RESUMO
Introdução Estudos revelam que o ensino da competência em informação (CoInfo) possibilita o acesso à informação científica de qualidade e manejo das tecnologias da informação e comunicação (TICs), indispensáveis ao exercício profissional do ensino e da pesquisa. Durante a pandemia da covid-19, o uso das tecnologias assumiu maior importância e se tornou uma tendência nas atividades de ensino.
Objetivo Identificar inovações no ensino de CoInfo na pós-graduação, tendo como hipótese que a aprendizagem de discentes sobre CoInfo pode contribuir para o incremento de habilidades profissionais relacionadas à autonomia e eficiência no processo de busca, seleção e recuperação da informação científica. Metodologia Revisão bibliográfica de escopo sobre inovações no ensino de CoInfo em programas de pós-graduação, dentro e fora do Brasil. A busca foi feita nas bases de dados Medline, Lilacs, ERIC, Cinahl, Academic Search Premier, Scopus, Scielo e o repositório Oasis.Br, focando a produção científica, em inglês, espanhol e português, produzida de 2010 a 2022. Dos 632 artigos encontrados, após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 14 trabalhos para análise Resultado Foram identificadas inovações no ensino da CoInfo na educação superior, como: tutoriais online, cursos assíncronos com uso do humor, visitas virtuais a bibliotecas, parcerias entre docentes, bibliotecários, pedagogos e Universidades.
Conclusão Os achados atestam inovações no ensino da CoInfo que podem ser adequadas aos contextos dos programas de pós-graduação no país, visando incrementar o acesso dos discentes à informação científica de qualidade, necessária para o desenvolvimento de atividades de ensino, pesquisa e produção do conhecimento.
PALAVRAS-CHAVE
Competência em informação; Ensino; Pós-graduação; Tecnologia de Informação e Comunicação; Inovação
ABSTRACT
Introduction Studies show that teaching information literacy (IL) enables access to quality scientific information and the use of information and communication technologies (ICTs), which are essential for professional teaching and research. During the recent covid-19 pandemic, the use of these technologies has taken on even greater importance and has become a trend in teaching activities.
Objective Identify innovative practices in teaching IC in postgraduate courses. The study is based on the hypothesis that students' learning about IC can contribute to improving professionals' skills related to autonomy and efficiency in the process of searching, selecting, and retrieving scientific information. Methodology A literature scoping review was developed on innovations in CoInfo teaching in postgraduate programs in and outside Brazil. The search was carried out in the Medline, Lilacs, ERIC, Cinahl, Academic Search Premier, Scopus, Scielo databases and the Oasis.Br repository, focusing on scientific production, in English and Portuguese, produced between 2010 and 2022. Of the 632 articles found, after applying the inclusion and exclusion criteria, 14 were selected for analysis.
Results Innovations in teaching CoInfo in higher education were identified, such as online tutorials, asynchronous courses using humor, virtual visits to libraries, as well as partnerships between teachers, librarians, pedagogues, and university staff.
Conclusion The findings attest to innovations in CoInfo teaching that can be adapted to the contexts of postgraduate programs in the country, with the aim of increasing student access to quality scientific information, which is necessary for the development of teaching, research, and knowledge production activities.
KEYWORDS
Information literacy; Teaching; Graduate; Information and Communication Technology; Innovation.
1 INTRODUÇÃO
Em 2020 o mundo foi surpreendido pela covid-19, cuja alta letalidade, transmissão e caráter pandêmico levaram a Organização Mundial da Saúde (OPAS, 2020) a estabelecer protocolos para conter a doença. Em função da falta de procedimentos terapêuticos, paralelo aos investimentos para produção de vacinas, foram estabelecidas medidas globais de proteção que envolveram o distanciamento físico. No Brasil, lamentavelmente, as respostas do governo federal, a época, foram caracterizadas pelo negacionismo, sub-registro de dados e ausência de alinhamento com o conhecimento e ações internacionais exitosas, resultando em um número significativo de casos e de óbito Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS, 2020). Após o desenvolvimento de vacinas e do acesso de grande parte da população mundial à imunização, em maio de 2023 a OMS declarou o fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional relativa à covid-19 (OPAS, 2023).
