:
Nonverbal Communication; Communication; Voice; Speech, Language and Hearing Sciences

Introdução

A comunicação não verbal está sempre presente, implícita ou explicitamente. Representa signos comunicacionais da ordem do não dito e se constituem como formas de linguagem não verbal altamente eficientes no mundo da comunicação humana11. Birck V, Keske H. A Voz do Corpo: A Comunicação Não-Verbal e as Relações Interpessoais. Anais do XXXI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação.; 2008 Set 2-6; Natal. RN: Intercom; 2008.. A comunicação não verbal em um contexto de interação social, segundo os autores, abrange 93% das possibilidades de expressão. 38% das oportunidades são por sinais vocais (entonação da voz, grunhidos, ruídos vocálicos de hesitação, pronúncia, tosse e o suspiro provocados por tensão) e, em 55%, pelos sinais silenciosos do corpo, como os gestos, o olhar, a postura, a expressão facial e as próprias características físicas22. Rector M, Trinta A. A Comunicação Não-Verbal: A Gestualidade Brasileira. Petrópolis. Editora Vozes, 1985.,33. Silva MJP. Comunicação tem remédio: a comunicação nas relações interpessoais. In: Silva MJP (ed). Comunicação não verbal. São Paulo: Gente; 2002. p.45-52..

O não verbal é uma ferramenta comunicativa poderosa, tem grande importância no processo comunicativo, pode influenciar positiva ou negativamente um discurso. A linguagem não verbal pode ser reveladora das relações de comunicação, expõe verdades, reforça ideias, favorece ou dificulta o entendimento, dá ênfase à comunicação. A linguagem não verbal pode estar expressa nos sons, nos gestos, nas expressões faciais, na motricidade corpórea, na arte e nos símbolos com significação conotativa44. Gois AV, Nogueira MFN, Vieira NV. A linguagem do corpo e a comunicação nas organizações. Revista Anagrama: Revista Cientifica Interdisciplinar Da Graduação, 2011;4(4):1-12.. Uma personalidade pode ser desvendada, apenas com a observação da linguagem corporal do outro. A face de uma pessoa pode transmitir muitas informações, as sobrancelhas podem expressar surpresa, desconfiança, dúvida, podem transmitir informações sobre a personalidade das pessoas55. Cohen D. Linguagem do Corpo: O que você precisa saber. Petrópolis: Vozes, 2009..

O fonoaudiólogo é o profissional especializado na comunicação humana que, por surgir com uma relação próxima à Medicina e à Educação, teve em sua trajetória uma prática preocupada primordialmente com a reabilitação. O trabalho de reabilitação e de saúde vocal carrega o ranço de uma prática clinico-organicista muito ligada à terapêutica na relação saúde/doença (presença do distúrbio) ou à prevenção que visa minimizar seu surgimento66. Chun RYS. Voz profissional: repensando conceitos e práticas na Promoção da saúde vocal. 3ª ed. In: Ferreira LP, Andrada e Silva MA, editoras. Saúde vocal: práticas fonoaudiológicas. Editora Roca, São Paulo (SP). 2002. p. 19-32.. De certa forma, essa prática tem direcionado o nosso olhar até os dias de hoje mesmo com o desenvolvimento da clínica fonoaudiológica e com o crescimento dos trabalhos de assessoria e aperfeiçoamento da comunicação.

Por outro lado, sabemos que foi junto ao acompanhamento dos profissionais da voz que se iniciaram os trabalhos de assessoria enquanto prática para o aperfeiçoamento da comunicação humana. Na assessoria a voz é considerada por duas vertentes: como instrumento de trabalho que, como tal, carece de cuidados e como expressividade como fatores implícitos na produção vocal que são importantes na interlocução com as pessoas77. Ferreira LP. Assessoria fonoaudiológica aos profissionais da voz. In: Fernandes FDM, Mendes BCA, Navas ALPGP, editoras. Tratado de Fonoaudiologia. Editora Roca, São Paulo (SP). 2010. p. 746-53..

