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Lixiviação de nitrogênio (15N) do fertilizante em uma cultura de café fertirrigada

O nitrogênio possui uma dinâmica complexa no sistema solo-planta-atmosfera. Considerando o elevado custo dos adubos, é fundamental o desenvolvimento de manejos da adubação nitrogenada que visem ao melhor aproveitamento do N pelas culturas, como é o caso da fertirrigação e o mínimo impacto ambiental. Balanços hídricos e a lixiviação de N derivado do fertilizante são apresentados para um cafezal sob fertirrigação com uréia marcada com 15N no oeste baiano, em três cenários para um ciclo da cultura 2008/2009: i) precipitação + irrigação no ano inteiro, ii) apenas precipitação; e iii) precipitação + irrigação apenas na estação seca. Nos balanços hídricos os componentes ascensão capilar e escoamento superficial foram considerados nulos por se tratar de solo arenoso em declive praticamente nulo, com lençol freático profundo. A irrigação foi realizada por pivô-central e no balanço hídrico o volume de controle considerou a camada 0 - 1 m responsável pela disponibilidade de água pela cultura. A água drenada abaixo de 1 m foi considerada para os cálculos da lixiviação do nitrogênio do fertilizante. O balanço hídrico utilizado calculou a evapotranspiração baseado no modelo matemático de Penman-Monteith, considerando um coeficiente de cultura unitário. Foi possível verificar que a alta quantidade de N, associada precipitação concentrada são os grandes responsáveis pela lixiviação, cujos valores foram 14,7 e 104,5 kg ha-1 de N do fertilizante para as doses de 400 e 800 kg ha-1 de N aplicadas na forma de uréia, correspondendo a 3,7 e 13,1 % da quantidade total do fertilizante aplicado.

Penman-Monteith; evapotranspiração; drenagem profunda; uréia


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