RESUMO
Introdução: Periódicos científicos desempenham um papel crucial no avanço da ciência, servindo como espaços de comunicação, acesso e disseminação da informação científica. Alinhados aos princípios do Acesso Aberto e da Ciência Aberta, devem estar disponíveis a todos, sem barreiras, incluindo às Pessoas com Deficiência (PcD).
Objetivo: Analisar as abordagens, recursos e ferramentas utilizadas para promoção da acessibilidade para Pessoas com Deficiências (PcD) nos periódicos científicos.
Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva, de natureza bibliográfica, que adota um método de análise mista, combinando técnicas qualitativas e quantitativas. A investigação baseou-se na análise da produção científica relacionada à acessibilidade dos periódicos em bases de dados multidisciplinares.
Resultados: Foram encontradas poucas publicações que abordam o tema, predominantemente focadas em questões específicas, como a avaliação da acessibilidade de websites ou relatos de práticas adotadas por periódicos, frequentemente voltadas a deficiências específicas. As avaliações de acessibilidade realizadas foram, em sua maioria, manuais ou mistas, sendo as automáticas conduzidas por ferramentas que verificam a conformidade com os critérios de acessibilidade do W3C. Não se identificou uma ferramenta avaliadora amplamente preferida nos estudos analisados.
Conclusão. O número restrito de contribuições sobre o tema e sua limitada abrangência destacam a necessidade de aprofundamento das pesquisas. Além disso, ressalta-se a primazia em incluir a acessibilidade web nas discussões sobre o Acesso Aberto, considerando sua compatibilidade com os princípios de promoção do acesso universal à informação científica.
PALAVRAS-CHAVE:
Periódicos eletrônicos; Acessibilidade; Acesso aberto; Publicações científicas
ABSTRACT
Introduction: Scientific journals play a crucial role in the advancement of science, serving as spaces for communication, access and dissemination of scientific information. Aligned with the principles of Open Access and Open Science, they must be available to everyone, without barriers, including People with Disabilities.
Objective: Analyze the approaches, resources and tools used to promote accessibility for People with Disabilities in scientific journals.
Methodology: This is descriptive research, of a bibliographic nature, which adopts a mixed analysis method, combining qualitative and quantitative techniques. The research was based on the analysis of scientific production related to the accessibility of journals in multidisciplinary databases.
Results: Few publications addressing the topic were found, predominantly focused on specific issues, such as assessing the accessibility of websites or reports on practices adopted by journals, often aimed at specific disabilities. The accessibility assessments performed were mostly manual or mixed, with the automatic ones being conducted by tools that verify compliance with the W3C accessibility criteria. No widely preferred assessment tool was identified in the studies analyzed.
Conclusion. The limited number of contributions on the topic and their limited scope highlight the need for further research. Furthermore, the importance of including web accessibility in discussions on Open Access is highlighted, considering its compatibility with the principles of promoting universal access to scientific information
KEYWORDS:
Eletronic journals; Accessibility; Open access; Eletronic publications
1 INTRODUÇÃO
A publicação é vital à comunicação e ao progresso do conhecimento científico em todas as áreas e é considerada um indicador do desenvolvimento de um país (Batista; Farias, 2023; UNESCO, 2021). Essa comunicação ocorre em periódicos, livros e eventos que adotam processos de avaliação e certificação do conteúdo destas publicações (Batista; Farias, 2023).
Os periódicos científicos estão consolidados como os principais veículos adotados por pesquisadores para a disseminação de suas pesquisas (Mugnaini; Igami; Krzyzanowski, 2022), seja pela rápida circulação da informação, pelo alcance ou quebra de barreiras geográficas que proporcionam (Gingras, 2020).
As pesquisas científicas são financiadas, na grande maioria, com recursos públicos, por meio de projetos, bolsistas, pesquisadores ou até mesmo por meio dos instrumentos utilizados para a realização do estudo (Abadal; Nonell, 2019). Logo, essas produções deveriam estar disponíveis ao público como um processo de retornar à comunidade o recurso investido (Kuramoto, 2006; Swan, 2008).
