RESUMO
Objetivo:
monitorar a plasticidade das vias auditivas centrais em adultos e idosos, novos usuários de Aparelho de Amplificação Sonora Individual, por meio dos Potenciais Evocados Auditivos de Longa Latência.
Métodos:
foram avaliados 15 adultos e idosos, com idades entre 55 e 85 anos, com perda auditiva neurossensorial de grau leve a moderado bilateral simétrica, sem experiência prévia com qualquer tipo de prótese auditiva. Os Potenciais Evocados Auditivos de Longa Latência foram realizados nas condições com e sem amplificação a 60 e 75 dBnNA, com estímulo de fala em campo sonoro, em dois momentos de avaliação: até uma semana após adaptação do Aparelho de Amplificação Sonora Individual e após seis meses de uso do aparelho. Foi utilizado o teste t de Student para análise estatística, considerando-se como significante p-valor<0,05.
Resultados:
observou-se respostas com menores valores de latência para a orelha direita na segunda avaliação. Comparando a primeira com a segunda avaliação, tanto com quanto sem o uso da prótese, observou-se aumento da amplitude P2-N2 e aumento da latência do componente P2 na intensidade de 75 dBnNA. Não foram observadas diferenças estatisticamente significantes na intensidade de 60 dBnNA.
Conclusão:
o uso do Aparelho de Amplificação Sonora Individual promoveu a plasticidade das vias auditivas centrais, aumentando o número de neurônios responsivos aos estímulos sonoros.
Descritores:
Auxiliares de Audição; Plasticidade Neuronal; Potenciais Evocados Auditivos; Perda Auditiva; Privação Sensorial