A voz, instrumento de trabalho desses profissionais, compõe apenas uma fração da comunicação. A expressividade tem permitido que o fonoaudiólogo trabalhe com a comunicação não verbal, mas ainda em contextos específicos. Trabalhar com a expressividade significa atuar em conjunto com a comunicação verbal (conteúdo textual, linguagem escrita), com os recursos vocais (voz, articulação, modulação, ritmo de fala, pitch, loudness, ressonância, prosódia) e com a comunicação não verbal (gestos e expressão facial)88. Feijó D. A fala. In: Kyrillos L, Cotes C, Feijó D, autoras. Voz e corpo na tv: a fonoaudiologia a serviço da comunicação. Globo, São Paulo (SP). 2003. p 45-62.. Um trabalho desenvolvido predominantemente junto aos profissionais que usam sua expressividade corporal como um complemento em sua performance comunicativa, profissionais que trabalham com artes ou mídia.

Profissionais do canto, do teatro, de rádio e televisão são os estudados e frequentemente orientados durante o trabalho de aperfeiçoamento sobre a importância da expressividade e o papel dos recursos verbais e não verbais na comunicação. Não há dúvidas de que o trabalho de assessoria junto aos cantores, atores, e profissionais de jornalismo avançou, mas na clínica, a adequação de modelo ainda têm sido o foco do atendimento fonoaudiológico99. Penteado RZ, Chun RYS, Silva RC. Do higienismo às ações promotoras de saúde: a trajetória em saúde vocal. Distúrb Comun. 2005;17(1):9-17. Mesmo com a expressividade anunciada, insistimos, dentro do atendimento clínico, no treino de habilidades.

É preciso treino para aprender a dividir a responsabilidade comunicativa com o não verbal. Sabemos que há uma inter-relação entre os gestos vocais e corporais que acompanham a mensagem verbal e que o falante pode evidenciar algum tipo de conflito se houver uma incompatibilidade ou não simultaneidade entre os gestos ou entre os gestos e o sentido do discurso, mas não usamos essa ferramenta ao trabalhar com a comunicação dos profissionais de alta demanda vocal11. Birck V, Keske H. A Voz do Corpo: A Comunicação Não-Verbal e as Relações Interpessoais. Anais do XXXI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação.; 2008 Set 2-6; Natal. RN: Intercom; 2008..

Podemos e devemos trabalhar com essa ferramenta na assessoria, na clínica, na habilitação e na reabilitação, juntos aos profissionais de voz, aos clientes, às pessoas. Na perspectiva de demonstrar essa forma de expressão também como objeto de trabalho do fonoaudiólogo o objetivo desse trabalho é levantar e analisar artigos fonoaudiológicos que contemplem comunicação não verbal e profissionais da voz.

Métodos

Esse é um estudo de natureza descritiva com busca de artigos na literatura. Por se tratar de um artigo de revisão não foi necessário a aprovação de um comitê de ética. A busca da literatura foi realizada entre os dias 05 e 10 de março de 2016. Foram pesquisados artigos nas principais revistas científicas, nacionais, da Fonoaudiologia entre janeiro de 2010 e dezembro de 2015. As revistas selecionadas foram: Revista Distúrbios da Comunicação - DIC, Revista CEFAC, Pro-Fono Revista de Atualização Científica, Jornal da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia - JSBFa, CoDAS, Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia e Audiology Communication Research - ACR. A pesquisa das edições das revistas foi feita pelo índice das revistas através da plataforma de busca em saúde Scientific Electronic Library Online - SciELO.

A busca manual dos artigos adotou como procedimento acessar todas as edições entre 2010 e 2015 das revistas selecionadas e análise de todas as publicações pelo título, avaliação do resumo e, quando necessário, a leitura completa do artigo (introdução, metodologia, resultado e conclusão). Foram inicialmente selecionados, pela análise do título, artigos que apresentavam a voz como tema. Num segundo momento foram selecionados, com base nas informações do título, os artigos que abordavam os profissionais da voz. Num terceiro momento ainda com base nas informações do título foram selecionados artigos que abordavam a expressividade ou a comunicação dos profissionais da voz. Desses, foram selecionados após a análise dos resumos os trabalhos que abordavam o tema comunicação não verbal. Os artigos selecionados foram reunidos em um banco de dados e categorizados por título, ano de publicação, revista, volume, edição e resumo.