O Movimento de Acesso Aberto emerge neste cenário, como uma proposta da comunidade científica para a promoção do acesso à informação científica livre de barreiras (Rios; Lucas; Amorim, 2019), resultando em um foco específico no qual o leitor, dispusesse da liberdade de acessar os conteúdos sem quaisquer restrições, sejam elas financeiras, legais ou técnicas (Rios; Lucas; Amorim, 2019). Todavia, para que a prática esteja alinhada à filosofia, expressa nas diferentes declarações do Movimento (BOAI, 2002), é necessário que além das barreiras financeiras, se considerem os empecilhos técnicos no acesso à informação científica. Neste contexto, se relaciona a acessibilidade web à informação científica e aos periódicos científicos.
A acessibilidade funciona como um mecanismo que visa a inclusão social dos indivíduos a partir da integração entre as pessoas e de suas especificidades no meio físico e digital (Morais et al., 2023). O conceito está relacionado à viabilização do acesso para pessoas com deficiências, limitações temporárias, doenças degenerativas, idosos e outros grupos, garantindo que possam utilizar informações, produtos e serviços disponíveis nos diversos ambientes sem enfrentar barreiras significativas (Rocha; Alves; Duarte, 2011). Na web, diretrizes e normas foram desenvolvidas para proporcionar sites mais acessíveis (Nazário; Coelho, 2019).
O World Wide Consortium (W3C), consórcio internacional para padronização da web, no esforço de promover a acessibilidade criou, em 1999, a Web Accessibility Initiative (WAI) em que estabelece uma iniciativa para a inclusão de Pessoas com Deficiência (PcD) no ambiente digital (W3C, [2023?]). Com isto, estabeleceram padrões de conteúdo web a serem seguidos para o desenvolvimento de sites mais precisos e com padrões similares (W3C, [2023?]). As iniciativas da WAI resultaram na Web Content Accessibility Guidelines (WCAG) na qual padroniza, globalmente, os sites para promoção da acessibilidade na web (Shing-Han, Yen; Wen-Hui; Tsun-lin, 2012).
Apesar das diretrizes existentes, a ausência de acessibilidade na web se constitui como uma barreira ao acesso à informação, limitando a interação de determinados grupos de indivíduos com os conteúdos disponíveis (Oliveira; Silva Neto, 2019). Entre os motivos apontados para a manutenção destas barreiras, estão a) a falta de conhecimentos dos desenvolvedores acerca das diretrizes existentes (Oliveira; Silva, 2011), e b) a criação de websites sem considerar as possíveis deficiências ou barreiras dos usuários (Macakoglu; Peker, 2022). Esse problema é igualmente identificado em portais e periódicos científicos que não implementam as diretrizes e os recursos de acessibilidade disponíveis nas plataformas (Rodrigues; Souza, 2020).
Além da existência de padrões de acessibilidade para criação de páginas e conteúdo web, no âmbito da informação científica há a inegável relação com o propósito do movimento de acesso aberto. Neste contexto, a temática se insere nos estudos de comunicação científica no campo de Ciência da Informação (CI), constituindo-se em uma demanda e preocupação crescente para que de fato se possa promover um acesso à informação científica livre de quaisquer barreiras (Hallo; Hallo; Luján-Mora, 2017). Portanto, a identificação e análise das publicações que relacionam o acesso aberto em periódicos científicos com a acessibilidade web contribui para compreender em quais âmbitos e aspectos a temática vêm sendo discutida pelos pesquisadores.
Neste contexto, o objetivo desta pesquisa é analisar as abordagens, recursos e ferramentas utilizadas para promoção da acessibilidade para Pessoas com Deficiências (PcD) nos periódicos científicos.
2 METODOLOGIA
Este estudo caracteriza-se, quanto aos seus objetivos, como descritivo, ao descrever os dados identificados (Sampieri-Hernández; Collado-Fernández; Lucio, 2013). No que se refere aos procedimentos técnicos, como pesquisa bibliográfica e quanto à análise dos dados, adotou-se o método misto, na qual empregam-se análises qualitativas e quantitativas (Sampieri-Hernández; Collado-Fernández; Lucio, 2013).
