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Condição auditiva de frentistas

OBJETIVO: avaliar os limiares auditivos nas frequências convencionais e altas frequências, e ainda a integridade do arco reflexo, em frentistas. MÉTODO: foram avaliados frentistas de três postos de gasolina da cidade de Santa Maria/RS. Após adequação aos critérios de inclusão, a amostra ficou composta por 24 frentistas expostos a combustíveis, 21 do gênero masculino e três do gênero feminino, com faixa etária entre 20 e 40 anos. Os exames utilizados foram audiometria tonal liminar, audiometria de altas frequências e imitanciometria. O tempo de exposição variou de um a 17 anos. O grupo controle foi composto por 24 sujeitos não expostos a qualquer agente nocivo à audição. RESULTADOS: a média dos limiares da audiometria tonal liminar e da audiometria de altas frequências foi superior no grupo estudo em todas as frequências testadas. Verificou-se diferença de limiar estatisticamente significante nas frequências de 0,5 (p=0,004), 2 (p=0,001) e 3 kHz (p=0,025), e nas frequências de 9 (p=0,007) e 10 kHz (p=0,026). Os limiares das frequências de 12,5 e 14 kHz não diferiram estatisticamente (p>0,05). Em 16, 18 e 20 kHz foi observada maior ausência de respostas no grupo estudo (p>0,05). Também se observou maior ausência de reflexos acústicos (ipsi e contralateral) no grupo estudo, na orelha direita. Na orelha esquerda, não houve diferença entre os grupos, para a ocorrência do reflexo ipsilateral. A ausência de reflexo contralateral foi maior no grupo estudo em todas as frequências testadas. CONCLUSÃO: frentistas com limiares auditivos normais podem apresentar alterações cocleares e centrais.

Solventes; Audição; Perda Auditiva Central


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