Open-access Endogenia em periódicos científicos: análise dos vínculos de autoria nos artigos dos títulos catarinenses

RESUMO

Introdução:  Nesta pesquisa, aborda-se a endogenia autoral nos periódicos vinculados às universidades catarinenses.

Objetivos:  O objetivo geral é investigar a endogenia autoral nos periódicos científicos publicados pelas universidades de Santa Catarina. Os específicos consistem em: a) identificar a taxa média de endogenia autoral por instituição editora; b) analisar as taxas de endogenia por estrato de avaliação; c) relacionar as taxas de endogenia com a indexação dos títulos d) discutir as taxas de endogamia em relação às áreas do conhecimento da CAPES.

Metodologia:  A pesquisa caracteriza-se como exploratória e descritiva, sua abordagem é quantitativa e foram utilizadas as técnicas bibliográficas e documentais. A amostra da pesquisa é formada por 117 títulos. Analisaram-se os vínculos institucionais dos autores dos seguintes documentos: ensaios, artigos de revisão, artigo de pesquisa e artigo de dados publicados nos títulos em 2023. As variáveis analisadas foram: número de artigos, número de artigos com autoria endógena, data de criação do periódico, conceito Qualis CAPES, presença nos indexadores SciELO, SCOPUS, WOS e DOAJ.

Resultados:  A taxa média de endogenia nas universidades catarinenses é de 15%, mas quatro instituições estão acima deste valor - UNIARP (21,43%,), UNIVILLE (22,73%,), UNC (39,07%) e UNESC (54%). Em relação aos títulos, o estrato A concentra mais títulos, 62 (53%), periódicos.

Conclusão:  a tolerância à endogenia está relacionada à área do conhecimento e com o perfil do título, com a cultura organizacional dos seus editores e demais membros da equipe, uma vez que são eles que estabelecem as diretrizes da revista e definem os critérios de avaliação.

PALAVRAS-CHAVE:
Periódicos científicos - Santa Catarina; Endogenia; Indexação; Quali - CAPES; Comunicação científica

ABSTRACT

Introduction:  This research addresses authorial endogamy in journals affiliated with universities in Santa Catarina, Brazil.

Objectives:  The general objective is to investigate authorial endogamy in scientific journals published by universities in Santa Catarina. The specific objectives are: a) to identify the average rate of authorial endogamy by publishing institution; b) to analyze endogamy rates by evaluation stratum; c) to relate endogamy rates to journal indexing; and d) to discuss endogamy rates concerning the areas of knowledge defined by CAPES.

Methodology:  The research is exploratory and descriptive, with a quantitative approach, utilizing bibliographic and documentary techniques. The study sample consists of 117 journal titles. The institutional affiliations of the authors of the following types of documents were analyzed: essays, review articles, research articles, and data articles published in these journals in 2023. The analyzed variables included: the number of articles, the number of articles with endogenous authorship, the journal’s year of creation, its CAPES Qualis ranking, and its presence in indexing databases such as SciELO, SCOPUS, WoS, and DOAJ.

Results:  The average endogamy rate in universities in Santa Catarina is 15%, but four institutions exceed this value: UNIARP (21.43%), UNIVILLE (22.73%), UNC (39.07%), and UNESC (54%). Regarding journal rankings, most titles fall within stratum A, totaling 62 journals (53%).

Conclusion:  Tolerance for endogamy is related to the field of knowledge and the profile of the journal, as well as the organizational culture of its editors and editorial team members, who establish the journal’s guidelines and define its evaluation criteria.

KEYWORDS:
Scientific journals - Santa Catarina; Endogamy; Indexing; Qualis - CAPES; Scientific communication

1 INTRODUÇÃO

A endogenia, ou endogamia, é um conceito presente em diversas áreas do conhecimento, considerada um termo com múltiplos sentidos, relacionado a fenômenos de produção científica interna (Köhler; Digiampietri, 2022; Pinto et al., 2024).

No meio científico é identificada em diferentes cenários: a endogenia acadêmica, associada ao recrutamento dos próprios formandos (Pelegrini; França, 2020), ou endogenia editorial associada à presença de membros com vínculo institucional nas publicações que a própria instituição edita (Paz-Enrique; Hernández-Alfonso; Artigas-Morales, 2022; Rozemblum et al., 2015).

Nos periódicos científicos envolve diferentes atores do processo editorial: como a presença do conselho ou do comitê editorial na autoria dos artigos ou nas referências citadas nos artigos (Griscti, 2018; Paz-Enrique; Hernández-Alfonso; Artigas-Morales, 2022) - o que inclui a autocitação, tanto de publicações dos membros do conselho ou do comitê editorial quanto de artigos publicados no próprio título (Pinto et al., 2024) - e a presença de autores com vinculação próximas ao título, sejam vínculos institucionais (Paz-Enrique; Hernández-Alfonso; Artigas-Morales, 2022; SciELO, 2014), regionais (SciELO, 2014) ou nacionais (Strehl et al., 2016). Funcionando como uma medida da colaboração entre pesquisadores e instituições (Montolio; Dominguez-Sal; Larriba-Pey, 2023). Logo, a endogenia editorial está relacionada à proximidade geográfica dos vínculos institucionais da publicação, podendo contemplar diferentes níveis, como endogenia institucional, regional ou nacional.

Elevadas taxas de endogenia são apontadas entre os fatores que comprometem a credibilidade dos títulos (Köhler; Digiampietri, 2022), pois podem indicar a existência de conflitos de interesse (Domínguez-Omonte, 2019; Fontenelle, 2023), nos quais se inclui o uso do periódico como canal de autopublicação entre docentes e estudantes da instituição (Rodrigues et al., 2018), ou entre os membros da equipe editorial (Helgesson et al., 2022). De modo que a qualidade editorial de um periódico frequentemente é associada a baixos níveis de endogenia (Cantó-Alcaraz, 2008), ou a exogenia.

Dessa forma, o estabelecimento de taxas de endogenia passou a ser utilizado como um dos requisitos para avaliação da produção científica (Pinto et al., 2024). Sendo utilizado como critério de qualificação da produção científica pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) em diferentes áreas de avaliação, refletindo nas variações de uso deste critério também a diversidade entre as áreas (Amoras, 2017; Köhler; Digiampietri, 2022; Rodrigues et al., 2018).

A CAPES estabelece a endogenia entre os parâmetros das áreas de avaliação, salientando a adequação ou minimização dos riscos da endogenia na formação de mestres e doutores, baseado na variedade de docentes e discentes originalmente não vinculados ao quadro da instituição, e a diversidade institucional dos avaliadores e autores na avaliação da produção científica. A Portaria nº 145 da CAPES (revogada pela Portaria nº 213, de 15 de dezembro de 2021), no segundo parágrafo do Art.9º, considerava a desobediência dos critérios mínimos de exogenia entre autores, uma violação das boas práticas editoriais (CAPES, 2021; SciELO, 2022).