Um das consequenciais da pandemia de covid-19 diz respeito às mudanças profundas no processo de trabalho e no funcionamento global dos serviços públicos e privados. Tal cenário demandou a ampliação do uso de ferramentas tecnológicas para permitir a comunicação e a continuidade das tarefas, anteriormente realizadas por meio do contato físico. No âmbito acadêmico, as universidades e instituições de ensino e pesquisa, assim como os demais espaços de ensino formal e não formal, precisaram se reinventar e adotar o ensino remoto mediado pelas tecnologias.
Mesmo após o fim da pandemia, o uso das TICS se tornou uma tendência nas atividades de ensino, por meio de ambientes híbridos. O que possivelmente ampliou a utilização de recursos disponíveis na internet e nas redes sociais, como Academia.edu, ResearchGate, Chatbots, assim como Facebook, Instagram, Podcasts. De igual modo houve maior incentivo para o compartilhamento de saberes e informações nas plataformas digitais, como Google Meet, YouTube, Moodle, livrarias eletrônicas e bases de dados (Silveira e Vieira Jr, 2019); que foram incrementadas com tecnologias de informação, como vídeos, jogos, imagens e animações (Fumian e Rodrigues, 2013; Oliveira e Dias Jr, 2012).
Partimos do princípio de que o uso das TICs nos diferentes níveis de ensino e na produção do conhecimento exige a competência em informação, aqui denominada de CoInfo, de seus usuários. A CoInfo é entendida como a capacidade de realizar buscas, seleção e recuperação da informação científica e de fazer uma análise crítica da informação de forma a preparar o sujeito para desenvolver melhor as atividades de ensino e pesquisa.
Convém salientar que, em termos históricos, a noção de competência em informação foi pela primeira vez descrita pelo termo Information Skill em 1974, em um documento produzido por Paul Zurkowski; educador norte americano e presidente da Information Industries Association (IIA). O documento direcionava o uso dos recursos informacionais para as situações de trabalho e resolução de problemas, por meio do aprendizado de técnicas e habilidades na utilização de ferramentas de acesso à informação (Sample, 2020; Dudziak, 2003; Callison, 2014; Zurkowski, 1974; Silva, Nunes e Teixeira, 2020 e Melo e Araújo, 2007). A literatura assinala o pioneirismo e contribuição de Zurkowski na definição do conceito da pessoa competente em informação, descrita como o sujeito treinado na aplicação dos recursos de informação para solução de problemas, com técnicas e habilidades para utilizar uma ampla variedade de ferramentas de informação (Behrens, 1994).
O conceito de Information Literacy Instruction surge, posteriormente, como uma abordagem educacional que visa ensinar habilidades de utilização da informação para usuários de bibliotecas, como processo de busca, avaliação da qualidade, uso crítico e eficaz e produção do conhecimento. Com o passar dos anos, esse processo passou a ser nominado de Competência em Informação (CoInfo). Sua prática pode ocorrer de forma integrada ao currículo ou na forma de disciplinas isoladas, por meio de tutoriais on-line, aulas presenciais ou assíncronas (Kasowitz-Scheer e Pasqualoni, 2002). Nesta direção, cabe destacar o papel da Association of College and Research Libraries (2016) que definiu um framework para auxiliar a implementação da CoInfo em escolas, bibliotecas e universidades. Essa estrutura envolve um conjunto de habilidades integradas, que abrange a descoberta reflexiva da informação, a compreensão de como a informação é produzida e valorizada e o uso da informação na criação de novos conhecimentos e na participação ética em comunidades de aprendizagem.
Dentro deste enfoque, o desenvolvimento de habilidades e competências deve considerar a importância de avaliar fontes confiáveis, veiculadas pela ciência e pelo pensamento crítico, capazes de orientar tomadas de decisão com base nas melhores evidências e reduzir os prejuízos da propagação de notícias falsas sobre temas diversos. Igualmente é preciso levar em conta o uso legal, social e ético, alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ONU, 2024) de assegurar a educação inclusiva, equitativa e de qualidade e promover oportunidades de aprendizagem para todos; por meio de políticas sociais de aprendizado continuado (Belluzzo, 2020).
Uma revisão exploratória da literatura indicou um predomínio de estudos sobre CoInfo com bibliotecários, cientistas da informação, alunos de biblioteconomia e, de forma tímida, com estudantes do ensino superior. Este achado, somada a experiência da primeira autora como bibliotecária e docente de CoInfo em cursos de pós-graduação, motivou a realização de uma revisão de escopo da literatura sobre o ensino de CoInfo. Por meio desta revisão, pretende-se identificar se existem iniciativas inovadoras capazes de colaborar para a qualificação do ensino da CoInfo no âmbito de programas de pós-graduação stricto sensu (PPG).