O levantamento bibliográfico, visando obter o maior número possível de publicações sobre a temática, consistiu na busca, nos campos de título, resumo e palavras-chave, sem delimitação de tempo ou tipo de documento, pelos seguintes termos: (Acessibilidade OR Accessibility OR Accesibilidad) AND ("Periódico Científico" OR "Scientific Journal" OR "Academic Journal" OR "Revista Científica"), em bases de dados multidisciplinares e especializadas no campo de Ciência da Informação, nacionais e internacionais, conforme a Tabela 1.
Foram obtidos 288 documentos nas buscas, organizados em planilha do Microsoft Excel. Destes, trinta e dois (32) eram duplicatas. Ao realizar a leitura dos resumos dos documentos, identificou-se que 176 documentos não tratavam de acessibilidade para PcD, mas a associação e uso do termo acessibilidade como sinônimos de acesso e/ou facilidades de acesso; outros 70 não se relacionavam a publicações sobre acessibilidade em periódicos científicos. Realizadas as exclusões, o universo da pesquisa é composto por dez (10) documentos.
A caracterização da produção foi realizada a partir da coleta das variáveis de título, autoria, ano, idioma, veículo de publicação, área de publicação, vínculo institucional e nacionalidade dos autores. Para análise da área optou-se por identificá-las pelas grandes áreas.
Para identificação da abordagem dada ao tema nas publicações foi realizada a leitura completa dos documentos e identificado se os estudos eram aplicados, ou seja, se realizavam a avaliação da acessibilidade em periódicos e, neste caso, coletados os dados sobre a) que tipo de avaliação foi realizada, b) que ferramentas foram utilizadas, c) qual o corpus da avaliação; e d) se existe ênfase em alguma deficiência específica.
4 RESULTADOS
A produção científica sobre acessibilidade em periódicos científicos, além de ser limitada, apresenta-se como escassa. Os documentos identificados foram publicados entre 2000 e 2023. A concentração inicial dessas publicações nos anos 2000 pode estar relacionada à popularização da internet nesse período (Jesus; Rufino; Silva, 2014). Observou-se que apenas no ano de 2018 houve mais de uma publicação abordando essa temática (Tabela 2).
Ao que se refere o idioma de publicação, a maior parte dos documentos foi publicada em português (50%), seguido pelo inglês com (30%) e do Espanhol (20%) (Tabela 2).
Quanto ao tipo de documentos, foram identificados quatro (4) artigos em periódicos científicos (Germain, 2000; Silva et. al, 2018; Sedghi et al, 2018; Navarro-Molina et al., 2018), três (3) dissertações defendidas em programas de pós-graduação brasileiros (Lara, 2014; Silva Filho, 2022; Silva, 2015), dois (2) trabalhos em eventos (Arias-Flores et. al, 2020; Hallo; Hallo; Luján-Mora, 2017) e um (1) editorial, (Almeida; Alves, 2023) (Tabela 3).
A área de maior evidência nos estudos é na área de ciência da informação (40%), sendo campo que estuda diretamente as temáticas que envolvem o acesso à informação científica (Araújo, 2014), e da ciência da computação (30%), justificado pela temática de acessibilidade web relacionar-se ao desenvolvimento, padronização e construção de sistemas, aplicativos e websites acessíveis (W3C, [2023?]). Seguidas pelas áreas de design (10%), com temas relacionados a ergonomia de portais e periódicos, saúde (10%) e educação (10%), ao abordar os periódicos como espaços informacionais que demandam acessibilidade para promoção da educação científica (Tabela 3).
É possível observar que, no caso de artigos em periódicos predominam os títulos da área de CI, já os trabalhos em eventos, se concentram em eventos da área de Ciência da Computação, enquanto a pesquisa em nível de pós-graduação é mais fragmentada (Tabela 4).
Quanto às autorias, foram identificados 26 autores para os 10 documentos analisados (Tabela 5), uma média de 2,6% autores por publicação. Cada um deles publicou apenas um trabalho sobre o tema, não sendo possível identificar um núcleo de autores especializados. Combinados ao limitado número de publicações sobre o tema, este é um indicativo de quão escassa e recente é a relação entre acessibilidade e periódicos científicos.