Com a diversidade de vínculos nacionais e institucionais considerada também entre os critérios de internacionalização dos títulos (Strehl et al., 2016), as taxas de endogenia passam a ser utilizadas como critério para rejeição da entrada dos títulos em coleções de incubadoras e portais de periódicos (Rodrigues et al., 2018) e como critério de indexação em diferentes bases de dados (Rozemblum et al., 2015)

A endogamia está entre os critérios de indexação nas coleções da Scientific Electronic Library Online (SciELO), Scopus, Web of Science (WoS), Sistema Regional de Información en línea para Revistas científicas de America latina, El Caribe, España y Portugal (latindex) e do Sistema de información Científica (Redalyc) (Rozemblum et al., 2014).

Este critério é exigido de modo diverso entre as diferentes bases e áreas do conhecimento, tanto em relação aos níveis de exogenia exigidos quanto aos diferentes papéis editoriais os quais devem ser observados. Em ambos os casos, são considerados nocivos à publicação (Delgado-Ponce, 2016).

A avaliação da endogenia dos títulos é realizada a partir dos vínculos institucional, das afiliações, de autores, avaliadores e membros do conselho editorial e do comitê editorial, podendo estabelecer ou não taxas aceitáveis de endogenia. Alguns estudos apontam que esses níveis devem ser inferior a 20% (Coslado; Báez; Lacunza, 2010).

De acordo com a base Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), coordenada pelo Centro Latino-Americano e do Caribe em Informação em Ciências da Saúde (BIREME), a sugestão é de que mais de 40% dos avaliadores sejam membros externos (Lilacs, 2024), enquanto as diretrizes de SciELO especificam que títulos endógenos não serão admitidos (SciELO, 2022).

Pesquisas acerca da comunicação científica, em especial sobre periódicos científicos, são tradicionais na Ciência da Informação, mas há um limitado número de estudos sobre o tema (Köhler; Digiampietri, 2022), os que existem estão mais voltados à endogemia acadêmica (Köhler; Digiampietri, 2022; Piva, 2020; Rodrigues et al., 2018), ou à endogenia editorial associada à autocitação (Pinto et al., 2024), e menos sobre a presença de endogenia entre os autores dos artigos publicados pelos periódicos, embora esse seja um critério de indexação entre as bases de dados.

Pesquisadores de outros países também demonstram preocupação com a endogenia nos canais formais de comunicação da ciência, não se caracterizando assim como uma problemática local (Domínguez-Omonte, 2019; Helgesson et al. 2022; Hodgson; Rothman, 1999). No Brasil, nas duas últimas décadas, cientistas da informação têm se dedicado a estudar a produção e comunicação científica em diferentes áreas e cenários, o grupo de trabalho Produção e Comunicação da Informação em Ciência, Tecnologia & Inovação da Associação Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação é um espaço dessa temática1, visto a relevância das publicações científicas para autores, instituições e comunidades científicas, especialmente os artigos científicos publicados em periódicos de alto impacto.

Estudos sobre endogenia editorial estão associados aos padrões de concentração de autoria, ao se relacionarem com outras características dos títulos podem evidenciar a associação com o atendimento às boas práticas, à qualidade editorial e à avaliação e visibilidade da produção científica.

No Brasil, as universidades e os programas de pós-graduação (PPG) são os principais responsáveis por fomentar, criar e editar os periódicos científicos (Rodrigues; Abadal, 2014; Rodriguês et al., 2023).

Agências de fomento, como Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), utilizam as produções bibliográficas dos pesquisadores vinculados aos PPGs para a avaliação da atividade científica, seguindo critérios estabelecidos nos documentos da área da CAPES (CAPES, 2023).

Nesse contexto de produção e comunicação científica, a indexação em base de dados é relevante para a qualificação e visibilidade dos periódicos (Lopes; Almeida, 2024; Chitumba et al., 2024), pois os documentos de área para avaliação da produção dos programas de pós-graduação (e, consequentemente, da produção dos pesquisadores vinculados aos programas) da CAPES têm como parâmetros os índices de citação (Fator de Impacto (FI), Citescore, índice h) para atribuir os conceitos Qualis às revistas (CAPES, 2023).

A produção científica, as instituições de ensino, o financiamento e também a avaliação estão distribuídos de maneira heterogênea entre as unidades federativas do país, tornando relevantes diferentes recortes de análise para estudos de desempenho regional e/ou institucional, por exemplo.

Santa Catarina, estado da região sul do Brasil, possui treze universidades, sendo elas, duas federais e uma estadual públicas, além das privadas que atuam no tripé ensino, pesquisa e extensão.

A relevância desse estudo consiste em fomentar mais estudos e discussões, reflexões no âmbito da produção e comunicação científica com processos intrínsecos à Sociologia da Ciência, ou seja, com as práticas sociais do fazer pesquisa e da sua comunicação com os pares e ou comunidades científicas. Além disso, contribui para conhecer o estado/situação das publicações formais com selos de universidades catarinenses, construindo um retrato, mediante os recortes e limitações desta pesquisa

Compreendendo a relevância dos periódicos científicos, aborda-se, aqui, a endogenia institucional nas autorias declaradas nos artigos publicados por periódicos vinculados às universidades catarinenses. A endogenia é uma prática condenada na comunicação científica, pois, dependendo do seu grau, desequilibra a acumulação de capital científico dos pesquisadores, influencia na atribuição do Qualis CAPES e é critério avaliado na indexação do periódico em base de dados.

Nesse cenário, investiga-se se há endogenia nos periódicos científicos editados pelas universidades catarinenses. Também, analisa-se a possibilidade de observar relações entre a endogenia com a avaliação, indexação e as áreas de conhecimento dos títulos.

O objetivo geral é investigar a endogenia autoral nos periódicos científicos publicados pelas universidades de Santa Catarina. Os específicos consistem em: a) identificar a taxa média de endogenia autoral por instituição editora; b) analisar as taxas de endogenia por estrato de avaliação; c) relacionar as taxas de endogenia com a indexação dos títulos d) discutir as taxas de endogamia em relação às áreas do conhecimento da CAPES.

2 ENDOGENIA EM PERIÓDICOS CIENTÍFICOS BRASILEIROS

No final do século XX, Hodgson e Rothman (1999) expuseram a existência de um oligopólio institucional nas revistas de economia. No artigo, os autores destacam a predominância de editores e autores norte-americanos entre as 30 revistas mais influentes do campo em 1995, das quais 21 eram publicadas nos Estados Unidos. Eles apontam como problemático o estreitamento da visão e a falta de pluralismo teórico devido à ausência de diversidade institucional e de abordagens, uma vez que predominavam editores e autores norte-americanos.

Ao analisar a produção científica dos pesquisadores que publicaram artigos e trabalhos em eventos na área da Contabilidade, Leite Filho (2008) considerou endogenia em periódicos científicos quando há uma relação direta e interna entre veículo de publicação e o vínculo institucional dos autores declarados nos artigos publicados, pois ambos vinculam-se a mesma instituição. Em síntese, a endogenia pode acontecer quando uma revista publica artigos cujos autores pertencem institucionalmente à mesma universidade que detém o selo editorial do veículo (Leite Filho, 2008).