O recorte proposto parte da hipótese de que a aprendizagem de discentes sobre a CoInfo pode contribuir para o incremento de habilidades profissionais relativas à autonomia e eficiência no processo de busca, seleção e recuperação da informação científica. A revisão faz parte de um estudo mais amplo (em desenvolvimento, no formato de tese). A pesquisa se fundamenta na articulação do conceito de CoInfo (Information Literacy), com a educação para CoInfo (information literacy education) e a competência informacional e midiática (media and information literacy), tendo como foco a formação para a educação superior.
2 METODOLOGIA
O estudo objetiva identificar prática inovadoras de ensino de CoInfo na pós-graduação, por meio de uma revisão da produção bibliográfica nacional e internacional. Diante dos diversos modelos de revisão da literatura (Grant e Booth, 2009), optamos por realizar uma revisão de escopo que se caracteriza por perguntas mais abrangentes sobre a existência de pesquisas e lacunas de conhecimento relacionadas à temática de interesse (Galvão e Pereira, 2022). A revisão de escopo é igualmente indicada frente ao propósito de: levantar tipos de provas disponíveis em um certo domínio, clarificar conceitos, examinar como a investigação é realizada num determinado tópico ou domínio, identificar as principais características ou fatores relacionados a um conceito Munn et al. (2018).
A pergunta de pesquisa foi estruturada a partir do mnemônico P (população) C (conceito) C (Contexto). Assim, optou-se por selecionar somente artigos científicos, visando responder à pergunta da revisão: Quais são as estratégias de ensino de CoInfo que vem sendo desenvolvidas na pós-graduação? Portanto, buscou-se nos artigos a forma como vem sendo feita a alusão ao conceito de CoInfo, além de identificar inovações no ensino, considerando aspectos como: abordagem pedagógica e tecnológica.
Em função da cobertura multidisciplinar, as buscas foram feitas nas seguintes bases de dados: Medline, Lilacs, ERIC, Cinahl, Academic Search Premier, Scopus, Scielo e o repositório Oasis.Br. Por se tratar de temática com ampla produção do conhecimento, foi utilizado o recorte temporal de 2010 a 2022, justificado pelo aumento do número de publicações sobre information literacy, com ênfase a expansão e utilização das TICs Farias et al. (2021). Segundo Vincent (2011), em 2010 houve a inclusão do termo Information Literacy no vocabulário controlado da National Library of Medicine o Medical Subject Headings.
A estratégia de busca de termos que melhor representam os conceitos da questão de pesquisa foi elaborada com base nos descritores em Ciências da Saúde (DeCS/MeSH), combinado com a terminologia do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos Anísio Teixeira (INEP). A combinação dos descritos segundo as bases pesquisadas foram descritas no Quadro1.
Foram considerados critérios de inclusão artigos científicos em português, inglês e espanhol sobre o ensino da CoInfo voltado para discentes de pós-graduação, do tipo qualitativo ou quantitativo, que contemplavam inovações e estratégias de ensino. Embora seja anterior ao período definido (2010 a 2022), foram incorporados os estudos de Boden (2007), por se tratar de artigo pioneiro na proposição de um modelo tutorial online de CoInfo para pós-graduação, bem como o de Hepworth e Wema (2006) por ser um dos primeiros cursos de CoInfo online. Foram excluídos os estudos sobre ensino da CoInfo, computer literacy ou digital literacy para discentes de nível médio, graduação ou profissionais de saúde; trabalhos em e-health, telemedicina, telessaúde, assim como uso de aplicativos voltados para o cuidado, promoção da saúde, política de saúde ou health literacy. Foram igualmente excluídos notícias, editoriais, cartas, artigos de opinião, resenha de livro e ensaios clínicos, relatórios técnicos, notícias publicadas em jornais e informações de blogs.
Como explicitado na figura 1 (Fluxograma da Revisão de Escopo, 2024), a seleção dos artigos foi feita, inicialmente, por meio da remoção das duplicatas, utilizando o recurso automático do software de gerenciamento de referências Mendeley e, posteriormente, de forma manual, com base na leitura dos dados dos documentos como: título, resumo e ano. Em seguida, foi realizada a seleção dos documentos mediante a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão dos estudos, a partir da leitura dos títulos e os resumos pela primeira autora. Dos 632 trabalhos identificados, foram selecionados 14 artigos.
