RESUMO
Introdução: A democratização do acesso ao conhecimento científico deve ser uma atividade fundamental para universidades e instituições que desenvolvem pesquisas científicas. Nesse contexto, repositórios digitais de acesso aberto surgem como potentes ferramentas. Diante disso, questiona-se quais elementos caracterizam comunidades e coleções em repositórios digitais voltados para a divulgação científica?
Objetivo: A finalidade deste artigo é mapear comunidades e coleções de divulgação científica em repositórios digitais do Brasil, a fim de sugerir orientações para o desenvolvimento de coleções com essas características.
Metodologia: Trata-se de uma abordagem qualitativa descritiva, que utilizou a pesquisa documental para estabelecer um mapeamento de repositórios digitais de instituições públicas no Brasil (universidades públicas e instituições de pesquisa científica públicas), identificando elementos que permitam verificar seu compromisso com a divulgação científica por meio de seus repositórios.
Resultados: As análises indicam que a maioria dos repositórios digitais não prioriza a divulgação científica para o público geral, com poucas iniciativas explícitas e sistematizadas, revelando uma lacuna significativa entre a disponibilidade de materiais e a efetiva democratização do conhecimento científico.
Conclusão: Repositórios digitais de acesso aberto podem ser uma estratégia eficaz para disseminar o conhecimento produzido por instituições de pesquisa e universidades, facilitando o acesso à informação científica por um público amplo. Entretanto, o cenário apresentado mostra poucas iniciativas contundentes com o panorama da divulgação científica. Com isso, são sugeridas diretrizes para a implementação de boas práticas de divulgação científica nessas plataformas visando democratizar o conhecimento para toda a sociedade.
PALAVRAS-CHAVE:
Repositórios digitais; Divulgação científica; Comunicação científica
ABSTRACT
Introduction: The democratization of access to scientific knowledge must be a fundamental activity for universities and institutions that carry out scientific research. Open access digital repositories have emerged as powerful tools in this context. With this in mind, what elements characterize communities and collections in digital repositories aimed at scientific outreach?
Objective: The aim of this article is to map scientific outreach communities and collections in digital repositories in Brazil, to suggest guidelines for the development of collections with these characteristics.
Methodology: This is a descriptive qualitative approach, which used documentary research with the aim of establishing a mapping of digital repositories of public institutions in Brazil (public universities and public scientific research institutions), identifying elements that can verify their commitment to scientific outreach through their repositories.
Results: The analyses indicate that the majority of digital repositories do not prioritize scientific outreach to the public, with few explicit and systematized initiatives, revealing a significant gap between the availability of materials and the effective democratization of scientific knowledge.
Conclusion: Open access digital repositories can be an effective strategy for disseminating the knowledge produced by research institutions and universities, facilitating access to scientific information for a wide audience. However, the scenario revealed shows few initiatives that are consistent with the panorama of scientific outreach. With this in mind, guidelines are suggested for the implementation of good scientific outreach practices on these platforms, with the aim of democratizing knowledge for society as a whole.
KEY WORDS:
Digital repositories; Scientific dissemination; Scientific communication
1 INTRODUÇÃO
O aprimoramento de pesquisas científicas tem sido um dos principais motores de transformação social. O conhecimento científico tem o potencial de impactar a vida das pessoas trazendo resultados surpreendentes. Dessa forma, compartilhar esse conhecimento pode contribuir para a geração de uma população mais informada e capaz de tomar decisões baseada sem evidências. Pesquisas científicas brasileiras são desenvolvidas, em sua maior parte, por uma rede de universidades e institutos públicos dedicados à pesquisa científica (Groupo, 2019). Essas organizações têm uma significativa responsabilidade social ao realizarem estudos aprofundados e produzirem conhecimento de qualidade em diversas áreas (Borges, 2016). Uma das formas de concretizar essa responsabilidade social é a preocupação constante dessas instituições em compartilhar com a sociedade o conhecimento produzido em suas dependências.
