RESUMO
Introdução: A digitalização e os movimentos de abertura ao conhecimento científico têm provocado transformações significativas nos processos editoriais, exigindo novas competências dos profissionais envolvidos na publicação científica, incluindo os bibliotecários.
Objetivo: Mapear as competências requeridas e os desafios enfrentados por bibliotecários no ecossistema da ciência aberta, com ênfase nas atividades editoriais. Metodologia: A pesquisa combinou uma revisão narrativa de literatura com entrevistas realizadas com editores de periódicos científicos brasileiros das áreas de Biblioteconomia, Ciência da Informação e afins.
Resultados: As competências mais relevantes para bibliotecários atuantes na editoração científica incluem: gestão de dados, publicação científica, uso de métricas tradicionais e alternativas, e promoção da integridade da pesquisa. A literatura evidencia a articulação entre periódicos, preprints, repositórios e avaliação aberta, além da necessidade de domínio de métricas responsáveis. Os dados empíricos confirmaram que práticas como avaliação aberta, preprints e dados abertos ainda enfrentam resistências, desconhecimento e dificuldades operacionais.
Conclusão: Os desafios enfrentados envolvem aspectos técnicos, formativos, institucionais e financeiros, exigindo o desenvolvimento de competências específicas. Destaca-se a importância da competência de "aprender a aprender", essencial diante das constantes transformações do ecossistema científico. O fortalecimento da formação profissional, a valorização institucional e o compromisso ético com a comunicação científica são fundamentais para consolidar o papel estratégico do bibliotecário na promoção de uma ciência aberta, inclusiva e socialmente comprometida.
PALAVRAS-CHAVE
Bibliotecários; Periódicos científicos; Editoração científica; Competências profissionais; Ciência aberta.
ABSTRACT
Introduction: Digitization and open science movements have significantly transformed editorial processes and outputs, requiring new competencies-knowledge, skills, and attitudes-from all professionals involved in scholarly publishing, including librarians.
Objective: To map the competencies required and the challenges faced by librarians in the open science ecosystem, with emphasis on activities related to journal publishing. Methodology: The study combined a narrative literature review with interviews conducted with editors of Brazilian scholarly journals in Library and Information Science and related fields.
Results: The most relevant competencies for librarians working in scholarly publishing include data management, scientific publishing, the use of traditional and alternative metrics, and the promotion of research integrity. The literature highlights the integration between journals, preprints, repositories, and open peer review systems, as well as the need for responsible use of metrics. Empirical data confirmed that practices such as open peer review, preprints, and open data still face resistance, lack of familiarity, and implementation difficulties in the LIS editorial field.
Conclusion: The challenges faced by librarian editors span technical, educational, institutional, and financial dimensions, requiring the development of specific competencies. The ability to "learn how to learn" emerges as essential in keeping pace with ongoing technological and normative changes. Strengthening professional training, institutional support, and ethical editorial practices are fundamental to consolidating the strategic role of librarians in promoting open, inclusive, and socially engaged science.
KEYWORDS
Librarians; Scientific journals; Scholarly publishing; Professional competencies; Open science.
1 INTRODUÇÃO
Nas primeiras décadas do século XXI, a sociedade está cada vez mais conectada e sedenta por informações a curto tempo, em virtude da sua produção exacerbada. Esse grande volume coloca em risco a autenticidade do conteúdo informacional produzido, o que exige um processo mais rigoroso sobre a confiabilidade do que está disponibilizado na internet. Nesse contexto, a curadoria de conteúdo tem se apresentado como uma forte e crescente demanda, pois representa uma prática daqueles que fazem uso constante da informação, conforme afirmado por Tanus e Silva (2022).
A agregação de valor à informação pode ser entendida como uma ação avaliativa das fontes ou materiais informacionais, cujas mensagens ou conteúdos transmitidos são verdadeiros e adequados para atender necessidades específicas de determinados grupos de usuários. Isso quer dizer, de acordo com Tanus, Reis, Ferreira e Silva (2022), que a curadoria é uma estratégia de combate às notícias falsas, além de ser um importante instrumento de disseminação seletiva da informação, ou seja, contempla o trabalho de selecionar e enviar informação confiável e pertinente.
O uso do termo curadoria tem se destacado na contemporaneidade e, ao refletir sobre os serviços prestados pelos bibliotecários, identifica-se que é uma atividade já praticada e totalmente implícita às competências daqueles que atuam na área da Ciência da Informação. Nesse sentido, a atuação desses profissionais se destaca, sobretudo, por ter como um de seus principais propósitos, desde os primórdios de sua formação, a verificação do conteúdo das fontes informacionais.
Mesmo ciente do importante papel do bibliotecário na seleção de material confiável e pertinente para formação dos acervos de biblioteca, percebe-se que a maioria dos profissionais que divulga e realiza curadoria pertence a outras áreas. A exemplo disso, destacam-se os influencers, queusam o marketing com foco nos negócios, em especial quando são utilizadas as redes sociais, haja vista possibilitar a indicação assertiva e diversificada de produtos, lugares, livros, filmes, serviços, dentre outras indicações. Ao navegar na internet, as pessoas se relacionam, selecionam e recomendam algo, produzindo, assim, muitas informações, com intensa velocidade. A curadoria de conteúdo surge no contexto da disseminação no ambiente digital, em uma era de excesso de informações crescentes a cada instante.