3 RESULTADOS
Para auxiliar a etapa de categorização dos temas, os 14 artigos foram classificados segundo: local, terminologia sobre CoInfo; aspectos metodológicos, população do estudo, práticas inovadoras no uso das TICs e abordagem pedagógica (quadro 2).
Caracterização do local, tipo de estudo, população e inovação em CoInfo dos 14 artigos selecionados
Como indica o quadro acima, a classificação dos 14 artigos selecionados indicou que os estudos foram realizados principalmente nos Estados Unidos (4), seguido da Austrália (3), Canadá (1), Grécia (1), Inglaterra (2), Nova Zelândia (1), República de Singapura (1) e Tanzânia (1). Tais achados sugerem que a discussão é mais premente em países com alto IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) que investem em educação e menos presentes, neste recorte em países da América Latina.
No que diz respeito à terminologia sobre CoInfo, metade dos 14 artigos estudados mencionaram o termo Competência em Informação. Os demais citaram Alfabetização Científica; Alfabetização Acadêmica em Informação; Instrução em Alfabetização Informacional; fontes de informação online; alfabetização digital; habilidade em informação voltada para os aspectos da pesquisa e aprendizagem acadêmica e ensino em alfabetização informacional. Embora haja uma diversidade terminológica, existem aspectos comuns referentes à valorização da necessidade de qualificar a procura, localização e análise crítica da informação e de contribuir para a produção científica em uma área do conhecimento específica.
Com relação aos aspectos metodológicos, prevalecem os estudos de caso (11), seguido de um estudo qualitativo, um quali-quanti e um quantitativo, o que sugere o predomínio de análise qualitativa nesta discussão. No que se refere à população, há três artigos com estudantes de graduação e pós-graduação; seis incluem também membros do corpo docente, pesquisadores, professores e pós-doutores. Somente um aborda o corpo docente e quatro apenas estudantes de pós-graduação. A presença de docentes nos trabalhos sugere uma preocupação com o processo formativo em CoInfo dos estudantes.
No que diz respeito às práticas inovadoras em CoInfo foram identificadas: tutoriais online (Boden, 2007; Kelt, 2013); kit de ferramentas de ensino para discentes de negócios integrado ao currículo (An e Quail, 2018); curso assíncrono com uso de humor (Wegener, 2022); curso integrado ao currículo presencial e online Adams et al. (2016); uso de softwares e páginas da web para ensino Clapsopoulos et al. (2014); recursos de informação online para estudantes internacionais (Hughes, 2013); visita virtual de 360o a biblioteca (Sample, 2020); workshop síncrono "one-shot" de literacia da informação (Tomaszewski, 2021); curso de formação para docentes sobre aprendizagem online Mirriahi et al. (2014) e cursos sobre CoInfo para discentes da pós-graduação (Hepworth, e Wema, 2006) e Mune et al. (2015). Dois trabalhos comparam o resultado de aprendizagem da população alvo do estudo Shaffer (2011) e Stagg e Kimmins (2014).
Com relação à abordagem pedagógica, dentre os 14 estudos, apenas um não informou Kelt (2013). Cinco ressaltaram a importância da aprendizagem ativa, baseada em problemas e na investigação, focada no estudante como protagonista do processo de ensino e aprendizagem Boden (2007), Stagg e Kimmins (2014), Shaffer (2011), Tomaszewski (2021) e Wegener (2022). Para Stagg e Kimmins (2014) os estudantes exigem cada vez mais uma experiência de aprendizagem de qualidade, com recursos adequados e apropriados. Para Hepworth e Wema (2006) a abordagem construtivista e a aprendizagem baseada em problemas refletem a valorização do envolvimento das pessoas alvo da ação educativa na criação de significados, mediados pela comunicação.
As demais abordagens referidas apresentam outras denominações como: andragogia An e Quail (2018); aprendizagem flexível Clapsopoulos et al. (2014); aprendizagem baseada na investigação (Hughes, 2013); aprendizagem centrada no estudante Adams et al. (2016); biblioteca como centro da aprendizagem Sample (2020). Todavia, existem aspectos comuns relativos à valorização do diálogo docente-discente, da análise crítica e do protagonismo dos discentes no processo de aprendizagem.