Nesse contexto, destaca-se a divulgação científica (DC), fundamental para a propagação desse conhecimento à comunidade. De acordo com Massola, Crochík e Svartman (2015, p.310) a divulgação científica é “a transmissão de conhecimento científico para um público leigo no assunto”.
Em um cenário cada vez mais marcado pela digitalização, é fundamental compreender como as Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs) interferem nessa divulgação da ciência. Segundo Anderson (2010), as TICs podem ser entendidas como ferramentas eletrônicas e tecnológicas utilizadas para criar, coletar, armazenar e transmitir informações, possibilitando a troca de dados entre indivíduos. Com isso, essas ferramentas fomentam a democratização das pesquisas, envolvendo um público de especialistas e não especialistas.
Outra estratégia que auxilia no compartilhamento do conteúdo científico, é o movimento de apoio aos arquivos abertos e ao acesso livre à informação. Esse movimento surge como resposta aos desafios enfrentados pela comunidade científica global no que se refere ao acesso às informações. Com o movimento de acesso aberto, foram criados diversos subsídios para o desenvolvimento de repositórios digitais visando ampliar o acesso ao conhecimento científico (Ibict, 2005).
De acordo com Viana e Arellano (2006, p.2), “um repositório digital é uma forma de armazenamento de objetos digitais que tem a capacidade de manter e gerenciar material por longos períodos de tempo e prover o acesso apropriado”.
Ele possibilita a disponibilização gratuita de diversas publicações científicas e objetos digitais, visando aprimorar o desenvolvimento do conhecimento científico. Além disso, amplia a visibilidade e o impacto das pesquisas, facilitando o acesso aos resultados para um público mais amplo. (Ibict, 2005).
Considerando a importância dessa ferramenta para a transmissão do conhecimento científico ao público geral, é relevante questionar quais elementos caracterizam comunidades e coleções em repositórios digitais voltados para a divulgação científica? O objetivo deste artigo é mapear comunidades e coleções de divulgação científica em repositórios digitais de instituições públicas de pesquisa científica do Brasil, a fim de sugerir orientações para o desenvolvimento de coleções com essas características.
Assim, espera-se com esse trabalho colaborar para uma maior democratização do conhecimento científico e, também auxiliar na construção de diretrizes objetivando melhores práticas de divulgação científica em repositórios digitais de acesso aberto.
2 REVISÃO DE LITERATURA
Para melhor compreensão da indagação e do objetivo proposto na presente pesquisa, será apresentada uma revisão de literatura com uma abordagem bibliográfica conceitual que esclarece os conceitos de comunicação e divulgação científica. Essa aproximação e distinção objetivam esclarecer os elementos definidores das ações de comunicação e divulgação do conhecimento em suas intenções finais, que são alcançar públicos distintos. A comunicação científica busca a interlocução dentro de um campo técnico acadêmico enquanto a divulgação científica amplia os formatos comunicacionais para alcançar públicos com saberes e práticas socioculturais distintas do campo acadêmico de origem dos objetos digitais produzidos. Em seguida apresenta-se a contextualização dos repositórios digitais de acesso aberto. Essas ferramentas podem representar espaços acessíveis para organizar, preservar e difundir o conhecimento científico de forma gratuita, possibilitando a ampliação do alcance das pesquisas científicas para além da comunidade acadêmica.
2.1 Comunicação Científica e Divulgação Científica
A divulgação científica e a comunicação científica são tópicos de grande relevância no contexto acadêmico com implicações diretas na forma como o conhecimento é compartilhado com a sociedade. Embora geralmente sejam usados como sinônimos, esses termos são processos distintos sendo interessante abordar suas diferenças no contexto científico. A seguir, apresentaremos algumas definições com o objetivo de esclarecer um pouco mais sobre a função de cada um desses instrumentos de transmissão do conhecimento científico.