No entanto, a curadoria não se resume à mera indicação de fontes e conteúdo. Ela vai além, tendo em vista que necessita seguir critérios, cujo principal é atender uma necessidade específica do usuário, exigindo, para isso, diálogo e interação. Portanto, Tanus e Silva (2022) afirmam que a curadoria não é um luxo, mas uma importância emergente. Assim, as autoras reafirmam que, em uma biblioteca, nenhum usuário de informação pode sair sem resposta, sem alguma solução para a sua necessidade, diante das buscas informacionais que realiza. Entende-se que esse papel é muito bem desempenhado pelo bibliotecário que exerce o serviço de referência nas bibliotecas.
Nota-se, portanto, que a curadoria de conteúdo constitui uma prática de trabalho exercida pelo bibliotecário, embora ainda muito pouco praticada na vivência desses profissionais. Além disso, por se tratar de um tema novo, muito pouco explorado na literatura (Pereira; Carvalho, 2023), há desafios do quê e como ensinar essa prática de trabalho durante a formação profissional do bibliotecário.
Diante disso, o objetivo deste artigo é apresentar o relato de experiência sobre o estágio docente no Curso de Biblioteconomia, tendo a curadoria de conteúdo como uma disciplina optativa. Para alcance do objetivo geral, foram tecidos os seguintes objetivos específicos: 1 - elucidar uma visão geral sobre a atividade de curadoria de conteúdo quanto aplicada na prática profissional do bibliotecário; 2 - apresentar a experiência no uso de metodologias ativas; e expor o programa da disciplina ofertada, além dos resultados alcançados com a experiência do estágio.
Ressalta-se que a curadoria foi analisada à luz das metodologias ativas, cuja disciplina foi programada para fornecer uma visão geral sobre esse tema aplicado ao fazer do bibliotecário, frente ao contexto da transformação digital. Justifica-se investigar a temática da curadoria de conteúdo por se tratar de uma prática que tende a ser beneficiada com a intervenção do bibliotecário. A temática é abordada mediante a aplicação do estágio docente, na crença de que a oferta da disciplina optativa promoveria estratégias de ensino a serem adotadas por docentes, nos cursos de Graduação em Biblioteconomia.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A palavra curadoria vem do latim “curare” que significa preservar, cuidar. Do ponto de vista léxico, a curadoria é definida como o ato, o processo ou o efeito de curar; a prática do cuidado; no sentido jurídico, designa uma função, atributo, cargo, poder de curador ou ainda a prática da curatela (Ferreira, 2010). Cortella e Dimenstein (2015) afirmam que curar, em português lusitano, significa pensar e pensar é ser capaz de cuidar, independente se for de uma pessoa, de um objeto, de uma informação, dentre outras possibilidades.
Sob um viés técnico-científico, Tanus e Silva (2022) mencionam que, habitualmente, a ação de curar é utilizada na área museológica, tal como a curadoria de arte, a curadoria em museus; logo, tal prática é considerada um processo gerencial, a contemplar desde a entrada até a saída da coleção. Proferem as autoras que o curador de museus é a pessoa que cuida e gerencia a unidade de informação museológica e todo o seu funcionamento.
No entanto, o processo de curadoria não se resume, apenas, aos museus, pois pode ser desenvolvido em outros espaços, conferindo um aspecto mais institucionalizado à prática de curar objetos e informações.
A era da curadoria é um momento em que organizamos os nossos espaços de convivência, de vida comum, estruturados em algumas instituições em que aquele que coordena as atividades tem o espírito de curador, é alguém que cuida com intuito de elevar para tornar disponível para as pessoas que estão ali, seja conhecimento na escola, seja informação sobre o mundo digital. O curador tem a visão integrante de um condomínio (Cortella; Dimenstein, 2015, p. 19).
Independente do espaço ou contexto em que seja executada, a curadora possui características peculiares, tais como: organização, avaliação de conteúdo, seleção do que é confiável e pertinente e envolve recursos, instrumentos ou tecnologias digitais, disponibilizadas na internet. Ressalta-se que não se pode abordar curadoria sem abordar os usuários, o cerne da curadoria. A execução depende menos da quantidade de recursos do que da qualidade (Bhargava, 2009). Importante destacar a existência de diversos tipos de curadoria, a saber:
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Curadoria de conteúdo: é o ato de encontrar, agrupar, organizar ou compartilhar o melhor e mais relevante conteúdo sobre um assunto específico (Bhargava, 2009). Também pode ser definida como um processo de filtragem, seleção, agregação de valor e disseminação que integra o esforço mundial para desenvolver sistemas de gestão de conteúdos, cujo principal objetivo é filtrar dados visando sua conversão em conhecimento explícito (Castilho, 2015);
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Curadoria digital: caracteriza-se como um conjunto de técnicas e conhecimentos voltados para o ambiente digital, a envolver diferentes recursos (dados de pesquisa, publicação, recursos educacionais). Dentre as atividades, estão as dimensões da gestão, produção, organização, armazenamento, preservação, entre outras (Siebra; Borba; Miranda, 2016);
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Curadoria de dados: envolve a gestão de dados de pesquisa desde o seu planejamento, assegurando sua preservação por longo prazo, descoberta, interpretação e reuso (Sayão; Sales, 2012);
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Curadoria de conhecimento: trata-se do método criado para estudar as ciências produzidas em diversos espaços. Atende às necessidades de conhecimento dos clientes a partir do cruzamento de informações produzidas e manifestadas em livros e em outros formatos de conteúdo (Inesplorato, 2023).