Em suma, é possível identificar especificidades entre os 14 trabalhos quanto às inovações no ensino em CoInfo. Todavia, predominam semelhanças no que tange às populações privilegiadas, à abordagem pedagógica e à busca pelo atendimento de demandas e desafios associadas à formação e uso da CoInfo, identificadas nos contextos das instituições de ensino e pesquisa, detalhadas no item seguinte.
4 DISCUSSÃO
Inicialmente, interessa destacar que a maioria das investigações analisadas foi motivada pelas necessidades e demandas relativas ao ensino da CoInfo entre discentes e docentes de pós-graduação, de universidades de diferentes países. A busca de soluções para as situações identificadas contou com o envolvimento de uma equipe de profissionais das bibliotecas e de outras especialidades. Dos 14 artigos, 5 deles, Boden (2007), Kelt (2013), An e Quail (2018); Adams et al. (2016) e Tomaszewski (2021) abordaram a importância da colaboração e do trabalho em equipe, formada por bibliotecários, especialistas em currículos, equipe acadêmica e pedagógica, consultor de TI (webmasters) e administradores, para identificar necessidades não satisfeitas de forma a melhorar as experiencias de aprendizagem de CoInfo.
Neste sentido, Adams et. al (2016) e Tomaszewski (2021) relataram problemas que motivaram a proposição de mudanças, quais sejam: a necessidade de acomodar e gerenciar muitos estudantes, a existência de conflitos de agendamento, problemas logísticos e restrições de tempo para oferta de treinamentos, que ocorriam várias vezes por dia e geravam um esforço excessivo e opressor para os profissionais de informação. A identificação desses entraves possibilitou adequações nas dinâmicas de trabalho, como o agrupamento de discentes em salas de aula, alocação de mais tempo para práticas em laboratório e a criação de vídeos instrutivos, que permitiram aos bibliotecários maior dedicação aos atendimentos individualizados e desenvolvimento de novos projetos.
Ainda nesta direção, demais artigos assinalam que a redução das equipes de bibliotecários, devido a contenção do orçamento universitário, compromete o atendimento das demandas de treinamento dos discentes e de aumento do número de publicações Boden (2007) e Mune et al. (2015). Tais relatos convergem com situações vivenciadas pela primeira autora como bibliotecária de uma instituição de ensino e pesquisa, dificultando a realização de atividades avaliativas que melhorem a performance dos treinamentos e atualização do incremento de uso de TICs.
Outro aspecto assinalado, diz respeito ao menor acesso de estudantes às bibliotecas do campus universitário, em função das distâncias geográficas, descritas por Kelt (2013), Mune et al. (2015), Adams et al. (2016) e An e Quail (2018). Esse tipo de barreira estimulou a oferta de cursos híbridos, online e a distância. Um fator que também representa uma barreira diz respeito ao não domínio da língua inglesa entre pesquisadores e pós-graduandos não nativos em inglês. A partir da experiencia com estudantes gregos, Clapsopoulos et al. (2014) aponta que essa lacuna é um desafio para publicação de artigos científicos e, consequentemente, para a CoInfo. Hughes (2013) igualmente aborda as necessidades informacionais de estudantes internacionais de pós-graduação que realizam intercâmbio na Austrália. Além da falta do domínio da língua inglesa, o autor ressalta dificuldades em relação ao uso de recursos informacionais online, indicando a necessidade de um atendimento específico para esse público por parte dos bibliotecários.
Conforme descrito nos resultados, são utilizadas TICs e abordagens pedagógicas no ensino da CoInfo que buscam valorizar a autonomia dos estudantes, por meio de metodologias ativas, como a aprendizagem baseada em problemas, sala de aula invertida, entre outros. Dentre as inovações relacionadas ao ensino de CoInfo na pós-graduação há destaque para a criação de tutoriais online. Boden (2007) aborda o trabalho pioneiro da Imperial College, denominado PILOT (Postdoctoral information literacy online tutorial), desenvolvido com o objetivo de apoiar os pesquisadores diante das novidades do processo de publicação, financiamento, acesso aberto e repositórios institucionais. O tutorial simula situações, com atividades divertidas, por meio de um recurso que fornece uma visão geral das fontes de informação e é capaz de simular a aprendizagem por meio da prática. Com base nos tutoriais descritos por Boden (2007), Kelt (2013) descreve o desenvolvimento de um tutorial on line sobre CoInfo, adaptado e aperfeiçoado para as necessidades de pós-graduandos da Universidade Caledónia de Glasgow (UCG) na Inglaterra, cujas unidades do campus eram distantes e havia oferta de vagas em locais fora do país. O curso teve o propósito de aperfeiçoar as atividades educativos online e presencial da biblioteca para graduandos e pesquisadores para favorecer o processo de investigação e publicação de artigos.