Dos 26 autores, 10 estão vinculados às instituições brasileiras, seguidos pela vinculação às instituições equatorianas (5) espanholas (4), iranianas (3), estadunidenses (2), portuguesas (2). Entre as instituições identificadas, somente quatro estão vinculadas a mais de um autor, duas delas brasileiras: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) (5 autores), University of Medical Sciences (3 autores), Universidade Federal Fluminense (2 autores), Escuela Politécnica Nacional (3 autores), de acordo com os dados da Tabela 5.
No Brasil, os Institutos Federais e as instituições de ensino superior (IES) possuem setores especializados na inclusão e promoção da acessibilidade aos estudantes, em atendimento a lei nº 13.146/2015 (Andrade; Monte, 2020); o IFRS possui um Centro Tecnólogico de Acessibilidade (CTA), que desenvolve projetos e parcerias com ênfase na acessibilidade digital (IFRS, 2021).
3.1 Acessibilidade em periódicos científicos: análise metodológica dos estudos
Os estudos que abordam a acessibilidade tendem a ser aplicados (80%), com dados sobre a realização da avaliação de acessibilidade, como o tipo de avaliação realizada e as ferramentas utilizadas (Quadro 1). Nos documentos analisados, a maioria não se limita a uma única deficiência, o que sugere uma abordagem mais ampla quanto às deficiências existentes. Entretanto, esta abordagem é uma das limitações destes estudos uma vez que não se analisa as especificidades dos indivíduos e da acessibilidade associada a elas. Os trabalhos que abordam deficiências específicas são estudos voltados aos deficientes visuais (3) e pessoas surdas (1).
Dois (2) estudos não realizam nenhuma avaliação de acessibilidade, tratando-se de publicações que apresentam práticas incorporadas a um periódico específico (Silva et al., 2018) e de um editorial que assume o compromisso de incorporar ao periódico recursos para tecnologias assistivas (Almeida; Alves, 2023).
No campo da avaliação de acessibilidade em periódicos, quatro (4) estudos realizaram análises manuais, três (3) utilizaram uma abordagem mista, combinando métodos automáticos e manuais e um (1) exclusivamente à avaliação automática (Quadro 1). As ferramentas automáticas de acessibilidade se destacam por facilitar a identificação de erros nas páginas e, em alguns casos, gerar relatórios para correção. Apesar de contar com algumas limitações, continuam sendo recursos úteis, principalmente em sites mais complexos. Estudos como de Campoverde-Molina, Luján-Mora e García (2020) destacam a ampla adoção do recurso, uma vez que que identificaram o uso de ferramentas automáticas em 20 das 25 produções analisadas. De forma similar, este estudo identificou que pelo menos quatro (4) pesquisas empregaram algum tipo de ferramenta. Para obter diagnósticos mais completos, sugere-se a combinação de testes automáticos e manuais (Mascaraque et al., 2010; Balsells et al., 2017).
Quanto aos recursos utilizados para realizar a análise da acessibilidade, foram identificados o uso de 3 ferramentas: a) o avaliador de acessibilidade web: eXaminator (1), e b) os recursos de validação de marcação de documentos e folha de estilo CSS: W3C Markup Validator Service e c) W3C CSS Validator. Além disso, destaca-se o uso do leitor de telas Jaws, que, embora não seja uma ferramenta de avaliação propriamente dita, foi utilizado em um estudo para identificar erros.
Quanto aos objetos dos estudos, identificou-se que a maioria (5) realizavam a análise em mais de um periódico, em áreas distintas, como no estudo de Navarro-Molina et. al (2018), ou dentro de uma mesma área, como Silva (2015).