Nota-se que, dentre os diversos tipos de curadoria, a que mais se adéqua ao trabalho das instituições que lidam com a organização, seleção e disseminação de informações confiáveis para atender às demandas específicas de usuários é a curadoria de conteúdo. Para garantir o sucesso do processo de curadoria, tendo em vista a seleção de conteúdos verídicos e pertinentes, o foco deve estar não apenas em atender às necessidades dos usuários, mas também em ações para melhorar as buscas por informação de qualidade, cujos resultados dessas buscas sejam mais robustos e adequados ao que se procura (Zhang; Xue; Xue, 2021).
Em uma visão filosófica, a ênfase consiste em olhar para a curadoria, com destaque atribuído ao ato de filtrar o que realmente importa. Portanto, o profissional que atua na curadoria de conteúdo tem como principal objetivo garantir o cuidado com algo, para deixá-lo à disposição (Bhargava, 2009).
Entende-se, então, na visão de Castilho (2015), que a curadoria de conteúdo constitui um campo de trabalho a ser desenvolvido no âmbito da organização da informação na web, com ênfase às atividades realizadas por profissionais da área da informação, como bibliotecários, jornalistas, dentre outros, cujo foco está nas necessidades dos usuários que buscam informação. Assim, a curadoria de conteúdo consiste em coletar, filtrar e classificar informações para um determinado grupo (Castilho, 2015). O autor declara que, por se tratar de um processo, ele é realizado mediante a aplicação de três etapas, a saber:
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Pesquisa ou agregação: identifica, agrega e acompanha as fontes e fontes de conteúdo de interesse relevante;
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Contextualização e organização: seleciona/filtra o conteúdo de melhor qualidade, organiza-o de acordo com o perfil da empresa e os interesses do público-alvo. É possível adicionar tags e comentários, adequar a linguagem, mesclar e ranquear conteúdos;
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Compartilhamento: o conteúdo é disponibilizado e compartilhado com o público-alvo.
No âmbito das bibliotecas, no entender de Mouzalas Neto (2019), na maioria das vezes, os serviços de curadoria são concebidos para que os usuários e a própria instituição como um todo possam ter acesso a informações selecionadas de acordo com as necessidades dos grupos de usuários que recorrem à unidade na busca por informação confiável. Sendo assim, alerta o autor citado, caberá aos profissionais que atuam nessas unidades desenvolverem estratégias e ferramentas capazes de realizar a filtragem da informação e de possibilitar a divulgação do que foi selecionado.
Um bibliotecário curador é um facilitador de recursos informacionais a partir de fontes de informação. Nesse sentido, o bibliotecário expande as atividades de disseminação seletiva da informação, ao utilizar dos instrumentos tecnológicos como estratégia de filtragem, avaliação de conteúdos e aproximação com os usuários (Andretta, 2022). Na visão de Tanus, Reis, Ferreira e Silva (2022), o papel do bibliotecário implica, efetivamente, no trabalho com processos informacionais, como, por exemplo, busca, monitoramento, seleção, criação e divulgação de informações para um público específico.
O papel do bibliotecário enquanto curador de conteúdo ainda é pouco explorado na literatura, por conseguinte, não está claro sobre as tarefas a serem desenvolvidas no cotidiano de trabalho desse profissional, como afirmado no estudo de Andretta (2022) e Pereira e Carvalho (2023). Em virtude disso, é emergente a importância de se abordar a curadoria de conteúdo durante a formação do bibliotecário, inserindo tal temática como um novo componente de serviços tradicionais, por exemplo, o serviço de referência (Santos; Pereira, 2024). Os autores salientam a importância de as instituições de ensino oferecerem disciplinas específicas sobre o processo de curadoria, cuja estratégia de ensino adotada em sala de aula possa envolver os estudantes na construção de novos conhecimentos, como as metodologias ativas.
Segundo Masetto (2018), as metodologias ativas estão fundamentadas na motivação, por conseguinte, expandem a participação. Portanto, ao adotar esse método, nas salas de aula da docência universitária, o professor tem a oportunidade de romper com práticas centralizadoras ou restritivas de ensino, as quais geram um ensino em via única. Ao se sustentar nas metodologias ativas, de acordo com o autor mencionado, os estudantes são considerados como protagonistas de suas aprendizagens à luz de um ambiente de compartilhamento de saberes, criando uma cultura colaborativa.