Focando também em uma aprendizagem baseada na descontração, Wegener (2022) descreve a experiencia da Biblioteca da Universidade de Singapura, em parceria com o Instituto de Tecnologia local, na criação um curso online assíncrono que utiliza elementos do humor. Tal enfoque considera o humor uma resposta emocional positiva para reduzir o estresse e ansiedade nas aulas da biblioteca. A maioria dos estudantes que completou o curso relatou que o humor ajudou a captar a atenção e favoreceu a memorização dos pontos de aprendizagem; os discentes se sentiram encorajados a aprender e houve uma aproximação com os bibliotecários.
Ainda sobre inovações, Sample (2020) propõe uma visita virtual 3600 a biblioteca, com recursos de tecnologias de aprendizagem com realidade aumentada, virtual e mista (AVMR) voltado para estudantes de pós-graduação. A proposta tem a finalidade de minimizar a ansiedade e receios dos estudantes, que podem se constituir em barreiras afetivas a CoInfo, buscando favorecer a segurança e apoio no uso da biblioteca. Os sentimentos de inadequação podem ser agravados pela percepção de que os outros possuem competências bibliotecárias que eles não têm, pela falta de conhecimento sobre a localização dos livros (como e por onde começar) e pela dificuldade em pedir auxílio aos funcionários para utilização dos recursos físicos e tecnológico. O artigo destaca que estudantes internacionais podem registar níveis mais elevados de ansiedade em relação à biblioteca. Nesse sentido, a escuta atenta, o acolhimento e a empatia são elementos necessários para que se desenvolva uma relação de confiança que proporcione um aprendizado mais amplo para o discente.
Mune et al. (2015), por sua vez, apresenta a proposta de uma biblioteconomia integrada. A partir da parceria com o corpo docente foram criados módulos de ensino de CoInfo, na modalidade online e híbrida, com apoio e uso de um Sistema integrado de gestão da aprendizagem dos estudantes. O artigo ressalta o aumento da participação e apoio para implementação de cursos por parte da biblioteca em programas online, como oferta de Programa de doutoramento em Prática em Enfermagem e Cursos online Abertos e Massivos (MOOCs). Mirriahi et al. (2015) ressalta a grande pressão internacional para uso de metodologias ativas na aprendizagem online. Constata que há uma procura cada vez maior pela aprendizagem online centrada no discente, diante do crescimento contínuo e acelerado de ofertas de Cursos Online Abertos e Massivos (MOOCs) em todas as áreas do ensino superior. Para o autor, o desafio está associado ao desenvolvimento de habilidades de competência digital pelos membros do corpo docente, que muitas das vezes se apresenta como um obstáculo a criação de novos cursos com uso de TICs.
Uma outra inovação diz respeito à integração das atividades de CoInfo no currículo. O estudo de Adams et al. (2016) apresenta a integração curricular de dois cursos de metodologia de pesquisa para graduandos e pós-graduandos, ofertado nas modalidades presencial e online. O curso resultou da cooperação entre o corpo docente, membros da biblioteca e do apoio a aprendizagem acadêmica e educadores, para integrar competências de Academic Information Literacy AIL ao currículo; bem como das respostas dos participantes bibliotecários, pesquisadores e corpo docente.
Em direção semelhante, An e Quail (2018) descrevem um toolkit online com recursos educacionais abertos para discentes de graduação e pós-graduação de negócios, integrando a CoInfo ao currículo da universidade. O objetivo era ajudar os discentes a aprender a utilizar as bases de dados para efetuar pesquisas na área de negócios. Tal enfoque converge com o estudo de Clapsoupoulo et al. (2014) sobre uma série de iniciativas de ensino de CoInfo na pós-graduação, com uso de ferramentas online, software, Workshop, páginas da web, plataformas de ensino como a ILSEAB. O autor recomenda a formalização de uma política de CoInfo alinhada a uma política de informação cientifica, de forma a facilitar o processo de publicação e divulgação das atividades acadêmicas e promoção da integração curricular do ensino de CoInfo na Grécia.