Dos estudos aplicados, quatro relatam experiências específicas: Lara (2014), com a participação de 4 surdos e 1 ouvinte, apresenta relato de questões necessárias para melhoria da acessibilidade na base de dados SciELO; Silva et al., (2018) relata as aplicações realizadas no Revista Eletrônica da Matemática (REMAT), das quais se inclui o desenvolvimento de um template acessível; Arias-Flores et. al. (2020) discutem sobre a acessibilidade para cegos em um periódico que utiliza o Open Journal System (Arias-Flores et. al, 2020); e Silva Filho (2022) desenvolveu um protótipo para promoção de acessibilidade a artigos científicos, por meio de vídeo acessível.
3.2 Abordagens dos estudos sobre a acessibilidade em periódicos científicos
Estudos que abordam a acessibilidade web tendem a promover a discussão sobre a temática, identificando as possíveis barreiras encontradas por usuários PcD, debatendo sobre seus prejuízos e propondo estratégias para tornar os ambientes mais acessíveis (Matos; Souza, 2020). Morais et al. (2023) aludem ao fato de ser rasa a relação na literatura de produções que associam a acessibilidade em periódicos e repositórios. O que demonstra que apesar de ser evidente a relevância da produção científica, pouco se debate sobre os espaços que disponibilizam estes estudos. Carecendo então de maior atenção para que sejam promovidos ambientes mais inclusivos, os quais não restrinjam o acesso às informações científicas disponíveis.
Nas publicações a acessibilidade nos periódicos científicos, quando existe a especificação de uma deficiência, é identificável a ênfase nas deficiências visuais (Arias-Flores et al., 2020; Silva Filho, 2022), destacando o uso de leitor de telas (Arias-Flores et. al, 2020), embora alertem sobre a existência de outras deficiências, que devem ser aprofundados para a minimização das barreiras (Guimarães; Araújo; Sousa, 2020). Quanto à acessibilidade nos sites de periódicos científicos sobre deficiências específicas, Lara (2014), em relação às pessoas surdas, destacou que o conhecimento não somente é inacessível, como excludente, dado que não proporciona alternativas para língua brasileira de sinais (LIBRAS). Desse modo, surdos não conseguem usufruir das informações disponíveis (Lara, 2014). Arias-Flores et al. (2020) identificam os desafios enfrentados por cegos no processo editorial de periódicos científicos na plataforma OJS, como o layout, controles de interface, versões HTML e configuração dos sites. Como resultado, apontam alguns recursos que podem ser implementados, como a apresentação de artigos em MP3, publicações em HTML com níveis de navegação e recursos de vídeo.
Quanto ao website de periódicos, Hallo; Hallo; Luján-Mora (2017) analisaram 101 sites de revistas latino-americanas em Acesso Aberto, a partir do uso da ferramenta de avaliação eXaminator, que adota critérios do WCAG, e como resultado identificaram que a maior parte das páginas iniciais analisadas não segue um padrão quanto aos recursos de acessibilidade. Navarro-Molina et al. (2018) analisaram um conjunto de periódicos eletrônicos utilizando avaliadores automáticos, como Markup Validator Service, CSS Validator, AChecker, Total Validator e AInspector, em combinação com testes manuais. Os resultados demonstraram que as plataformas não apresentam erros de acessibilidade em apenas 10 dos 38 critérios de sucesso estabelecidos. Silva et al. (2018) descrevem as ações aplicadas para construir uma revista acessível e inclusiva, como a estruturação de texto que facilite o manuseio dos arquivos PDFs por ferramentas leitores de telas e o desenvolvimento de um template acessível.
Quanto aos artigos publicados nos periódicos, Germain (2000) analisa as URLs de artigos, discutindo sobre a manutenção de links para identificação e acesso aos documentos citados, apontando que 50% dos URLs não puderam ser acessados, constituindo-se como uma barreira à acessibilidade do conteúdo dos artigos. Sedghi et al., (2018) também analisam a relação das URLs de uma revista biomédica iraniana à acessibilidade às fontes de informação on-line.
