RESUMO
Objetivo:
o objetivo desta pesquisa foi investigar o perfil das teses defendidas por fonoaudiólogos brasileiros titulados doutores, que analisaram questões relacionadas a Motricidade Orofacial e Disfagia.
Métodos:
estudo documental retrospectivo do tipo exploratório, realizado a partir de dados coletados no site da Plataforma Lattes em 2017. Foram consideradas as variáveis: sexo, tempo entre término da graduação e defesa, localização geográfica das instituições, tipo de instituições, área do programa e subáreas.
Resultados:
considerando o total de 1125 teses, foram registradas 92 (8,1%) referentes à Motricidade Orofacial e 58 (5,1 %) à Disfagia; quanto ao sexo do fonoaudiólogo, foi predominantemente feminino (97,9% e 98,3% para Motricidade Orofacial e Disfagia, respectivamente); a média de tempo entre o término da graduação e a defesa do doutorado é próxima nas duas áreas (13,8 anos para a Motricidade Orofacial e 13,5 anos para a Disfagia); a maioria de título concedido foi em instituições na região Sudeste (70,0%); em instituições de ensino federais; quanto à área de conhecimento, a maioria concentra-se em Ciências da Saúde (96,8%); analisando dados referentes a alterações presentes em adultos, 54,3% em Motricidade orofacial e 82,7% em Disfagia.
Conclusão:
as teses defendidas por fonoaudiólogos sobre a temática da Motricidade Orofacial e Disfagia foram escritas por mulheres, em média um pouco mais de uma década após a graduação em Fonoaudiologia, defendidas em Programas situados na região Sudeste e oferecidos em instituições federais, na área das Ciências da Saúde. A maior parte focalizou análise de alterações presentes em adultos.
Descritores:
Fonoaudiologia; Indicadores de Produção Científica; Terapia Miofuncional; Transtornos de Deglutição