As substâncias húmicas isoladas da matéria orgânica do solo têm sido usadas como estimuladores do metabolismo vegetal. As plantas de Arabidopsis thaliana (L.) Heynh. com apenas cinco cromossomos, ciclo curto e tamanho reduzido, aparecem como modelo para avaliar os efeitos fisiológicos dessas substâncias, as quais são qualitativa e quantivamente influenciadas pela morfogênese, mineralogia e química dos solos. Avaliar os efeitos dessas ambiências na bioatividade de ácidos húmicos foi o objetivo principal do presente trabalho. Para isso, foram amostrados os horizontes A e B de quatro solos típicos da Região Norte Fluminense. Após o isolamento e purificação, ácidos húmicos foram usados em concentrações crescentes nas plantas. O número e comprimento de raízes laterais e o comprimento da raiz principal foram avaliados e, posteriormente, determinadas as concentrações de máxima estimulação, obtidas por meio das curvas de dose resposta e das equações de regressão ajustadas. Os resultados mostraram que ácidos húmicos mais estáveis, isolados de solos em estádio de intemperismo menos avançado, com argila de alta atividade e alta saturação por bases resultaram em melhores estimulantes fisiológicos das plantas de Arabidopsis.