Trevisol Neto (2015), ao mapear a produção científica do campo da moda no Brasil, identificou uma tendência de endogenia nos periódicos Moda-Palavra e Dapesquisa, visto que os autores estariam publicando seus estudos em periódicos da sua instituição, ambos da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Nessa perspectiva, Leite Filho (2008, p. 545) atenta para a constituição de

[...] um ciclo vicioso que restringe a produção acadêmica da área aos estilos de autores e tendências de instituições a apresentarem trabalhos vinculados a linhas temáticas de seus interesses e que forçariam outras instituições a seguirem os seus padrões de publicação [...]

Rodrigues et al. (2018), ao analisarem os periódicos abrigados no Laboratório de Periódicos Científicos UFSC, caracterizaram a endogenia em periódicos científicos, quando determinado título aceita e publica artigos, resenhas etc., cujos autores possuem o mesmo vínculo institucional que o periódico, ou seja, os autores dos artigos são da mesma instituição que a revista. A endogenia é um aspecto negativo que deprecia o veículo perante a comunidade científica, atestam os autores. Neste estudo, ainda constataram que:

Os periódicos são percebidos, por alguns editores, como canal de disseminação de artigos de alunos e de professores vinculados a grupos de pesquisas, cursos de graduação ou programas de pós-graduação ou, ainda, ao próprio departamento do qual fazem parte (Rodrigues et al., 2018, p. 191).

No editorial da Revista Científica Ciência Médica, Domínguez-Omonte (2019) aborda o desafio da gestão editorial relacionado à endogenia editorial e autoral. Segundo o editor, evitar a endogenia na revista é fundamental para garantir a qualidade das revisões. Como meta, a revista estabelece um limite de menos de 25% de endogenia autoral. Para evitar o problema, a revista conta com uma rede internacional de revisores que não tem vínculos com o corpo editorial da publicação. Quando editores, revisores e membros do comitê editorial publicam artigos na revista, eles são excluídos do processo de revisão e tomada de decisão sobre o manuscrito e são incentivados a publicar seus trabalhos em revistas externas.

Marino, Pinto e Martins (2019) denominaram de “institucionalização” o movimento identificado na Revista Tecnologia da Universidade de Fortaleza (UNIFOR), quando evidenciaram um número maior de artigos publicados entre os anos de 2016, 2017 e 2018, cujos autores possuem o mesmo vínculo institucional da revista em comparação ao percentual de artigos que declararam outro vínculo institucional.

Editores são pressionados, principalmente por docentes da instituição de origem, para publicarem suas pesquisas, de modo que a luta pela quebra da endogenia acadêmica é diária, pois é requisito necessário para adequar-se aos indexadores internacionais (Marino; Pinto; Martins, 2019, p. 56).

Piva (2020) evidencia a existência de endogenia na revista Brazilian Journal of Information Science: research trends com selo editorial da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP). Ao analisar as publicações entre 2006 e 2019, a autora constatou que dos 17 autores que mais publicaram artigos na revista (três ou mais artigos), seis (35,3%) pertencem ao corpo docente da UNESP. Conforme Piva (2020), essa característica necessita ser revista na política editorial, a fim de diversificar o vínculo institucional dos autores.

Köhler e Digiampietri (2022) utilizam o conceito de endogenia apresentado por Rodrigues et al. (2018), ao examinarem a endogenia em 16 periódicos de Turismo no Brasil entre 1990 e 2018. O resultado da pesquisa revela um alto grau de endogenia no primeiro ano de publicação dos periódicos, com tendência de queda a partir do segundo ano de publicação. No entanto, revistas vinculadas à Universidade Federal de Juiz de Fora (Anais Brasileiros de Estudos Turísticos, Revista Latino-Americana de Turismologia) e a Universidade do Vale do Itajaí” (Revista Turismo -Visão e Ação, Applied Tourism) apresentaram endogenia alta, se comparadas com o as demais títulos nos anos de 2016, 2017, 2018 (Köhler; Digiampietri, 2022).

Helgesson et al. (2022) investigaram a prevalência de editores-chefes e editores associados que publicaram estudos nas revistas em que atuam, discutindo as questões normativas decorrentes dessa prática. Por meio de uma revisão sistemática, os autores analisaram 15 artigos de diferentes campos que abordam essa prática, evidenciando variabilidade na prevalência da autopublicação por parte dos editores. Eles destacam os principais argumentos contrários a essa prática, como favoritismo, menor rigor na revisão por pares, tratamento preferencial e falta de transparência com os leitores. Sugerem que editores-chefes e associados não publiquem artigos originais nos periódicos em que atuam, exceto no caso de editoriais.

Paiva et al. (2023) verificaram a endogenia na Revista Interdisciplinar de Promoção da Saúde (RIPS) da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), entre os anos de 2018 e 2021, num total de 128 artigos publicados. Constou uma taxa média de 30% de endogenia oriunda da UNISC, considerando aceitável até 20%. Além disso, a taxa média de endogenia é 51% para os vínculos institucionais localizados no Rio Grande Sul.

A acumulação do capital científico se traduz com o reconhecimento público das contribuições pela comunidade de especialistas da área, quem mais publica trabalhos relevantes tem mais chance de ser lido e citado pelos pares, influenciando na estrutura do campo científico e na busca pelo prestígio e autoridade científica (Bourdieu,1983, 2004). Merton (2013) explica que produção científica não é homogênea para todos os pesquisadores, variáveis como formação, campo, área, país, recursos, prioridades de pesquisa etc., influenciam na publicação dos artigos, e a ciência reconhece aqueles que mais e melhor publicam. Assim, os processos e práticas inerentes à produção e comunicação científica são de interesse da sociologia da ciência, e a endogenia não pode ser analisada de forma neutra no fazer ciência, pois os interesses e relações de poder que existem na comunidade científica podem influenciar na aceitação e publicação dos artigos.

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A pesquisa caracteriza-se como exploratória e descritiva, sua abordagem é quantitativa e foram utilizadas as técnicas bibliográficas e documentais. O universo da pesquisa é composto pelos periódicos científicos publicados pelas universidades sediadas no estado de Santa Catarina.

Para identificar as universidades, recorreu-se ao e-MEC, base de dados do Ministério da Educação (MEC), que contém o cadastro nacional das instituições de ensino superior (Brasil, 2025), em janeiro de 2024, na qual foram aplicados os seguintes filtros na busca avançada: unidade federativa - Santa Catarina, organização acadêmica - universidade, totalizando 13 universidades. Posteriormente, foram localizados seus Portais de Periódicos (11) e ou Editoras (2) para mapear os periódicos científicos por elas editados.

Depois de identificados os sites onde os periódicos estão hospedados, os títulos foram listados e organizados em planilhas eletrônicas, sendo excluídos do estudo e análise os seguintes documentos: Anais de eventos, seminários e outras publicações que constavam nos portais das universidades e editoras, misturados com os periódicos. No total foram identificados 159 títulos de periódicos.

Para o universo da pesquisa foram considerados os títulos correntes, com a publicação das edições em dia. Foram consultados os arquivos dos títulos identificados e desconsiderados aqueles cujo último número era anterior a 2023, assim como revistas descontinuadas, restando uma amostra de 117 títulos. Da amostra selecionada, oito títulos estão vinculados às editoras universitárias e 109 nos Portais de Periódicos.