As metodologias ativas são importantes para incentivar o estudante a se envolver no processo de formação profissional, mas somente serão capazes de promover a inovação necessária por meio da quebra de paradigmas, envolvendo as áreas do conhecimento, das habilidades e competências, e das atitudes e valores. Dessa forma, também há uma alteração no papel do professor (mediador pedagógico), planejador de situações de aprendizagem, capaz de perceber o estudante como parte de sua formação (Lara et al., 2019).
A principal contribuição das metodologias ativas é estimular a autonomia dos estudantes, sendo que o docente se comporta como um mediador pedagógico. Para tanto, são adotadas atividades interdisciplinares, criativas e envolventes que motivem os estudantes a questionarem, pesquisarem, analisarem criticamente e a encontrarem soluções para os problemas cotidianos, o que possibilita uma aprendizagem significativa na vida desses sujeitos, tendo como foco o desenvolvimento individual, coletivo, social, emocional, afetivo e reflexivo (Pucinelli; Kassab; Ramos, 2021).
Salienta-se que não existe um padrão de metodologias ativas, cabendo ao docente adotar atividades que estimulem o estudante à construção do seu próprio aprendizado, por exemplo, o uso da sala de aula invertida. Essa atividade constitui um tipo de metodologia ativa, cujos estudantes assumem posição de pesquisadores, apresentadores e disseminadores de conhecimento (Pucinelli; Kassab; Ramos, 2021).
No caso específico da Graduação em Biblioteconomia, as metodologias ativas encontram um território muito fértil para a sua aplicação, tendo em vista que o trabalho do futuro estudante, ao assumir o papel de bibliotecário, encontrará diversas possibilidades de atuação, com o surgimento de novas práticas de trabalho a partir do uso da internet. Nesse sentido, ao envolver os estudantes com a pesquisa associada ao cotidiano de trabalho do bibliotecário, torna-se possível viabilizar a oferta "[...] de uma educação mais crítica, emancipatória e interventiva, de modo a encorajar o bibliotecário ao exercício profissional e fortalecer o reconhecimento e atuação da Biblioteconomia na sociedade" (Santa Anna, 2021, p. 2).
A partir deste contexto, é pertinente relatar as experiências em sala de aula na Graduação em Biblioteconomia, de modo que os estudantes desenvolvam a consciência do papel de protagonista e de se tornarem responsáveis pela ampliação das atividades exercidas pelo bibliotecário no mundo do trabalho. Como comprovado por Santa Anna (2018), o conhecimento aprendido em sala de aula é fruto da interação e do compartilhamento entre estudantes e docentes, com atividades constantes de leitura, escrita, pesquisa e embasamento teórico e prático.
3 METODOLOGIA
Do ponto de vista metodológico, este artigo caracteriza-se como uma pesquisa descritiva, de abordagem qualitativa. A pesquisa descritiva propõe o levantamento de informações do objeto estudado (Severino, 2013) e a qualitativa amplia as possibilidades de interpretação e contextualização dos dados (Lakatos; Marconi, 2003).
O objeto de análise foi a prática docente vivenciada no Curso de Graduação em Biblioteconomia da Escola de Ciência da Informação (ECI) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Logo, trata-se de um relato de experiência, cujos procedimentos técnicos contemplaram o conjunto de ações ou experiências vivenciadas durante o planejamento e a execução do estágio docente para o Doutorado. Nomeou-se a disciplina ministrada de Curadoria de Conteúdo, tendo ela natureza optativa e ofertada, preferencialmente, para estudantes do referido curso, com a formação em andamento (a partir do quarto período).
A experiência relatada desenvolveu-se em duas etapas: planejamento e execução. Na primeira, por meio de reuniões entre doutoranda e orientador, foi elaborado o plano da disciplina, permeado por constantes leituras de livros e artigos que versam sobre curadoria de conteúdo. A segunda etapa foi concretizada por meio da aplicação do plano, ou seja, a execução das aulas, na prática, com os seguintes procedimentos: aulas presenciais expositivas e interativas, leituras e discussão de textos, debates, resenha, resumo, trabalho em grupo e palestra com profissional experiente no assunto.
No que tange às técnicas de coleta de dados, por se tratar de uma experiência docente, em todas as atividades realizadas, recorreu-se ao uso de um diário de campo, a fim de registrar os fatos mais marcantes ao longo da experiência. As anotações possibilitaram a análise dos dados, por meio da compilação dos fatos que, em conjunto com o plano formal da disciplina, foi possível descrever o percurso da experiência.
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DA EXPERIÊNCIA
Durante a primeira etapa do estágio, ou seja, planejamento da disciplina, mediante leituras e reuniões entre doutoranda e orientador, foi possível elaborar o plano da disciplina, com destaque aos elementos essenciais na composição de um plano curricular: objetivos, carga horária, ementa, conteúdos programáticos, atividades metodológicas, avaliação e bibliografias. Importante mencionar que a partir da abordagem na Cartilha Curadoria de Conteúdo para Bibliotecários/as das autoras Tanus e Silva (2022) e em outros materiais complementares à temática, inspirou-se a criação da disciplina e foram definidos os fundamentos para a sua execução.