Figura 1:
Organograma da pesquisa que explica as fases de análise e avaliação dos artigos encontrados

Resultados

Ao todo 171 números foram avaliados somando todas as edições publicadas em todas as revistas. Foram 33 números da DIC - Distúrbios da Comunicação, 53 números da Revista CEFAC, 21 da Revista PRO FONO, oito números do Jornal da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, 18 números da CoDAS, 24 números da Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia e 12 da ACR.

Tabela 1:
Quadro com revistas e números pesquisados entre 2005 e 2015 separados por anos e revista

No primeiro levantamento, com a avaliação dos títulos no índice das revistas, foram encontrados 342 artigos sobre voz e 176 artigos que tinham os profissionais da voz como tema.

Dos 176 artigos encontrados, 18 apresentavam a comunicação do profissional e/ou a expressividade no título. Após a avaliação desses resumos o número de artigos, que apresentavam como tema comunicação não verbal e profissionais da voz, caiu para oito. Foram excluídos da amostra: publicações que não abordavam comunicação não verbal ou expressividade em profissionais da voz, estavam fora do período determinado na pesquisa, artigos de pesquisa de países estrangeiros ou publicações sobre o tema advindas de outras áreas que não a fonoaudiologia. Dos oito artigos sobre comunicação e profissionais da voz três (37%) abordavam questões relacionadas à formação profissional em rádio e televisão1010. Oliveira GC, Farghaly SM, Silva MAA. Fonoaudiologia e formação profissional em rádio e televisão: uma relação produtiva. Distúrb Comun. 2013; 25(2):293-6.

11. Penteado RZ, Gastaldello LM, Silva EC. Mudanças no telejornalismo esportivo e os efeitos na expressividade: estudo dos recursos vocais e não verbais dos apresentadores no programa globo esporte. Distúrb Comun. 2014; 26(3):482-92.
-1212. Silva EC, Penteado RZ. Caracterização das inovações do telejornalismo e a expressividade dos apresentadores. Audiol Commun Res. 2014;19(1):61-8. Dois (25%) falavam sobre a relação entre a comunicação não verbal e o professor1313. Sousa LFL, Leal AL, Sena EFC. A importância da comunicação não verbal do professor universitário no exercício de sua atividade profissional. Rev. CEFAC. 2010;2(5):784-7.,1414. Azevedo LL, Martins PC, Mortimer EF, Quadros AL, Sá EF, Moro L et al. Recursos de expressividade usados por uma professora universitária. Distúrb Comun. 2014;26(4):777-89., dois (25%) sobre a relação da comunicação não verbal com o ator1515. Ferreira LP, Amaral VRP, Souza PH. A fonoaudiologia e o ator de cinema: relatos de profissionais do meio cinematográfico. Distúrb Comun. 2010; 22(2):133-47.,1616. Andrade LL, Nascimento UM, Quintela SHC, Ramalho LA, Cabral MFB, Mesquita ICB et al. A expressividade do cinema mudo na construção de significados. Distúrb Comun. 2014;26(1):95-100. e um (12,5%) sobre a correlação entre comunicação não verbal e performance comunicativa em universitários1717. Azevedo RAS, Souza ACNF, Ferreira LP. Oficina de expressividade para universitários em situação de apresentação de seminários. Distúrb Comun. 2013;25(3): 458-76..

Tabela 2:
Levantamento do número de artigos sobre voz nos últimos 10 anos nas revistas brasileiras de Fonoaudiologia

Dos oito artigos selecionados, seis (75%) foram publicados na revista Distúrbios da Comunicação sendo, três em 2014, dois em 2013 e um em 2010. Um artigo foi publicado na Revista CEFAC em 2010 e um na ACR em 2014.

Três dos oito artigos selecionados tinham como tema a comunicação verbal e não verbal do profissional do telejornalismo, dois falavam da expressividade no ator, outros dois abordavam dentro das questões de comunicação a expressividade do professor universitário e um trabalho falou sobre a expressividade na comunicação de estudantes universitários de Direito. Nenhum artigo tratou exclusivamente da comunicação não verbal. Os artigos abordaram, dentre as questões de comunicação dos profissionais da voz, a expressividade e, dentro dela, a comunicação não verbal.