Tabela 1
Total de títulos por universidade x títulos selecionados da amostra

Para a análise das publicações dos 117 periódicos, foram desconsiderados editoriais, apresentação de dossiês, introdução e vídeos do YouTube. Portanto, foram analisados os vínculos institucionais dos autores dos seguintes documentos: ensaios, artigos de revisão, artigo de pesquisa, artigo de dados, resenhas, entrevistas, relatos de experiência, relato de caso, traduções, short communications e notas de pesquisa.

Outras variáveis analisadas foram: número de artigos publicados no ano de 2023, número de artigos com autoria endógena publicados em 2023, data de criação do periódico, conceito Qualis CAPES de cada título, e a indexação. Para mapear a produção científica de universidades, são recomendadas a utilização dos indexadores SciELO, Scopus e Web of Science e SciELO (Lopes; Almeida, 2024), também mencionadas nos documentos de avaliação de área da CAPES. Além dessas bases multidisciplinares internacionais, também foi verificada a presença dos títulos em DOAJ.

“O DOAJ é um índice exclusivo e extenso de diversas revistas de acesso aberto de todo o mundo, impulsionado por uma comunidade crescente, comprometida em garantir que o conteúdo de qualidade esteja disponível gratuitamente on-line para todos” (DOAJ, 2024, tradução nossa). Para ingressar no DOAJ, os periódicos precisam atender alguns critérios como: publicar no mínimo cinco artigos no ano, ter no mínimo um ano de existência, ter URL própria, ser de acesso aberto, ter ISSN, ter controle de qualidade (editor, conselho editorial, revisão por pares, verificação de similaridade), entre outros (DOAJ, 2024).

Os dados relativos às revistas foram obtidos nos seus respectivos sites, coletados entre os dias 1 e 8 de fevereiro de 2024. O Qualis CAPES foi consultado na Plataforma Sucupira, considerando a avaliação 2017-2020 (CAPES, 2025), e coletando também os dados acerca da área mãe de classificação dos títulos. Os documentos da área foram consultados na página no site da CAPES, considerando 24 áreas mãe:

  • Área 7: Biodiversidade

  • Área 11: Artes

  • Área 18: Odontologia

  • Área 20: Enfermagem

  • Área 21: Educação Física

  • Área 22: Saúde Coletiva

  • Área 26: Direito

  • Área 27: Administração Pública e de Empresas, Ciências Contábeis e Turismo

  • Área 28: Economia

  • Área 29: Arquitetura, Urbanismo e Design

  • Área 30: Planejamento Urbano e Regional e Demografia

  • Área 31: Comunicação e Informação

  • Área 32: Serviço Social

  • Área 33: Filosofia

  • Área 34: Sociologia

  • Área 35: Antropologia e Arqueologia

  • Área 36: Geografia

  • Área 38: Educação

  • Área 40: História

  • Área 41: Linguística e Literatura

  • Área 42: Ciências Agrárias I

  • Área 45: Interdisciplinar

  • Área 46: Ensino

  • Área 49: Ciências Ambientais

Para identificar a indexação nas bases e diretório foram feitas buscas em cada base por título, ISSN e conferidas as informações sobre indexação em cada site dos periódicos.

Foram considerados artigos com autoria endógena aqueles que declararam pelo menos um autor com mesmo vínculo institucional da revista, independentemente do número de autores endógenos e de seu perfil (docente, discente, pesquisador, servidor etc.). Quando não havia explicitamente o vínculo institucional no artigo, foi considerada a instituição da última titulação e ou endereço de e-mail, ambos declarados pelos autores(as).

Para calcular o percentual de endogenia em cada revista, aplicou-se a fórmula Ne (artigos endógenos) / Nt (total de artigos publicados) X 100, baseado no estudo de Köhler e Digiampietri (2022, p. 9).

Para cada periódico, ano-a-ano, a endogenia foi calculada como a relação entre o número de artigos da instituição responsável pela publicação do periódico (por exemplo, a Universidade de São Paulo para a TA) e o número de artigos publicados nesse periódico (seguindo o exemplo, a TA) (Köhler; Digiampietri, 2022, p. 9).

Por exemplo, um periódico que tenha publicado 100 artigos em 2023, 11 dos quais sejam endógenos possui uma taxa de endogenia de 11% (Ne 11 / Nt 100 = 0,11 X 100 = 11%). A taxa de endogenia também foi calculada para as universidades, estratos de avaliação, bases indexadores e áreas do conhecimento, a partir da soma dos artigos endógenos, dividido pelo total de artigos publicados para cada uma das variáveis (cada instituição, estrato, indexador e área) e multiplicado por 100.

Entre as limitações da pesquisa estão o período de coleta dos dados, limitado ao ano de 2023; e a fontes dos dados, títulos vinculados aos portais ou editoras universitárias, o que exclui outros títulos editados pela instituição, que porventura não estejam nesses ambientes; e os dados sobre a indexação e afiliação institucional, limitados ao registrado no site dos periódicos.

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

As universidades com maior representativa de títulos analisados são: UFSC com 34 (29%) periódicos, UDESC com 19 (16%) periódicos, UFFS e UNIVALI, ambas com 10 (9%) periódicos cada, aspecto que denota o papel da universidade pública na participação da ciência nacional, conforme apontam estudos anteriores (Rodrigues; Abadal, 2014; Rodrigues et al., 2023).

Pode-se observar que em todas as instituições foram identificados artigos endógenos, apresentando uma média de publicação em 2023 de 30,2 artigos por periódicos editados pelas universidades catarinenses, dentre os quais existem em média 4,6 artigos endógenos por título (Tabela 2). A média da taxa de endogenia nas universidades catarinenses é de 15%, inferior aos 20% considerados aceitáveis (Paiva et al., 2023; Köhler; Digiampietri, 2023), embora em quatro instituições sejam superiores a este valor. UNIARP, UNIVILLE, UNC e UNESC, respectivamente com 21,43%, 22,73%, 39,07% e 54%.

Tabela 2
Taxa média de endogenia dos periódicos por instituição editora

Em relação à endogenia, 27 (23%) periódicos não apresentaram produções endógenas publicadas nos números correspondentes ao ano de 2023. Ademais, constatou-se uma disparidade no volume de publicações por título, respeitando as particularidades de cada área; foi evidenciado que duas revistas (Cadernos de Naturologia e Terapia Complementar e Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano) publicaram apenas um artigo em 2023, e três revistas publicaram mais de 100 documentos (Cadernos de Tradução; Texto & Contexto Enfermagem; Revista Insignare Scientia).

4.1 Endogenia por estrato de avaliação

Os 117 títulos analisados estão distribuídos em 24 áreas-mãe, seguindo classificação da CAPES e 15 (13%) periódicos estão no estrato Qualis A1 nas áreas-mãe: Artes, Direito, Ensino, Filosofia, História, Linguística e Literatura, Serviço Social, Sociologia.

Fica evidente que o estrato A concentra mais títulos, 62 (53%), periódicos, enquanto o estrato B totaliza 43 (37%) periódicos, e apenas 3 (2%) títulos estão no estrato C. Os títulos sem Qualis somam 9 (8%) periódicos.