A princípio, como resultados iniciais das discussões de planejamento, formalizou-se uma visão panorâmica da disciplina, por meio da elaboração do seu objetivo, carga horária, ementa e público-alvo. O Quadro 1 apresenta os elementos iniciais do plano da disciplina.
Com base nos elementos descritos no Quadro 1, evidencia-se que a disciplina foi planejada para atender aos problemas mencionados na literatura acerca do papel ou contribuição do bibliotecário ao atuar como curador de conteúdo. Sobre isso, Tanus, Reis, Ferreira e Silva (2022) afirmam que o bibliotecário encontra na curadoria um novo campo de trabalho, com benefícios tanto para o profissional, quanto para o usuário e para a biblioteca. Pereira e Carvalho (2023, p. 1) arrematam esse raciocínio, informando que, por meio da curadoria, tornar-se possível ampliar as competências profissionais, fornecendo informações de qualidades e, ao mesmo tempo, estabelecendo com o público “[...] novas relações a partir do oferecimento de serviços e produtos informacionais inovadores”.
Ao findar a elaboração dos elementos iniciais do plano, conforme apresentado no Quadro 1, foram delimitados os conteúdos programáticos, em sintonia com a ementa. Em linhas gerais, foram estabelecidos os seguintes conteúdos: conceitos de curadoria de conteúdo, os tipos de curadorias, a curadoria na Ciência da Informação e Biblioteconomia e a importância da curadoria de conteúdo em unidades de informação. Inclui-se, também, a discussão sobre o perfil dos usuários de informação e a reflexão sobre quem são os curadores, com destaque o papel por eles desempenhado. Considerou-se como pertinente expor modelos, ferramentas, etapas e tendências de curadoria.
A fim de facilitar a condução da disciplina, foi decidido distribuir esses conteúdos programáticos em quatro unidades. Em cada unidade, foram selecionadas bibliografias específicas, as quais forneciam insumos teóricos capazes de fundamentar os conteúdos propostos. Assim, atrelado ao conteúdo programático, foi elaborado mais um elemento do plano: as bibliografias (básica e complementar). O Quadro 2 expõe a distribuição dos conteúdos por unidades e os principais estudos (citações) utilizados. A bibliografia completa de cada estudo pode ser consultada na lista de referências deste artigo.
Nota-se que a distribuição dos conteúdos por unidades torna mais fácil a visão detalhada da disciplina e, ao mesmo tempo, uma visão do todo, com o propósito de facilitar o aprendizado. Percebe-se, também, que as duas últimas unidades apresentaram um viés aplicado, cujos estudantes foram estimulados a pesquisar e expor opiniões, a fim de propor ações de curadoria ao trabalho do bibliotecário. Isso confirma, na visão de Lara et al. (2019), o que é estabelecido pelas metodologias ativas, ao valorizar as ideias preexistentes dos educandos e educadores para subsidiar a construção de novos conhecimentos, tornando a aprendizagem repleta de significado.
Ao demonstrar os passos e as aplicações da curadoria, a intenção foi instigar a participação dos estudantes acerca de como o bibliotecário atuará em seu cotidiano de trabalho, ao praticar a curadoria de conteúdo. Com esses conteúdos ministrados na última unidade, a pretensão foi motivar a curiosidade e o desejo da descoberta, os quais “[...] funcionam como molas propulsoras da aprendizagem de forma que os sujeitos se envolvam e se responsabilizem pela busca de informações e compartilhamento dos novos saberes” (Lara et al., 2019, p. 10).
Para finalizar a etapa de planejamento da disciplina, procedeu-se à elaboração das atividades metodológicas e da avaliação. Foram propostas oito atividades a serem executadas pelos estudantes, cada uma delas gerando uma pontuação para fins de avaliação, conforme consta no Quadro 3.
Assim como nos conteúdos programáticos, entende-se que as atividades a serem executadas pelos estudantes constituíram metodologias ativas. Isso porque exigiam um comportamento observador, analítico e reflexivo sobre as bibliografias estudadas, comportamento esse realizado de modo individual quanto coletivo. Além disso, algumas atividades, como a elaboração do plano e o seminário, despertaram a criatividade do estudante, ao elucidar possíveis práticas de trabalho do bibliotecário enquanto curador.
A proposta ora apresentada foi fundamentada em Masetto (2018), na crença de que as metodologias ativas possibilitam outras transformações relevantes, refletindo sobre as atitudes adequadas para a docência universitária, como voltar o olhar para os estudantes como protagonistas, a fim de criar um ambiente de aprendizagem colaborativo. Portanto, em consonância com esse autor, aplicou-se a metodologia ativa, com o objetivo de estimular a participação mais efetiva da turma. Assim, as aulas foram planejadas com um viés teórico-interativo.
