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EDITORIAL

Em outubro de 2014, na cidade de Joinville ocorreu o 22º Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia organizado pela Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBFa). O foco desse congresso foi "Da Promoção à Reabilitação". O tema permitiu que o evento tivesse abrangência nacional com interação e participação de palestrantes e congressistas de todas as regiões do país. Foi unanimidade entre profissionais e estudantes presentes, o alto nível das palestras e, principalmente das discussões ocorridas nas mesas interdisciplinares ou interdepartamentais. A multidisciplinaridade agradou a todos e colaborou em muito para a atualização dos congressistas. Outro ponto forte do formato desse evento foi a possibilidade de exposição durante os quatro dias do congresso, dos quase mil pôsteres aprovados, permitindo que os mesmos pudessem ser lidos e analisados por todos.

A preocupação de unir ciência e profissão tem sido a tônica dos três últimos congressos da SBFa possibilitando que pesquisadores e clínicos tenham oportunidades iguais de crescer dentro de suas áreas específicas de atuação. O fato de outros profissionais da área da saúde e da educação, que não somente o fonoaudiólogo terem participado das mesas de discussão, demonstrou de forma explicita a real interdisciplinaridade e ganhos nas ações realizadas com pacientes e ou escolas. Ao interligar diferentes áreas de conhecimento ficou mais clara a importância da atuação conjunta na avaliação, diagnóstico e intervenção. Outra novidade trazida nesse ano foi a possibilidade de dissertações de mestrado e teses de doutorado serem apresentadas em espaço próprio para isso com premiação para os melhores trabalhos.

Ainda durante a 22ª edição do Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia foram realizadas quatro grandes conferências magnas, com a explanação de novos conhecimentos, pesquisas e estudos, sendo esse tipo de atividade uma novidade que agradou a todos até pelo alto conteúdo trazido em cada uma delas. A primeira conferência foi proferida pelo professor de Medicina da Universidade Federal de Santa Catarina, Luiz Roberto Agea Cutolo que expôs mudanças necessárias no trabalho clínico com o tema: "Da clínica tradicional à clínica ampliada: o Caminho da Integralidade". A segunda conferência nos foi brindada pelas fonoaudiólogas Célia Maria Giacheti e Eliane Schochat na qual a vice-presidente da SBFa Dra. Célia Giacheti apontou que fatores genéticos podem justificar distúrbios de comunicação. O tema da conferência foi "O diagnóstico fonoaudiológico e sua importância no processo de reabilitação". Tivemos ainda a oportunidade de ouvir Jane Coelho Danuello, Doutora em Ciência da Informação pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP) falando sobre o "Panorama da produção científica em Fonoaudiologia no Brasil: publicações e análise de redes", onde verificou em sua pesquisa que a revista CEFAC é a mais procurada pelos fonoaudiólogos brasileiros para exporem seus trabalhos de pesquisa, o que foi para nós, motivo de grande orgulho. Por último, com a palestra "Emoção, Motivação e Linguagem: Saber Expressar para Aprender", proferida pelo educador Tom Coelho, o congresso se encerrou e todos os presentes tiveram a certeza de que esse foi mais um grande evento que deixará marcas positivas na Fonoaudiologia Brasileira.

Dra. Irene Queiroz Marchesan

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Sep-Oct 2014
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