Tabela 3
Distribuição dos títulos catarinenses por estrato de avaliação e instituição

Observa-se que, conforme diminui o estrato de avaliação aumentam as taxas de endogenia entre os títulos, os estratos B3, B2 e C são aqueles que possuem as maiores taxas, 27,4%, 27,59% e 49,47%, respectivamente. Os títulos não avaliados apresentam uma taxa média de 43,36% de endogenia.

Observa-se que a universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) possuem mais títulos concentrados nos estratos A1 e A2, ou seja, títulos reconhecidos e bem avaliados por suas comunidades científicas. Dos 15 títulos A1, oito são oriundos da UFSC, três da UDESC, dois da UNISUL, um da UNIVALI e um da Unochapecó. Apenas três títulos estão nas três bases principais: Cadernos de Tradução, Encontros Bibli e Ilha do Desterro, todas vinculadas à UFSC.

Em relação aos títulos com classificação C, UNIVALI, UNISUL e UNC possuem um título cada, conforme os critérios de área, tais canais de comunicação não apresentam caráter científico (CAPES, 2023). Não foi identificado o Qualis CAPES de nove títulos, vinculados às seguintes universidades: UDESC, UFSC, UNISUL, UNC, UNOESC e UNOCHAPECÓ.

Em tese, acredita-se que a UFSC e a UDESC se destacam em número de títulos em virtude da sua maturidade, ambas possuem mais de 50 anos de existência, e do número de programas de pós-graduação stricto sensu. A UFSC possui 148 cursos de pós-graduação (profissionais e acadêmicos); já a UDESC possui 57 cursos de pós-graduação (profissionais e acadêmicos), de acordo com os dados da Plataforma Sucupira2, em 25 fevereiro de 2025 (CAPES, 2025).

Outro aspecto interessante é que ambas possuem Portais de Periódicos vinculados às Bibliotecas Universitárias, em que profissionais formados em Biblioteconomia auxiliam os editores na prestação de serviços técnicos e fornecem diretrizes para o aprimoramento dos periódicos nas suas instituições.

4.2 Endogenia em títulos indexados em bases de dados

A respeito da indexação em bases de dados, menos de 20% dos periódicos estão presentes. Do total de 117 periódicos, apenas seis 6 (5%) estão indexados na Web of Science (Clarivate), 12 (10%) na SCOPUS (Elsevier) e 10 (8%) estão na SciELO (Tabela 4).

Verificou-se também o quantitativo presente no Directory of Open Access Journals (DOAJ), foram identificados 65 (56%) títulos.

Tabela 4
Títulos indexados por instituição e taxa média de endogenia por indexador

De maneira geral, observam-se que os títulos indexados possuem uma taxa menor de endogenia, 12,23%. Entre as bases identificadas, os títulos indexados em SciELO possuem a menor taxa média, 13,13% (Tabela 4).

No que tange à indexação de periódicos na Scientific Electronic Library Online (SciELO), o documento “Critérios, política e procedimentos para a admissão e a permanência de periódicos na Coleção SciELO Brasil” evidencia que “O nível de endogenia é um indicador chave na análise de desempenho dos periódicos para efeitos de ingresso e permanência na Coleção” (SciELO, 2022, p. 29), pois na etapa de pré-avaliação de um título, um dos critérios analisados é a existência de endogenia, além do escopo, formato e alinhamento à ciência aberta.

Destaca-se que ao consultar diretrizes e orientações nos sites da SciELO, Scopus e Web of Science não foram identificados parâmetros precisos sobre o assunto, apenas a recomendação sobre a necessidade de diversidade institucional dos autores.

A análise dos 18 títulos indexados em pelo menos uma das três bases mostra 10 títulos no estrato A1, em diferentes áreas e apenas quatro periódicos não apresentam nenhuma endogenia no período: Linguagem em (Dis)curso, Encontros Bibli, Principia e Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano. Exceto os periódicos Fronteiras: Revista Catarinense de História e Cadernos de Tradução, os demais títulos ficaram com menos de 20% de endogenia em 2023.

Quadro 1
Indexação nas principais bases de dados dos periódicos vinculados às universidades de Santa Catarina.

Apenas três títulos estão nas três bases principais: Cadernos de Tradução, Encontros Bibli e Ilha do Desterro, todas vinculadas à UFSC.

As universidades com mais revistas indexadas são a UFSC com 10 títulos; Packer (2011) já apontava a UFSC entre as 20 instituições brasileiras com maior produção de artigos indexados na SciELO e Web of Science; e a UDESC com três. Dos 117 títulos analisados, apenas 18 estão indexados em pelo menos uma das bases de dados consideradas mais relevantes pelas áreas do conhecimento; essa evidência é preocupante, considerando que os principais indicadores de citação como: o FI, do Journal Citation Report e CiteScore do e SJR, estão vinculados aos serviços da Clarivate e Elsevier. As autoras Neubert e Rodrigues (2021, p. 11) sinalizam ainda que:

A existência de um “padrão global” de Ciência, baseada nas publicações em títulos indexados em bases internacionais, força os campos a reconhecerem, em seus instrumentos de avaliação da produção científica, os veículos de comunicação já utilizados na região que começam a aparecer entre os títulos mais prestigiados, preterindo os que estão fora do grupo.

Apenas 10 (8%) títulos estão indexados na SciELO, considerada um modelo de indexador em países com menos tradição editorial e propulsor da qualidade de revistas de países da chamada periferia científica. Para aumentar o percentual de revistas indexadas na SciELO seria necessário um esforço na promoção de ações e programas que fortaleçam os periódicos, atendam seus requisitos: indexação no DOAJ, Indexação dos metadados no Crossref, identificação ORCID ID, verificação de similaridade, textos em XML, afiliação institucional dos autores, pareceristas internacionais, práticas éticas, tempo médio de processamento, software de gerenciamento, avaliação por pares, multilinguismo, equipe editorial, mínimo de artigos por ano e publicação em inglês (Scielo, 2022).

Em relação à indexação nas bases de dados como SCOPUS e Web of Science encontra-se o desafio no idioma das publicações. Conforme Chitumba et al. (2024), é necessário que os periódicos adotem o idioma inglês na comunicação científica, visto que essa é a língua franca da ciência, facilitando na colaboração e comunicação dos pesquisadores de diferentes países e culturas. As publicações em inglês possibilitam alcance global e potencializam a visibilidade e o impacto das pesquisas.

Lopes e Almeida (2024), ao avaliarem as produções científicas da Universidade Federal de Minas Gerais, Universidade Federal de São Paulo, Universidade Federal do Pará e Universidade Federal do Amazonas, indexadas na SCOPUS, entre 2013 e 2022, constaram a concentração de documentos no idioma inglês, isso evidencia o esforço das universidades para que suas publicações tenham visibilidade e inserção internacional.

4.3 Endogenia por área de avaliação

Conforme constatado nos documentos de área da CAPES, não há um consenso acerca dos parâmetros para avaliar se a endogenia é considerada alta ou baixa (Köhler; Digiampietri, 2023). Assim como se observam padrões de publicação variáveis entre as áreas do conhecimento, também se observam variações entre as taxas de endogenia.