Por fim, para finalizar a etapa de planejamento, doutoranda e orientador selecionaram os recursos ou instrumentos didáticos para execução das atividades. Dentre os principais, citam-se: Canvas, Power Point, YouTube, textos em PDF, editor Word, Mentimeter, WhatsApp e o Ambiente de Aprendizagem Dinâmico Modular Orientado a Objeto (MOODLE).
No que se refere aos resultados da segunda etapa (execução da disciplina), finalizado o processo de matrícula da instituição, foi computado um total de nove matrículas para a disciplina de curadoria. Na primeira aula, ocorreu a acolhida dos estudantes e a apresentação do plano da disciplina. Nas aulas seguintes, os estudantes começaram a ler os textos da bibliografia, participarem das aulas expositivas, conduzidas pela exposição de slides, e assistiram ao vídeo “A era da curadoria: o que importa é saber o que importa”, do autor Mario Sergio Cortella. Logo após, procedeu-se à roda de conversas, com mediação e reflexões voltadas às experiências profissionais da turma. Para finalizar a primeira unidade, os estudantes entregaram, por escrito, uma resenha crítica.
Os resultados das atividades dessa primeira unidade manifestaram-se como satisfatório, uma vez que todos os estudantes compartilharam pontos que mais interessaram, correlacionando os textos lidos, o assunto do vídeo e a realidade prática do trabalho bibliotecário, sob um olhar crítico e propositivo. Entende-se que esse resultado é fruto das metodologias atividades, pois viabilizou possibilidades de tornar concreto o que está descrito na literatura, ou seja, os estudantes posicionaram-se como otimistas para o atual cenário da curadoria, afirmando que o bibliotecário tem muito a contribuir com esse novo campo de trabalho. Com esses resultados das metodologias ativas, constatou-se que os estudantes são colocados na posição de sujeitos ativos e o professor como orientador e mediador no processo; logo, “[...] a tradicional posição de inércia do aluno se desloca para um comportamento mais ativo e engajado” (Lima; Pereira, 2023, p. 19).
Ao contrário da primeira unidade, que teve como suporte aulas expositivas, a segunda unidade foi composta, tão somente, por leitura individual de textos da bibliografia, cabendo a cada estudante elaborar um resumo dos textos, registrando, também, os seus pontos de vistas sobre o processo de curadoria de conteúdo no âmbito da Ciência da Informação e Biblioteconomia. Os resumos entregues foram avaliados como satisfatórios, pois os estudantes conseguiram contextualizar as informações, relacionando os conteúdos dos textos e comparando-os com suas opiniões, à luz de uma postura crítica e fundamentada.
Esse posicionamento crítico e otimista do estudante sobre um assunto novo é de fundamental importância para garantir que os bibliotecários ocupem postos de trabalho que lhe são apropriados, a utilizar de suas competências para fornecer informação verídica e de qualidade à comunidade usuária. A própria literatura sobre a curadoria na Ciência da Informação elucida essa necessidade. De acordo com Tanus et al. (2022, p. 1), a análise crítica, a motivação e a esperança dos bibliotecários são peças-chave para a construção de outras ações de boas práticas, “[...] podendo servir de inspiração para os bibliotecários e para o fortalecimento de uma Biblioteconomia mais engajada e atuante socialmente”.
Durante a terceira unidade, os conteúdos contidos nas bibliografias foram apresentados por meio de aulas expositivas (apresentação de slides), cuja professora/doutoranda incentivou, em todas as aulas, a participação crítica dos estudantes. Para finalizar a unidade, os estudantes receberam um conjunto de perguntas abertas a serem respondidas em duplas (estudo dirigido). A intenção do estudo dirigido foi garantir a interação ou envolvimento coletivo, haja vista promover a construção coletiva e o compartilhamento de conhecimento.
Os resultados revelaram que a interação no estudo dirigido desenvolveu habilidades de comunicação, cujo estudante foi incentivado ora a se expressar, ora a ouvir o colega, e isso fortalece o trabalho em equipe, sendo essas atitudes essenciais para direcionar o aprendizado dos estudantes. Assim, as respostas do estudo dirigido evidenciaram a ideia de uma relação fundamentada no comportamento compreensivo e empático, tanto de estudantes, quanto de professores (Santos, 2001). Santa Anna (2018, p. 7) revelou considerações parecidas com esses resultados, ao demonstrar que a relação entre os sujeitos de uma sala de aula conduzida por metodologias ativas deve ser “[...] sustentada pelo diálogo, pelo compartilhamento de informações e pelo respeito, consolidando uma educação democrática [...]”.
Por fim, no que tange à quarta unidade, composta por duas atividades práticas (plano de curadoria e palestra/seminário), os estudantes foram estimulados a lerem as bibliografias da unidade, além de participarem de uma palestra expositiva com bibliotecário experiente na elaboração de planos de curadoria para bibliotecas. Além das explicações de como produzir o plano, a professora elaborou um folder instrutivo, contendo as diretrizes de como o plano de curadoria deveria ser desenvolvido (Figura 1).