Uma temática abordada nos estudos refere-se à avaliação do desempenho de discentes em atividades de ensino online e presencial. Desse modo, o trabalho de Shaffer (2011) é centrado na comparação entre a aprendizagem de CoInfo de estudantes de programas de pós-graduação com formação por meio de tutoriais online e os outros que receberam instrução presencial. Segundo os achados, não houve diferença de aprendizagem no ensino online e presencial, porém os discentes formados pelo ensino presencial se declararam mais satisfeitos dos que utilizaram tutoriais online.
Tomaszewski (2021), por sua vez, comparou o ensino presencial síncrono com o ensino assíncrono, usando módulos de vídeo durante uma sessão de laboratório e uma tarefa pré-laboratorial, ocorrida em um curso introdutório de biologia do primeiro semestre. As respostas da pesquisa dos alunos indicaram que os vídeos instrutivos on-line têm vantagens únicas e são comparáveis ao ensino presencial. Para o autor, transformar a estrutura única de ensino presencial em ensino on-line assíncrono pode liberar o tempo do bibliotecário para ajudar os alunos individualmente. Ademais, os bibliotecários podem assumir novas funções, como pesquisa, redação de subsídios, bibliometria, gerenciamento de dados, curadoria de exposições, mapeamento de currículo e criação de cursos e workshops voltados para o desenvolvimento da competência em informação de discentes.
Já o estudo de Hepworth e Wema (2006) analisou a implementação de um curso de CoInfo realizado por bibliotecários na universidade da Tanzania. O curso foi considerado efetivo para aprendizagem de discentes do mestrado em educação, após avaliação pré e pós teste. Como elementos motivadores, o autor destaca barreiras como formação inadequada, a falta de entusiasmo entre alguns funcionários da biblioteca para oferta de treinamentos e o desafio de utilizar as tecnologias por usuários e funcionários da biblioteca. O estudo identificou a importância de abordar o sentimento de incerteza e as expectativas dos discentes, que poderiam levar à frustração e incertezas no início do processo e, consequentemente, comprometer a continuidade do curso. Segundo o autor, é preciso desconstruir a crença de que a localização e o acesso à informação se desdobram em uma sequência linear, resultando no processo: consulta-pesquisa-resultado, quando na verdade trata-se de um processo mais amplo e altamente interativo.
Stagg e Kimmins (2014) igualmente faz referência ao domínio afetivo como aquele concentrado nas emoções que influenciam a capacidade de aprendizagem dos estudantes. Tal aspecto tem despertado a atenção de investigações na área de formação para o trabalho de jovens, expressa pela ocorrência de estudos acerca da correlação entre a ansiedade e a redução da utilização dos recursos da biblioteca. Os discentes sentem que a Universidade os rotula como inadequados e perdem a autoconfiança, o que afeta e compromete o ingresso na universidade. Este processo impede o estudante continuar os estudos, sendo um fator da evasão, quando deveria ser uma mola propulsora para superação das dificuldades com apoio especializado em parceria com docentes e bibliotecários.
Em suma, um tema que perpassou os 14 trabalhos refere-se aos desafios do ensino da CoInfo na pós-graduação decorrentes da demanda heterogênea entre discentes da pós-graduação, das restrições orçamentarias, do número reduzido de profissionais nas bibliotecas, do aumento da demanda nos programas de pós-graduação, das barreiras geográficas e tecnológicas, da sobrecarga de trabalho, da falta de tempo e da necessidade de engajamento e parceria entre ensino e as bibliotecas de forma integrada ao currículo.
Diante dos entraves foram desenvolvidas inovações como tutoriais e cursos online, visitas virtuais, workshops e toolkits voltados para o aprimoramento do ensino de CoInfo na pós-graduação. Em geral, essas iniciativas consideraram a dimensão subjetiva do aprendizado, referente à valorização da escuta, das demandas e necessidades dos discentes, incluindo as barreiras afetivas e ansiedade em relação ao ensino em bibliotecas. Nesta direção, as inovações e abordagens pedagógicas sobre CoInfo buscaram utilizar elementos motivantes como humor, redes de apoio, dentre outros.