As áreas dos títulos com as maiores taxas de endogenia são Saúde Coletiva, Economia, Direito e Odontologia, respectivamente, com médias de 80%, 50%, 37,91% e 32% de endogenia (Tabela 5).

Tabela 5
Taxa de endogenia por área de avaliação

Ao analisar os periódicos por área, o grupo com mais títulos é composto por 16 (14%) periódicos da Educação, sendo distribuídos entre os estratos A2 e B2. Nota-se que os títulos classificados entre A2 e A4 possuem menos de 20% de endogenia. As principais editoras nessa área são a UDESC, com quatro títulos, seguida pela UNESC, com três títulos. Observa-se, no apêndice do artigo, que três títulos não apresentaram endogenia: Revista Pedagógica, Roteiro e Cidadania em Ação, em contrapartida, seis periódicos ultrapassam percentual de 20% endogenia em 2023, sendo eles Revista Extensão (100%), Saberes Pedagógicos (88%), Teatro Transcendente (50%), Extensão em Foco (46%) e Professare (24%).

No documento de área “Relatório do Qualis Periódicos, Área 38: Educação” está estabelecido que para conquistar o estrato A1, os periódicos devem ser indexados na SciELO, SCOPUS, Web of Science, “[...] possuir conselho editorial com 85% de diversidade institucional; [...], garantindo ampla diversidade institucional dos autores [...]. No caso de revistas publicadas por universidades, 90% dos artigos devem provir de autores de outras instituições” (Verhine; Souza; Sousa Júnior, 2019, p. 6).

O segundo grupo com mais títulos é composto por 13 (11%) periódicos da Administração Pública e de Empresas, Ciências Contábeis e Turismo, e os títulos estão distribuídos entre os estratos A4 e B3. Nota-se que os títulos classificados entre A3 e A4 possuem menos de 20% de endogenia. As principais editoras são a UFSC, com quatro títulos, seguida pela UNIVALI, com três títulos. Observa-se, na Tabela 4, que três títulos não apresentaram endogenia: Revista Interdisciplinar Científica Aplicada, Revista Negócios e Revista Gestão & Sustentabilidade, sendo o maior percentual de endogenia de 20% na Extensio: R. Eletr. de Extensão.

No documento de área “Relatório do Qualis Periódicos, Área 27: Administração Pública e de Empresas, Ciências Contábeis e Turismo” está estabelecido que para conquistar o estrato A1, são utilizados os seguintes critérios “Fator de Impacto (JCR)>2,7 ou Índice H (Scimago/SCOPUS)>50 ou Citescore (SCOPUS)>2,34”. (Guarido Filho; Machado; Verschoore Filho, 2019, p. 6). Ademais, a área considera os seguintes indexadores para os demais estratos, Latindex, EBSCOhost, Galegroup e Directory of Open Access Journals. Não é feita menção sobre endogenia, diversidade institucional de autores ou conselho editorial.

O terceiro grupo mais representativo por área mãe CAPES é composto por 11 (9%) títulos da Linguística e Literatura; a principal editora é a UFSC, com onze títulos. Observa-se no apêndice do artigo que quatro títulos não apresentaram endogenia: Linguagem em (Discurso), Linguagens - Revista de Letras, Artes e Comunicação, Anuário de Literatura e Texto Digital. Todos os títulos estão no estrato A, com destaque para três títulos que estão na condição A1, os demais então distribuídos entre A2 e A4. Nota-se que a revista Cadernos de Tradução, classificada em A1, apresenta 29% de endogenia. Na área de Linguística e Literatura, também apresentaram percentual de endogenia acima de 20%: Outra Travessia (50%) e Cadernos de tradução (29%), ambas vinculadas à UFSC.

No “Relatório do Qualis Periódicos, Área 41: Linguística e Literatura” utilizaram como parâmetros os indicadores CiteScore (SCOPUS) JCR (Web of Science) e H5 (Google acadêmico). Assim, para ser considerado A1, o periódico deve obter uma pontuação mínima de 87,5. Ademais, consideram a presença de títulos indexados na SciELO, porém, na área foram identificados apenas 3 títulos (Sales; Magalhães; Zappone, 2019). Não é feita menção direta sobre endogenia, diversidade institucional de autores ou conselho editorial.

O quarto grupo é composto por 10 (9%) títulos da área Interdisciplinar; a única editora com dois títulos é a Unochapecó. Os títulos estão entre o estrato B1 e B3, já os periódicos que ultrapassaram 20% de endogenia são: Interthesis (40%), Gravai (25%), Revista Brasileira de Tecnologias Sociais (21%). Observam-se revistas classificadas em B1 com mais de 20% de endogenia.

No “Relatório do Qualis Periódicos, Área 45: interdisciplinar” foram utilizados como parâmetros indicadores CiteScore (SCOPUS) JCR (Web of Science) e H5 (Google acadêmico). Assim, para ser considerado A1, o periódico deve obter uma pontuação mínima de 87,5 e ter 85% de diversidade institucional no Conselho Editorial do Periódico. Também foi considerada a presença de títulos indexados nas bases indicadas pela área (Faljoni-Alario; Winter, 2019).

O quinto grupo é composto por 8 (7%) periódicos da área de Ensino, sendo que as principais editoras são a UFSC e UFFS, ambas com três títulos. Observa-se, na Tabela 7, que três títulos não apresentaram endogenia: Revista Dinamys, Educação Matemática Sem Fronteiras e Revista Brasileira de Extensão universitária. O único periódico A1 é o Caderno Brasileiro de Ensino de Física, os demais títulos estão entre os estratos A2 e B3. A única revista que ultrapassou 20% de endogenia foi o título Boletim Online de Educação em Matemática (43%). Revistas no Qualis A1 possuem menos de 20% de endogenia.

O “Relatório do Qualis Periódicos, Área 46: Ensino” define que para ser A1 “O periódico deve estar vinculado a, pelo menos, uma das seguintes bases de dados: Web of Sience (JCR) ou SCOPUS (SJR). É necessário um mínimo de cinco anos de publicação.” (Borba; Ramos; Rizzati, 2019, p. 6). O DOAJ é utilizado em outros estratos como A2 e A3. Também é considerado desejável conselho editorial e autores com diversidade institucional “limitar o número de publicações que provenham da mesma instituição à qual o periódico está vinculado” (Borba; Ramos; Rizzati, 2019, p. 6,).

O sexto grupo é composto por 8 (6%) periódicos da área de Artes; a principal editora é a UDESC com seis títulos. Todos os periódicos do grupo estão no estrato A, com destaque para três títulos na condição de A1: Revista Poiésis, NUPEART e Urdimento. A revista NUPEART não apresentou endogenia e dois títulos ultrapassaram de 20% de endogenia: Palindromo (24%) e Aphoteke (23%). Revistas no Qualis A1 possuem menos de 20% de endogenia.

No “Relatório do Qualis Periódicos, Área 11: Artes” estão detalhados os critérios qualitativos usados para avaliação do periódico, como diversidade institucional dos autores e conselho editorial e associação com índice H5 (Google acadêmico). Assim, o título que obtiver pontuação mínima de 90 pontos, é classificado em A1 (Siqueira; Castilho; Robatto, 2019).