As diretrizes para execução das atividades acima foram compartilhadas previamente, em sala de aula, no final da apresentação dos slides com as respectivas datas de entrega e também houve divulgação pelo MOODLE. Dúvidas posteriores foram esclarecidas com o uso do e-mail e pela interação em grupo de WhatsApp da turma, o que oportunizou o contato mais interativo e veloz, entre os envolvidos, confirmando a constatação de Barbosa, Sá e Santa Anna (2019), de que esse aplicativo se caracteriza como um recurso didático, pois facilita a troca de mensagens instantâneas, de modo a garantir o conhecimento dos fatos e a facilitar, assim, a tomada de decisão.
Quanto à palestra sobre a experiência com a curadoria de conteúdo, pôde-se constatar a motivação dos estudantes em aprender novas estratégias de atuação bibliotecária, além da participação com questionamentos sobre dúvidas e também reflexões sobre os desafios enfrentados pelo bibliotecário em seu cotidiano de trabalho, como: falta de recursos, desmotivação e descaso institucional ou de outros colegas. As reflexões da palestrante indicam que os desafios são superados, quando se há empenho e criatividade para o exercício profissional. Na atividade de curadoria, o empenho do bibliotecário também é condição sine qua non para o seu sucesso.
[...] A inovação precisa ser estimulada entre os profissionais da área, uma vez que novas possibilidades de atuação surgem trazendo consigo novas demandas de competências e habilidades profissionais. Evidencia-se, então, uma atuação transformadora que, por sua vez, exige uma nova maneira de pensar e de agir, e um novo papel a cumprir junto à sociedade, sendo essencial que os bibliotecários estejam atentos às diversas possibilidades de inovação potencializadas pelas tecnologias e procurem sempre adaptar seus serviços e produtos, buscando a melhoria contínua da qualidade e a satisfação dos usuários (Pereira; Carvalho, 2023, p. 13-14).
O plano elaborado pelos grupos também trouxe resultados satisfatórios, no sentido de que os estudantes pensaram, coletivamente, em práticas de trabalho capazes de garantir a qualidade da informação disponibilizada na internet e o combate a notícias falsas ou adulteradas. Ressalta-se que o plano proposto pelos estudantes seguiu a mesma estrutura de dez passos, formulada por Tanus e Silva (2022). Cada grupo ficou com passos diferentes do plano e, no momento do seminário, as propostas foram compiladas em um único plano. Em linhas gerais, as principais ideias ou sugestões propostas para cada passo do plano estão descritas no Quadro 4.
Os resultados alcançados a partir das ideias dos estudantes evidenciam que é pertinente e exequível o plano de curadoria a ser desenvolvido junto ao serviço de referência de uma biblioteca universitária. Nota-se que é adequado aos propósitos da instituição universitária, cujos recursos tecnológicos precisam ser valorizados, haja vista garantir eficiência no processo de avaliar e divulgar conteúdos relevantes ao público principal da instituição.
Constatou-se, pelas sugestões dos estudantes, que os dez passos da curadoria estão relacionados ao serviço de referência, visto que algumas características desse serviço se aproximam das sugestões propostas (as práticas de curadoria), tais como: necessidades, satisfação, interação, divulgação, fidelização, canais de comunicação e marketing. A esse respeito, Santos e Pereira (2024) informam que o bibliotecário como curador atuará no atendimento às demandas do usuário, tendo em vista levantar perfis, identificar dificuldades, fornecer orientações, auxiliar nas buscas, fortalecer a divulgação e promover o diálogo.
Mesmo que os estudantes identificaram o alinhamento da curadoria de conteúdo com o serviço de referência, também apontaram alguns desafios, sobretudo, no que tange à execução do plano, tais como: escassez de recursos humanos e tecnológicos, ausência de capacitação para a equipe e dificuldade de adesão às novas práticas de trabalho. Foi destacado que esses problemas é uma constante no cotidiano das instituições, afetando o desempenho da equipe de bibliotecários.
De fato, os desafios citados estão presentes no cotidiano dos bibliotecários e atravessam gerações, manifestando-se como um fenômeno historicamente impregnado à profissão. Nesse sentido, Lankes (2012) discursa que, mesmo havendo desafios, como falta de motivação e de recursos, não há como fugir de uma nova realidade, que indica a necessidade constante de reinvenção da biblioteca e de seus profissionais. O autor chama a atenção acerca do papel do bibliotecário, que precisa “pensar fora da caixinha”, trazer ideias diferenciadas, muitas delas poderão até não pertencer ao contexto informacional, desde que tenham correspondência com as necessidades dos usuários.
Salienta-se que o plano desenvolvido pelos estudantes constituiu um produto da disciplina e apresentou aspecto bastante inovador, por conseguinte, poderá servir como orientação para as bibliotecas universitárias que ainda não elaboraram um plano específico para curadoria junto ao serviço de referência. A compilação das propostas dos grupos ocorreu ao final do seminário, demonstrando que se trata de um produto construído a “inúmeras mãos” e fruto do protagonismo dos estudantes. Com isso, constatou-se o uso das metodologias ativas, já que os estudantes elaboraram algo significativo no trabalho do bibliotecário, cuja construção foi coletiva e permeada pelo compartilhamento de ideias.
