RESUMO
Os objetivos deste trabalho foram estudar a variabilidade genética e a interação entre genótipos e ambientes para o tempo de cocção e o teor de proteína de grãos de feijão, bem como identificar linhagens elites de feijoeiro-comum de grãos carioca com baixo tempo de cocção, alto teor de proteína e alta adaptabilidade e estabilidade para esses dois caracteres. Foram realizados 16 experimentos em blocos ao acaso, com três repetições, conduzidos nas épocas de semeadura das águas, de seca e de inverno, nos estados de Goiás, Distrito Federal, Pernambuco, Sergipe, Bahia e Paraná, em 2009 e 2010. Os ensaios foram compostos por 16 linhagens elites de grão carioca e foram obtidos dados de tempo de cocção e de teor de proteína dos grãos. Os dados foram submetidos a análises de variância e de adaptabilidade e estabilidade, pela metodologia de Annicchiarico. Existe variabilidade genética tanto para tempo de cocção quanto para teor de proteína entre linhagens elites de feijão carioca; entretanto, para teor de proteína essa variabilidade é menor. O efeito ambiental é muito importante na expressão desses caracteres e é maior que o efeito genético. A interação entre genótipos e ambientes é importante para o tempo de cocção e para o teor de proteína de grãos de feijão. As linhagens CNFC 11951 e CNFC 11962 apresentam baixo tempo de cocção, alto teor de proteína e alta adaptabilidade e estabilidade para os dois caracteres.
Palavras-chave:
Phaseolus vulgaris; estabilidade; teor de proteína; tempo de cocção; variabilidade genética