Figura 2:
Quadro com os artigos que de fato tomam a comunicação não verbal como tema separados por ano e revista

Discussão

O não verbal tem sido objeto de estudo de autores de várias áreas do conhecimento há mais de dez anos a exemplo da Educação1313. Sousa LFL, Leal AL, Sena EFC. A importância da comunicação não verbal do professor universitário no exercício de sua atividade profissional. Rev. CEFAC. 2010;2(5):784-7.,1818. Amorim RKFCC, Silva MJP. Opinião de docentes de enfermagem sobre a efetividade da comunicação não verbal durante a aula. Acta Paul Enferm. 2014; 27(3):194-9. e da Saúde1919. Barlem ELD, Rosenhein DPN, Lunardi VL, Lunardi Filho WD. Comunicação como instrumento de humanização do cuidado de enfermagem: experiências em unidade de terapia intensiva. Rev. Eletr. Enf. 2008;10(4):1041-9.,2020. Werlang SC, Azzolin K, Moraes MA, Souza EN. Comunicação não verbal do paciente submetido à cirurgia cardíaca: do acordar da anestesia à extubação. Rev. Gaúch. Enferm. 2008;29(4):551-6. e também como tem feito a Psicologia2121. Backes B, Zanon RB, Meime A, Romeira GM, Bosa CA. Comportamentos comunicativos não verbais em crianças com Transtorno do Espectro do Autismo. In: Peres A, Passerino LM, Vidor DCGM, Pereira ACC, editores. V Congresso Brasileiro de Comunicação alternativa. Gramado. 2013 2- 4 set; Gramado (RS). ISAAC Brasil. p 1-16. e a Fonoaudiologia2222. Amato CAH, Miranda FFD. O uso interativo da comunicação em crianças autistas verbais e não verbais. Pró-Fono R. Atual. Cient. 2010;22(4):373-8.,2323. Miranda FFD, Amato CAH, Balestro JI, Molini-Avejonas DR. Orientação a mães de crianças do espectro autístico a respeito da comunicação e linguagem. J Soc Bras Fonoaudiol. 2011;23(1):1-7. ao estudar a linguagem do corpo e a expressão de sentimentos e o não verbal em autistas.

A classe profissional que mais publicou e publica sobre o não verbal e que incorporou em sua prática profissional o não verbal como ferramenta de trabalho foi a Enfermagem. São publicações sobre não verbal como forma de cuidado2424. Santos CCV, Shiratori K. A influência da comunicação não verbal no cuidado de enfermagem. Rev Bras Enferm. 2008;58(4):434-7.

25. Ramos AP, Bortagarai FM. A comunicação não-verbal na área da saúde. Rev CEFAC. 2012;14(1):164-70.

26. Prochet TC, Silva MJP. Proxêmica e cinésica como recursos comunicacionais entre o profissional de saúde e o idoso hospitalizado. Rev Enferm. 2012;20(3):349-54.
-2727. Silva MJP, Trovo M. Linguagem não verbal: a forma mais relevante de se comunicar. Enferm Rev. [periódico na internet]. 2013 Out - Dez [acesso em 19/08/2015] (6):12-5. Dispinível em: http://portal.coren-sp.gov.br/sites/default/files/revista%20dezembro%202031%20na%20integra.pdf#overlay-context=node/35278
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-3636. Pagliuca LMF, Macêdo-Costa KNF, Rebouças CBA, Almeida PC, Sampaio AFA. Validação das diretrizes gerais de comunicação do enfermeiro com o cego. Rev Bras Enferm. 2014;67(5):715-21..

Se tomarmos a comunicação não verbal como uma ferramenta, é de relevante importância que o fonoaudiólogo a enxergue como tal, se aproprie das suas especificidades e de fato trabalhe com ela em toda intervenção. No atendimento da voz, quer seja na clínica ou em assessoria, geralmente trabalhamos com qualidade vocal, com inteligibilidade, com projeção, articulação, fatores que são responsáveis por apenas 38% do processo de comunicação.

