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Eficácia de inseticidas no controle da broca-do-fruto e avaliação de resíduos em frutos de pinha

RESUMO

A Bahia é o maior produtor nacional de pinha (Annona squamosa L.) e a broca-do-fruto (Cerconota anonella, Sepp. 1830) é praga chave da cultura. O uso de inseticidas é a principal tática de controle da praga, mesmo não havendo registros de agrotóxicos para a cultura. Objetivou-se com este trabalho avaliar a eficácia de inseticidas para o controle da broca e determinar os níveis de resíduos dos inseticidas nos frutos, visando à solicitação de extensão de uso dos produtos para pinha. O experimento foi conduzido em pomar irrigado, adensado (2 x 4 m) com oito anos, em Anagé, Bahia, Brasil. O delineamento foi em blocos casualizados com 10 tratamentos (três inseticidas em três doses e um tratamento testemunha - água) e cinco repetições. As parcelas compreenderam quatro plantas, sendo as duas centrais úteis. Os inseticidas e as respectivas doses (g de i.a. 100 L-1 de água) foram: Bacillus thuringiensis: 0,8; 1,7; e 2,5; triflumurom: 2,4; 3,6; e 4,8; e imidacloprido: 4,0; 10; e 16. Foram realizadas nove pulverizações em intervalos quinzenais com pulverizador costal de pressão constante, bico JA-2, com jato dirigido aos frutos e 10 avaliações da presença da broca em 30 frutos por parcela marcados previamente. Eficácia de controle foi comprovada apenas para imidacloprido na maior dose estudada. Análises de resíduo do imidacloprido aos 21 e 30 dias após a aplicação da maior dose indicaram níveis superiores ao limite máximo permitido. Os produtos nas condições testadas não se enquadram nas normas para solicitação de extensão de uso de citros para pinha.

Palavras-chave:
Annona squamosa; controle biológico; controle químico; imidacloprido

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