O sétimo grupo é composto por 6 (5%) periódicos da área de Direito; as principais editoras são as universidades privadas. Dois títulos estão no estrato A1: Novos Estudos Jurídicos e Sequência, o título Academia de Direito apresenta 100% de endogenia e possui conceito C, já a revista Espaço Jurídico não apresenta endogenia. Revistas no Qualis A1 possuem menos de 20% de endogenia

No “Relatório do Qualis Periódicos, Área 26: Direito”, entre outros critérios, como exigência de um percentual de autores doutores e autores estrangeiros, são considerados A1 os títulos indexados nas Web of Science, SCOPUS ou que obtiverem índice H (Google acadêmico) com mediana superior a oito. Além de exigir, 75% de exogenia de autores, coautores e Conselho de Pareceristas, pois eles devem pertencer há outros estados, diferente das intuições responsáveis pelos títulos que nele publicam ou avaliam (Rodrigues Júnior; Pinto; Morães, 2019).

O oitavo grupo é composto por 5 (5%) periódicos da área de História, as principais editoras são as universidades públicas, o título Fronteiras apresentou 22% endogenia e o título Mundo do Trabalho não apresentou endogenia, três títulos estão na condição A1: Cadernos Ceom, Mundo do Trabalho, Tempo e Argumento. Revistas no Qualis A1 possuem menos de 20% de endogenia.

No “Relatório do Qualis Periódicos, Área 40: História”, os periódicos são considerados A1 quando estão presentes em três indexadores, podendo ser: Web of Science, SCOPUS, SciELO, Historical Abstracts (EBSCO), Redalyc, Latindex, DialnetEuropean Index for the Humanities (ERIH) e Clase e atendam o critério de diversidade institucional dos conselhos dos títulos (Batalha; Pacheco; Silva, 2019).

São identificados 10 títulos das Ciências Sociais Aplicadas, cujos estratos estão entre A1 Serviço Social e B4 Arquitetura, Urbanismo e Design. Os títulos, Encontros Bibli e Estudos em Jornalismo e Mídia não apresentam Endogenia, ambas são área-mãe Comunicação e Informação, em contrapartida a Revista Textos de Economia apresenta 50% de endogenia. Revistas no Qualis A1 e A2 possuem menos de 20% de endogenia.

No “Relatório do Qualis Periódicos, Área 32: Serviço Social” é mencionado que para ser A1, o título precisa de no mínimo 80% de diversidade institucional no conselho editorial, incluindo pesquisadores de outros estados e países (Carvalho; Santana; Stampa, 2019). O “Relatório do Qualis Periódicos, Área 29: Arquitetura, Urbanismo e Design” menciona que os títulos que não possuem fator de impacto e não estão indexados no SciELO e Latindex, serão enquadrados como A1 quando:

Apresentar diversidade institucional de autores, com pelo menos 75% de artigos com autores de, pelo menos, 4 instituições diferentes da instituição que o edita. [...] Ter conselho editorial composto por pesquisadores de no mínimo 5 diferentes instituições sendo 3 internacionais (Santos Junior; Merino; Elali, 2019, p. 3).

No “Relatório do Qualis Periódicos: Área 31: Comunicação e Informação de 2019”; está explícito que os periódicos devem evitar endogenia, uma vez que pode refletir negativamente na produção do programa de pós-graduação (D’Almonte et al., 2019). No “Relatório do Qualis Periódicos: Área 28: Economia” e “Relatório do Qualis Periódicos: Área 30: Planejamento Urbano e Regional e Demografia” não se localizou critérios sobre diversidade institucional e endogenia.

Observa-se nove títulos das Humanidades; fica evidente a influência da UFSC, que concentra seis títulos, um deles A1 Filosofia e um A1 Sociologia. Quatro títulos não possuem endogenia: Em Tese, @Ethica, Principia e Revista Cidades. Outros títulos não chegaram a 20% de endogenia.

No “Relatório do Qualis Periódicos, Área 33: Filosofia” consta que para o título ser A1, deve apresentar menos de 20% de endogenia:

[...] devendo possuir exogenia de pelo menos 80% de artigos de autores vinculados a pelo menos sete instituições diferentes daquela em que o periódico está hospedado, bem como deve possuir alto grau de internacionalização aferido da seguinte forma:1) pela qualidade e quantidade dos indexadores nacionais e internacionais, 2) pelos autores com vínculos a instituições estrangeiras; e 3) excelência de suas publicações. (Oliveira Junior; Silva; Coteski, 2019, p. 3).

No “Relatório do Qualis Periódicos: Área 34: Sociologia” não se localizou critérios sobre diversidade institucional e endogenia. Já no “Relatório do Qualis Periódicos: Área 35: Antropologia e Arqueologia, foi mencionado preocupação com a endogenia institucional em periódicos científicos, “Para estratos qualificados foi observada a presença de no mínimo 30% a 75% de autores externos” (Lima; Almeida; Miranda, 2019, p. 4). Na ficha de avaliação anexa ao “Relatório do Qualis Periódicos: Área 36: Geografia” são mais bem avaliados os títulos que possuem maior diversidade institucional de autores e membros do Conselho Editorial, brasileiros e estrangeiros (Paes; Corrêa; Marafon, 2019).

Sete títulos são oriundos das Ciências da Saúde, o Periódico Texto & Contexto Enfermagem é único no estrato A, os demais estão entre o estrato B1 e B3, em diferentes áreas-mãe. O título Inova Saúde apresenta 82% de endogenia, a Revista Sul-Brasileira de Odontologia (33%) e Journal of Research in Dentistry (25%); a UFSC está representada por três títulos nas áreas de Educação Física e Enfermagem.

Nos relatórios das seguintes áreas não foram mencionados critérios sobre diversidade institucional e endogenia: Área 18: Odontologia”, “Área 22: Saúde Coletiva”, “Área 20: Enfermagem” e “Área 21: Educação Física”.

O menor grupo é composto por diferentes áreas: Biodiversidade, Ciências Ambientais e Ciências Agrárias I; exceto os títulos com conceito C, os demais estão nos estratos B3 e B4. O título Biotemas não possui Endogenia, e os demais não ultrapassaram de 20%.

Nos relatórios das seguintes áreas não foram mencionados critérios sobre diversidade institucional e endogenia: Área 42: Ciências Agrárias I”, “Área 7: Biodiversidade”. No “Relatório do Qualis Periódicos: Área 49: Ciências Ambientais” consta que a endogenia é um dos critérios utilizados para rebaixamento do estrato: “Já para a diminuição de estrato, foram utilizados como critérios de ajuste: i) indícios de endogenia e manutenção de escopo local; ii) uso não adequado de critérios editoriais estabelecidos; iii) publicações voltadas para públicos fora do âmbito da pós-graduação” (Almeida; Schmitt; Naval, 2019, p. 6).