A área de voz tem se transformado ao longo dos anos. O campo de atuação e o trabalho junto aos profissionais de voz se ampliou, mas ainda mantém arraigada uma intima relação com a reabilitação. Encontramos ainda na clínica vocal a tendência de fragmentar e reduzir a voz em parâmetros e características que podem ser regulados, controlados e disciplinados, como por exemplo, o pitch, a loudness, a velocidade, a postura corporal ou o foco ressonantal. Por essa herança organicista, o foco, frequentemente, se mantém na voz enquanto instrumento, nas questões relacionadas à produção vocal, suas alterações, seu aprimoramento e/ou sua cura3737. Penteado RZ, Ribas TM. Educative processes in the vocal health of teachers: a literature review of Brazilian studies in Speech-Language Pathology and Audiology. Rev Soc Bras Fonoaudiol. 2011;16(2):233-9.. Essa tendência muitas vezes deixa de levar em conta a integridade, o dinamismo e a complexidade da produção vocal e a relação com os contextos interativos, por exemplo. Essa revisão mostrou que mais da metade dos artigos (10 de 18) que referem expressividade no título não falam em momento algum sobre comunicação não verbal. A expressividade, que esteve inicialmente muito relacionada inicialmente à comunicação oral3838. Viola IC, Ferreira LP. A avaliação da expressividade oral e corporal. Anais do XVI Seminário de Voz da PUC-SP, 2007; São Paulo. [Acesso: 20/05/2015]. Disponível em http://www.pucsp.br/laborvox/docs/anais_xvi%20seminario%20de%20voz
http://www.pucsp.br/laborvox/docs/anais_...
, hoje tem sido incorporada à rotina prática fonoaudiológica com profissionais de voz de forma um pouco mais ampla, mas, as publicações mantêm a expressividade focada na oralidade.

O que se vê é tão importante quanto o que se ouve. Assim como uma palavra ou frase, um gesto faz parte dos recursos de comunicação que o ser humano utiliza para expressar suas emoções. As emoções determinam a nossa qualidade de vida3939. Freitas-Magalhães A. Emotional expression: the brain and the face. Porto: Edições Universidade Fernando Pessoa; 2011.. Para o autor essas estão presentes em todos os relacionamentos como: no trabalho, nas amizades, nas interações familiares, nos relacionamentos íntimos e também na interação do aluno com o professor. Ainda sobre os professores, ao aguçar o olhar para a expressividade, para o não verbal do outro, o professor pode se abastecer de ferramentas para uma melhor conexão com seus alunos já que o gesto ou o movimento pode ser uma valiosa fonte de informação sobre a emoção que o outro está sentindo num dado momento.

Não se discute que o professor, o teleoperador e o líder religioso, profissionais de alta performance e demanda vocal, visitam com frequência a clínica fonoaudiológica necessitando de cuidados, de assistência e, muitas vezes, de reabilitação vocal. A expressividade do professor pode, assim como com os profissionais da artes e mídias, complementar sua performance comunicativa, diminuir o desgaste vocal e ganhar mais atenção dos alunos1313. Sousa LFL, Leal AL, Sena EFC. A importância da comunicação não verbal do professor universitário no exercício de sua atividade profissional. Rev. CEFAC. 2010;2(5):784-7., e pode ir além.

Entendemos que ao se trabalhar com expressividade lidamos com a comunicação verbal e não verbal. É trabalhar de forma ampla com a comunicação, olhar para todos os parâmetros responsáveis pela comunicação humana. Sobre o não verbal, a consciência da linguagem corporal do outro e a capacidade de interpretá-la criam a consciência da própria linguagem corporal e propiciam um maior autocontrole e processos de comunicação mais eficazes4040. Almeida AAF, Lopes LW, Silva POC, Pinheiro RSA. Comunicação em Público. In: Oliveira IB, Almeida AAF, Raize T (eds). Voz profissional: produção científica da Fonoaudiologia Brasileira. SBFa, 2014. [acesso em15/09/2015]. Disponível em: http://www.sbfa.org.br/
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.

