RESUMO
Introdução:
Destaca como as relações de gênero se inserem na lógica do poder e se apoiam na produção de difusão de discursos para penetrar no cotidiano das pessoas e produzir indivíduos dóceis.
Objetivo:
Apresentar discussão teórica acerca de como as mudanças curriculares dos cursos de Biblioteconomia no Brasil - ora mais humanistas, ora mais técnicos - influenciaram no processo de feminização da profissão e de inserção da profissão no rol de profissões notadamente marcadas pela divisão sexual do trabalho.
Método:
revisão bibliográfica acerca do papel dos currículos enquanto disseminadores de discursos e de relações de poder e na generificação das profissões; percurso histórico dos currículos de Biblioteconomia no Brasil e sua inserção de discursos generificados na profissão bibliotecária.
Resultados:
Buscou-se evidenciar neste trabalho como o currículo foi utilizado como dispositivo para difusão de certos discursos em relação à profissão bibliotecária e como este colaborou para a feminização desta.
Conclusão:
Propõe-se que a profissão bibliotecária se tornou feminilizada ao longo do tempo e as mudanças de enfoque curricular colaboraram para tal movimento, onde a adoção de currículos mais técnicos colaborou na inserção da profissão no rol de profissões notadamente marcadas pela divisão sexual do trabalho. Aponta-se, finalmente, que, a partir dos anos 1980 uma tímida aproximação dos homens com a área também levou a uma mudança de enfoque curricular e no discurso em torno da profissão.
PALAVRAS-CHAVE:
Profissão bibliotecária; Estudos de gênero; Relações de gênero; Divisão sexual do trabalho; Currículo.