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Comportamento ingestivo de ovinos em terminação alimentados com farelo de mamona destoxificado

RESUMO

A cultura da mamona destaca-se, no nordeste do Brasil, para a produção de óleo, gerando coprodutos com potencial para a alimentação animal. Por essa razão, avaliou-se, neste trabalho, o efeito sobre o comportamento ingestivo da inclusão de 0; 33; 67 e 100% do farelo de mamona destoxificado (FMD) em substituição ao farelo de soja, em dietas para ovinos. Foi adotado o delineamento de blocos ao acaso, com cinco ovinos por tratamento. Os consumos de MS e FDN não foram influenciados (P > 0,05) pela participação do FMD na dieta, com médias de 1362,6 e 582,98 g/animal/dia, respectivamente. A substituição do farelo de soja pelo FMD não influenciou (P > 0,05) os tempos de ruminação, de ócio e de TMT, com média de 181,33; 347,04 e 366,24 min/12 h, respectivamente. Verificou-se efeito quadrático (P < 0,05) para o tempo em alimentação, com mínima de 164,56 min/12 h, quando da participação de 60% de FMD na dieta. Houve efeito quadrático (P < 0,05) para a eficiência de alimentação, com máximas de 4,43 g MS/min e 2,08 g FDN/min, quando da participação de 58,8 e 69,5%, respectivamente, do FMD nas dietas. A eficiência de ruminação em g MS e FDN/min não foi influenciada (P > 0,05), com médias de 4,31 e 1,84, respectivamente. A substituição do farelo de soja pelo FMD diminui o tempo em alimentação quando da utilização em 60%, mas não influencia o consumo de MS e FDN, o tempo despendido em ruminação, em ócio, e o TMT. O uso de 60% de FMD eleva a eficiência de alimentação de MS e FDN e não compromete a eficiência de ruminação.

Palavras-chave:
consumo voluntário; coprodutos; Ricinus communis; tempo em alimentação

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