O fonoaudiólogo vai trabalhar com a linguagem não verbal quando exercitar o reconhecimento e a identificação dos sinais corporais das suas próprias emoções e a (s) do (s) seu (s) interlocutor (es) com os pacientes/clientes da classe artística (cantores, atores, radialistas, jornalistas), com os profissionais da voz com alta demanda vocal (professores, teleoperadores, vendedores) e com os demais profissionais da voz (palestrantes, advogados, políticos, etc.). Estaremos trabalhando o não verbal quando conseguirmos buscar no outro os sinais de comunicação corporal: o que ele diz, quer dizer, se se está para pronto para ouvir sua resposta, para construir uma relação11. Birck V, Keske H. A Voz do Corpo: A Comunicação Não-Verbal e as Relações Interpessoais. Anais do XXXI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação.; 2008 Set 2-6; Natal. RN: Intercom; 2008.. É fundamental para qualquer pessoa, qualquer comunicador, terapeuta ou não, profissional da voz ou não, conhecer e reconhecer o seu interlocutor (aluno, público, telespectador, plateia, paciente, cliente) e estabelecer com ele uma relação de empatia.

Dessa maneira, pode-se afirmar que este levantamento é útil não apenas para refletir as características da área, mas também para evidenciar uma necessidade de realização de pesquisas sobre a comunicação não verbal, em especial sobre a comunicação nas relações interpessoais dos profissionais da voz. Assim, será possível viabilizar uma maior ampliação do conhecimento empírico e científico das habilidades comunicativas neste contexto específico. Fica claro aqui a importância de ações fonoaudiológicas para a discussão da importância da comunicação não verbal enquanto ferramenta interpretativa. Que se produza discussões para além da promoção da saúde, da atenção e a percepção do cliente acerca da própria voz e suas eventuais mudanças e alterações.

Considerações Finais

O número de artigos nas revistas brasileiras de Fonoaudiologia sobre voz é expressivo, mas são poucos os artigos publicados que contemplem a comunicação não verbal dos profissionais da voz. A Enfermagem há anos estuda e tem tomado o não verbal como um parâmetro fundamental na relação de comunicação, quer seja profissional, quer seja afetiva. Nos chama a atenção que a Fonoaudiologia não tenha olhado efetivamente para o não verbal enquanto ferramenta de comunicação. Tomando apenas a literatura apresentada nessa revisão os primeiros trabalhos sobre a importância da comunicação não verbal publicados pela enfermagem são do ano de 2002, 2003. Os primeiros trabalhos da Fonoaudiologia que citam efetivamente, dentre outros parâmetros, a comunicação não verbal, são do ano de 2010, 2013.

Vale ressaltar que nos oito artigos os parâmetros melhores descritos são os que diziam respeito à expressividade oral e vocal. As descrições e análises da comunicação não verbal dentro dos artigos foram tímidas, quando comparadas às descrições e análises da expressividade oral e vocal.

Os telejornalistas foram os profissionais que mais apareceram nos artigos que abordavam a comunicação não verbal sendo tema em três dos oito selecionados. Se pensarmos no número de publicações sobre a voz do telejornalista nesses últimos dez anos, encontrar apenas três artigos que contemplem efetivamente o não verbal dentro da expressividade nos alerta novamente para a falta de atenção do fonoaudiólogo para a comunicação não verbal.

Também nos alarma perceber que, apesar de um número grande de publicações com o tema voz do professor, dentre os artigos selecionados na amostra final apenas dois discutiram a comunicação não verbal enquanto questão.

A necessidade de mais estudos que relacionem voz e comunicação não verbal em junto aos profissionais da voz existe, mas acima de tudo, a necessidade de entender a importância dessa comunicação durante o processo de comunicação e de se apropriar do não verbal como ferramenta de trabalho. Assumir o não verbal como parte fundamental da comunicação dentro da clínica fonoaudiológica e junto ao atendimento e acompanhamento do profissional da voz é hoje imprescindível.

Referências

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  • Fonte de auxilio: auxilio da agência CNPQ
  • ERRATA

    Neste artigo, “Comunicação não verbal com profissionais da voz: o que se pesquisa na fonoaudiologia”, com número de DOI: 10.1590/1982-021620161865116, publicado no periódico Revista Cefac, 18(6):1447-1455, na abreviação do nome da autora Marta Assumpção de Andrada e Silva:
    Onde se lia:
    Silva, MAA;
    Leia-se:
    Andrada e Silva, MA

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Nov-Dec 2016

Histórico

  • Recebido
    06 Maio 2016
  • Aceito
    20 Set 2016
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