Cabe assinalar que, diante da ausência de estudos no Brasil sobre ensino de CoInfo na educação superior, foi feita uma revisão complementar. Tal busca apontou que a literatura nacional sobre o tema vem sendo encontrado, majoritariamente, em teses, dissertações e trabalhos em congresso. Os poucos artigos encontrados abordam, em geral, aspectos teórico-conceituais sobre CoInfo e avaliação de atividades formativas sobre CoInfo entre estudantes Vincent (2011), Ramos e Faria (2012), Vincent et al. (2014), Serafim e Araújo Freire (2016), Kanitar e Loureiro (2018) e Farias et al. (2021); havendo escassez de trabalhos sobre cursos ou recursos educacionais abertos online para pós-graduação.
Neste sentido, vale citar o estudo de Jacobsen, Miletto e Loureiro (2022) sobre a oferta de um curso de CoInfo para pós-graduandos que aborda o procedimento de pesquisa, guarda, criação, disponibilização e análise de informações, visando apoiar todas as etapas da elaboração e investigação científica. Outra iniciativa, desenvolvida por Vincent (2011), avalia a CoInfo entre alunos de pós-graduação em saúde pública que participaram de uma capacitação presencial sobre o tema. A tese de Carvalho (2016), por sua vez, analisou o impacto do curso de especialização a distância, denominado “Letramento Informacional: educação para a informação”, no desenvolvimento da CoInfo de professores e bibliotecários. Essas experiencias nacionais indicam a necessidade de ampliar o acesso do ensino de CoInfo, utilizando múltiplas possibilidades geradas pelas TICs.
5 CONCLUSÃO
A crise sanitária provocada pela covid-19, nos anos de 2020 a 2022, ressaltou a urgência do acesso a informações pertinentes e confiáveis, impulsionando a utilização de tecnologias da informação e comunicação (TICs) para viabilizar práticas profissionais e acadêmicas. Esta tendencia tornou-se comum no ambiente do ensino e da pesquisa, mesmo após o encerramento da pandemia em maio de 2023. Neste cenário, ganhou maior visibilidade e importância do ensino da competência em informação (CoInfo), definida como uma abordagem educacional sobre habilidades de uso da informação. Essas habilidades envolvem busca da informação, avaliação da qualidade, uso crítico e eficaz da informação e produção do conhecimento com base na literatura acadêmica e científica.
Os resultados da revisão de escopo apontam para o reconhecimento e sistematização de fatores que limitam o ensino da CoInfo na pós-graduação no contexto internacional. Essas necessidades e demandas motivaram a criação de inovações pedagógicas na modalidade online, bem como adequações na organização e na dinâmica institucional, a partir de um trabalho de equipe que envolve profissionais de diferentes especialidades. A descrição dessas inovações e seus efeitos no fomento e aperfeiçoamento do ensino da CoInfo na educação superior podem orientar o desenvolvimento de iniciativas semelhante no contexto nacional, que ainda são pouco expressivas.
Nesta direção, importa salientar que os achados da presente revisão serão somados aos dados do estudo mais amplo, que envolve entrevistas com um grupo de discentes e docentes bibliotecário de cursos de pós-graduação (não referido em função do sigilo da autoria), assim como a atuação da primeira autora como bibliotecária docente. A partir deste conjunto de informações, temos o propósito de desenvolver uma tecnologia educacional, caracterizada por um curso online sobre CoInfo para discentes e docentes de pós-graduação, de acesso aberto. O curso objetiva contribuir para a aprendizagem da seleção, recuperação, análise crítica e produção de informação científica, de forma a favorecer uma formação global, crítica, humana e autônoma na prática da pesquisa e produção científica, no Brasil.
Disponibilidade de dados e material:
Não aplicável.
Reconhecimentos
Não aplicável.
-
ODS: 4 -
Educação de qualidade
-
JITA: CE.
Literacy
-
Imagem:
Extraída da plataforma Lattes
-
Aprovação ética:
Não aplicável.
-
Financiamento:
Não aplicável.
-
1
Tecnologias de Aprendizagem de Realidade Aumentada, Virtual e Mista (AVMR), Sample (2020).
REFERÊNCIAS
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Editado por
-
Editor:
Gildenir Carolino Santos
Datas de Publicação
-
Publicação nesta coleção
01 Ago 2025 -
Data do Fascículo
2025
Histórico
-
Recebido
11 Abr 2024 -
Aceito
21 Mar 2025 -
Publicado
11 Abr 2025


Fonte: Dados da pesquisa.