Silva (2015) analisa os formatos de disponibilização de artigos em periódicos da área de Arquitetura e Urbanismo com Qualis A1, a partir de um instrumento baseado em princípios funcionais e administrativos do design da informação, padrões Web e recomendações do W3C, permitindo a verificação da adoção de padrões web, identificando que existe um movimento de adoção de padrões, principalmente o HTML aprimorado. Silva Filho (2022) desenvolveu um produto técnico-pedagógico-social para promoção de acessibilidade à deficientes visuais em periódicos científicos, a partir da adaptação dos artigos elencando características específicas de acessibilidade, dentre as quais se incluem o aumento de fonte, fixação de imagens, áudio leitura e interação na leitura de texto. O protótipo BOCA-Pub disponibiliza gratuitamente uma versão acessível dos artigos científicos em plataformas on-line a partir da conversão para formato de vídeo com elementos textuais como fonte aumentada e áudio com entonação humana (Silva Filho, 2022).
Almeida e Alves (2023), em editorial sobre o acesso aberto, ciência aberta e acessibilidade, destacam a inclusão como um critério para promoção de um acesso a todos, apontando as estratégias de inclusão adotadas pela revista Online Brazilian journal of nursing, em 2022, que incluem a audiodescrição dos resumos, assumindo o compromisso de ampliar os recursos de tecnologia assistivas no website da revista.
Nas publicações que abordam a acessibilidade em periódicos científicos, se observa que: há ênfase na acessibilidade para um tipo específico de deficiência, como nos casos dos surdos por Lara (2014) e de cegos por Silva et al., (2018), Arias-Flores et al. (2020) e Silva Filho (2022); o estudo de caso de um periódico específico, como Lara (2014), Arias-Flores et al. (2020) e Silva et al. (2018); ou análises comparativas da acessibilidade entre os títulos e grupos avaliados, como Germain (2000), Silva (2015), Hallo; Hallo; Luján-Mora, (2017), Navarro-Molina et al. (2018) e Silva Filho (2022); e majoritariamente utilizando para avaliação da acessibilidade ferramentas desenvolvidas com este propósito - Hallo; Hallo; Luján-Mora, (2017) fazem o uso de eXaminator, Navarro-Molina et al., (2018) utilizam AChecker, Total Validator e AInspector.
6 CONCLUSÃO
Quando se consideram os periódicos como canais de comunicação e difusão da informação científica, deve-se considerar que a informação esteja disponível a todos os usuários. No levantamento bibliográfico sobre o tema, observou-se um número considerável de estudos que utilizam o termo "acessibilidade" no contexto do acesso aberto, referindo-se à disponibilização gratuita dos artigos. No entanto, o conceito de acessibilidade tende a ser mais associado às pessoas com deficiência, sendo utilizado para definir as condições que possibilitam o acesso a produtos, espaços e informações por indivíduos com deficiência.
Nos documentos que abordam o tema, a maior parte está associada a questões pontuais: como estudos aplicados, pelas avaliações de acessibilidade e/ou ao relato de práticas e/ou estratégias adotadas para melhorar a acessibilidade do título, como disponibilidade do conteúdo em áudio e o uso de templates acessíveis. Assim, principalmente contribuições técnicas, as quais ainda se fazem necessárias, devem incluir a acessibilidade web como parte da pauta do acesso à informação científica incluindo os padrões e critérios de acessibilidade web como requisito dos sistemas de editoração científica e da formação do corpo editorial, institucionalizando-a como um compromisso na promoção do acesso à informação científica.
O limitado número de contribuições e sua abrangência, reforça a necessidade de estudos sobre o tema, e da inclusão da acessibilidade web na pauta das discussões sobre o Acesso Aberto, dada a compatibilidade dos conceitos na promoção do acesso à informação científica sem barreiras.
Reconhecimentos:
Não aplicável.
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Financiamento:
Este estudo foi financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES), Código de Financiamento 001.
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Aprovação ética:
Não aplicável.
- Disponibilidade de dados e material:
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Imagem:
Extraída do site institucional UFSC
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JITA:
EB. Printing, electronic publishing, broadcasting
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ODS:
10. Redução das desigualdades.
Disponibilidade de dados
Datas de Publicação
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Publicação nesta coleção
12 Maio 2025 -
Data do Fascículo
2025
Histórico
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Recebido
07 Fev 2024 -
Aceito
10 Jan 2025 -
Publicado
31 Jan 2025