Por fim, percebeu-se que as estratégias advindas do uso das metodologias ativas possibilitaram aulas mais participativas por meio das contribuições, experiências, interações e esclarecimentos de dúvidas sobre a temática elucidada. Conforme alude Lima e Pereira (2023), o uso das metodologias ativas como estratégia pedagógica provoca maior engajamento e desperta interesse pelas atividades propostas; com isso, amplia-se a possibilidade de tangibilizar as abstrações e desenvolver experiências mais próximas ao contexto e vivência da turma no cotidiano.
Com o término da disciplina, a professora/doutoranda aplicou uma entrevista junto aos estudantes, a fim de levantar pontos fortes e fracos da disciplina, ou seja, procedeu-se à avaliação, tendo em vista identificar os feedbacks, os quais seriam utilizados como melhoria em futuras disciplinas. Em linhas gerais, foram citados como pontos fortes: temática relevante, motivação nas aulas, intensa participação, ideias compartilhadas e atividades prazerosas. Já como pontos negativos, os estudantes relataram a necessidade de elaborar o plano ao longo da disciplina, de modo a oportunizar mais tempo para o seu desenvolvimento.
5 CONCLUSÃO
Este estudo apresentou o relato de experiência sobre o estágio docente no Curso de Biblioteconomia, tendo a curadoria de conteúdo como uma disciplina optativa. Nota-se, portanto, que o objetivo geral foi alcançado, cujos resultados indicaram como principais contribuições da disciplina: as interações e o compartilhamento de conhecimentos entre os sujeitos envolvidos (estudantes e professora).
Outro resultado alcançado advém do aporte teórico utilizado. Foi possível, então, levantar conceitos e características da curadoria, considerada como um processo de filtragem sobre a integridade, veracidade e consistência dos conteúdos disseminados na internet. O bibliotecário possui habilidades e competências para selecionar conteúdos de qualidade, podendo, pois, atuar como curador de conteúdo em seu cotidiano de trabalho. Evidenciou-se que a curadoria, portanto, manifesta-se como mais um campo de atuação desse profissional.
Foi constatado que as metodologias ativas garantiram um aprendizado significativo, pois os estudantes se comportaram como críticos, reflexivos e protagonistas, além de valorizarem o diálogo, a interação, o compartilhamento e a criatividade. Com isso, acredita-se que a disciplina inspirou os futuros profissionais; logo, infere-se que essas metodologias são adequadas para conduzir as disciplinas que exploram, sobretudo, temáticas pouco estudadas no âmbito da Biblioteconomia.
No que tange ao conhecimento adquirido pela professora/doutoranda, este relato possibilitou contribuições para a sua formação. Do ponto de vista pessoal, a prática do estágio docente constituiu uma oportunidade de aprimoramento intelectual. Já do ponto de vista profissional, a experiência despertou na docente a consciência sobre o potencial do bibliotecário para trabalhar com a curadoria de conteúdo. Por fim, ao atuar como docente, a professora/doutoranda teve a oportunidade de fazer o uso das metodologias ativas em diferentes momentos das aulas, desenvolvendo em si o domínio pedagógico.
Mesmo com esses resultados e contribuições, não foi possível levantar dados sobre a possibilidade de inserção da disciplina no currículo. Embora constatando o potencial do bibliotecário-curador, o estudo abordou, tão somente, o contexto das bibliotecas, como também se tornou inviável pela experiência comparar as metodologias ativas com outros tipos de estratégias de ensino. Essas lacunas manifestam-se como limitações da pesquisa e servem como motivação para estudos posteriores.
Como estudos futuros, sugere-se a elaboração de relatos de experiências acerca da inclusão da disciplina de curadoria no currículo do Curso de Biblioteconomia. Além disso, outros relatos podem ser produzidos sobre o planejamento e execução dessa disciplina, porém, focados na atuação independente do bibliotecário como curador (prestação de serviço), ou seja, o profissional presta serviço, mas não está vinculado a uma biblioteca ou instituição. Recomenda-se, também, relatar experiências docentes na disciplina de curadoria com o uso de outras metodologias semelhantes às ativas, tal como a educação libertadora de Paulo Freire.
Reconhecimentos:
As autoras desejam agradecer os editores de periódicos brasileiros de Biblioteconomia e Ciência da Informação que participaram das entrevistas.
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Aprovação ética:
Não aplicável.
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Financiamento:
Não aplicável.
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Imagem:
Extraída da plataforma Lattes.
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JITA:
JL. Digital curator
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ODS:
4. Educação de qualidade
Disponibilidade de dados e material:
Não aplicável.
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Editado por
-
Editor:
Gildenir Carolino Santos https://orcid.org/0000-0002-4375-6815
Datas de Publicação
-
Publicação nesta coleção
31 Out 2025 -
Data do Fascículo
2025
Histórico
-
Recebido
01 Jun 2025 -
Aceito
13 Jul 2025 -
Publicado
22 Jul 2025


Fonte: Dados da pesquisa (2024).