Dos 117 títulos, nove não possuem conceito Qualis CAPES; alguns foram criados nos últimos anos (2021, 2022, 2023) e não passaram pelas avaliações quadrienais. O periódico Conhecimento em Construção possui 100% de endogenia, o Compor 89%, a Revista de Medicina UNC 83%, Regionem 69% e Revista NIPEAS 40%.

O título Conhecimento em Construção apresenta indícios de publicar os trabalhos de conclusão de curso dos alunos do curso de Engenharia Civil da UNOESC. Tal evidência reforça a constatação de Rodrigues et al. (2018), cujos periódicos são entendidos por alguns editores como um canal para divulgar artigos de alunos ou professores, seja dos cursos de graduação ou pós-graduação das suas instituições. A criação de periódicos com fins específicos e que não atendam e ou não pretendam atender os padrões demandados pelos principais indicadores de qualidade da ciência devem explicitar seu propósito claramente, de forma a não criar expectativas equivocadas para os autores que, porventura, venham submeter trabalhos para publicação.

Foi possível também identificar significativa variação no número de artigos publicados por ano, que oscilam de um ou dois na Revista Gestão e Sustentabilidade na UFFS, qualis B3, na Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano na UFSC, qualis B1 na Educação Física, e na Cadernos de Naturologia e Terapias Complementares, da UNISUL, Qualis B3 na Saúde Coletiva até mais de cem artigos por ano na Texto e Contexto Enfermagem da UFSC, Qualis A3 na Enfermagem; na Revista Insignare Scientia - RIS da UFFS, Qualis A4 em Ensino e Cadernos de Tradução da UFSC, Qualis A1 em Linguística e Literatura.

6 CONCLUSÃO

A taxa média de endogenia nas universidades catarinenses é de 15%, mas quatro instituições estão acima deste valor - UNIARP (21,43%,), UNIVILLE (22,73%,), UNC (39,07%) e UNESC (54%). Em relação aos títulos, o estrato A concentra mais títulos, 62 (53%) periódicos, enquanto o estrato B totaliza 43 (37%) periódicos e apenas 3 (2%) títulos estão no estrato C. Os títulos sem Qualis somam 9 (8%) periódicos. Conforme diminui o estrato de avaliação aumentam as taxas de endogenia entre os títulos, os estratos B3, B2 e C são aqueles que possuem as maiores taxas, 27,4%, 27,59% e 49,47%, respectivamente. Os títulos não avaliados apresentam uma taxa média de 43,36% de endogenia e os títulos indexados possuem uma taxa menor de endogenia, 12,23%. Entre as bases identificadas, os títulos indexados em SciELO possuem a menor taxa média, 13,13%. As áreas dos títulos com as maiores taxas de endogenia são Saúde coletiva, Economia, Direito e Odontologia, respectivamente com médias de 80%, 50%, 37,91% e 32% de endogenia.

O estudo dos periódicos que as universidades publicam permite identificar o comportamento das instituições e dos títulos pelos quais é responsável. A concentração de títulos nas chamadas áreas soft da ciência ao tempo que mostra o domínio editorial dessas áreas, mostra também a falta de títulos nas áreas de ciências exatas e da vida, o que reflete uma tendência dos periódicos brasileiros. O número de títulos de cada universidade é proporcional ao número de cursos de pós-graduação que oferece nas áreas, mas um percentual pequeno, de 15% dos 117 títulos, está indexado em pelo uma das bases mais relevantes. Mesmo no SciELO, encontramos apenas 10 títulos e nas três bases simultaneamente apenas três títulos. Mesmo no DOAJ, que é um diretório menos restritivo para ingresso, apenas 56% estão registrados.

Entre os principais achados na pesquisa fica evidente que a UFSC se destaca na edição de periódicos das Humanidades, Ciências Sociais Aplicadas e Linguística, isso não corresponde aos artigos produzidos pelos autores da instituição, que se destaca por publicar a maioria dos seus trabalhos em inglês e em títulos com alto Fator de Impacto nas áreas da Saúde e Agrária (Rodrigues et. al., 2021). A UDESC se destaca na edição de periódicos das Artes e Humanidades.

Os títulos indexados em pelo menos uma das grandes bases internacionais apresentaram menor índice de endogenia no geral, mas não o suficiente para estabelecer uma relação clara entre endogenia e indexação.

A análise dos resultados não permite realizar associações diretas entre o percentual de endogenia e o conceito atribuído à revista mediante o Qualis; isso acontece em virtude de dois aspectos principais: primeiro, cada área-mãe estabelece critérios, parâmetros e indicadores distintos para avaliação da produção científica publicada em periódicos; segundo, não há parâmetros explícitos para avaliar a endogenia como alta ou baixa entre as diferentes áreas (Köhler; Digiampietri, 2023), embora a literatura considere a falta de diversidade institucional dos autores um problema. Quando os documentos de área-mãe mencionam algum percentual aceitável ou contraindicam sua ocorrência, cada área adota sua própria regra.

Pode-se inferir que a tolerância à endogenia está relacionada à área do conhecimento e com o perfil do título, com a cultura organizacional dos seus editores e demais membros da equipe, uma vez que são eles que estabelecem as diretrizes da revista e definem os critérios de avaliação. A falta de definição sobre os limites de publicação de autores da mesma instituição, região ou país tem consequências na gestão e avaliação do periódico e pode causar disparidades em títulos de uma mesma área.

Os documentos de área que estabelecem parâmetros ou indicações acerca da endogenia, exogenia e diversidade institucional de autores e ou membros dos conselhos editoriais, foram: Educação, Interdisciplinar, Ensino, Artes, Direito, História, Filosofia, Antropologia, Serviço Social, Comunicação e Informação, Geografia, Arquitetura, Urbanismo e Design. As áreas cujos documento não mencionam questões sobre endogenia, exogenia e diversidade institucional de autores e ou membros dos conselhos editoriais foram: Odontologia, Saúde Coletiva, Enfermagem, Educação Física, Sociologia, Economia, Ciências Agrárias I, Biodiversidade, Administração Pública e de Empresas, Ciências Contábeis e Turismo, Linguística e Literatura, Planejamento Urbano e Regional e Demografia.

Ficou evidente no estudo a diversidade de comportamento das várias áreas do conhecimento em relação ao tema endogenia, não foi possível distinguir se as que não mencionam o assunto não se importam com a falta de diversidade institucional dos autores ou estão tão consolidadas a ponto da exigência de diversidade institucional de autores nos periódicos ser considerada uma obviedade.

Por fim, destaca-se que os resultados apresentados no artigo podem suscitar reflexões e novas práticas para aqueles profissionais que atuam nos processos de comunicação e editoração científica.

Reconhecimentos:

Não aplicável.

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  • Financiamento:
    Não aplicável.
  • Aprovação ética:
    Não aplicável.
  • Disponibilidade de dados e material:
  • Imagem:
    Extraída da Plataforma Lattes.
  • JITA:
    JB. Serials management
  • ODS:
    4 - Educação de Qualidade

Editado por

  • Editor:
    Gildenir Carolino Santos

Disponibilidade de dados

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    18 Ago 2025
  • Data do Fascículo
    2025

Histórico

  • Recebido
    11 Mar 2025
  • Aceito
    02 Maio 2025
  • Publicado
    22 Maio 2025
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