A comunicação Científica, de acordo com Bueno (2010, p.2), “diz respeito à transferência de informações científicas, tecnológicas ou associadas a inovações e que se destinam aos especialistas em determinadas áreas do conhecimento”.
Dessa forma, segundo Queiroz e Araujo (2020), a comunicação científica desempenha um papel essencial na disseminação do conhecimento, permitindo que cientistas, pesquisadores e estudiosos compartilhem suas contribuições com a comunidade acadêmica.
Meadows (1999) afirma que a comunicação científica é indispensável para o avanço da ciência. É vital para a realização das pesquisas, pois o processo de revisão dos pares confere legitimidades aos resultados. A revisão por pares é um processo de avaliação crítica que consiste em enviar o trabalho científico a especialistas da área em questão, mas não participaram ao trabalho. Esse processo garante a qualidade científica de uma pesquisa e a sua adequação à publicação em periódicos ou à apresentação em eventos acadêmicos (Pedri; Araujo, 2021).
Em relação ao público-alvo que se destina a Comunicação Científica, segundo Bueno (p.2, 2010), este é constituído por “os especialistas, ou seja, pessoas que, por sua formação específica, estão familiarizadas com os temas, os conceitos e o próprio processo de produção em ciência e tecnologia (C&T)”. O autor completa que existem dois níveis de comunicação da ciência e tecnologia:
A comunicação intrapares diz respeito à circulação de informações científicas, tecnológicas e de inovação entre especialistas de uma área ou de áreas conexas [...] caracteriza-se por um 1) público especializado; 2)conteúdo específico e 3) código fechado [...]. A comunicação extrapares diz respeito à circulação de informações científicas e tecnológicas para especialistas que não se situam exclusivamente, por formação ou atuação específica, na área objeto da disseminação. Temos ainda, nesse caso, um público especializado, embora não necessariamente em um domínio específico (Bueno, 2009, p. 160 e 161, grifo nosso).
No que se refere ao canal de difusão da comunicação científica, de acordo com Mueller (2006), as revistas indexadas são a principal via de disseminação da ciência. No entanto, além das revistas científicas, existem diversos canais de comunicação científica acessíveis. Alguns dos mais comuns são: anais de eventos, livros acadêmicos; blogs científicos, podcasts científicos, além de redes sociais (Príncipe, 2013).
Em relação à divulgação científica, ou popularização da ciência, Bueno (1985, p. 1421) afirma que ela “compreende a utilização de recursos, técnicas e processos para a veiculação de informações científicas e tecnológicas ao público no geral”.
Segundo Bueno (2010), o público-alvo da divulgação científica é bastante diversificado, e abrange uma ampla gama de pessoas, muitas das quais não possuem formação técnico-científica. Essa audiência é formada principalmente por indivíduos não familiarizados, com terminologias técnicas o que dificulta a interpretação de jargões especializados, e a compreensão dos conceitos que fundamentam o processo de circulação de informações especializadas.
Bueno (2010) acrescenta que, devido à diversidade da audiência da divulgação, a disseminação de informações científicas e tecnológicas para esse grupo requer necessariamente a adaptação ou reformulação da linguagem especializada. Isso envolve o uso de recursos como metáforas, ilustrações ou infográficos, que, embora facilitem a compreensão, podem comprometer a precisão das informações.
A divulgação científica é de fundamental importância pois democratiza o conhecimento produzido e contribui para a chamada alfabetização científica. A divulgação torna a ciência mais clara e compreensível para as pessoas, aumentando assim o interesse e a participação pública na ciência, envolvendo os cidadãos em discursos sobre assuntos especializados. (Bueno, 2010)
A divulgação científica engloba uma diversidade de meios de difusão, como publicações em livros, textos jornalísticos, revistas, rádio, exposições e eventos, além de se estender às mídias sociais, blogs especializados em ciência, produções audiovisuais como vídeos e documentários, animações, podcasts, infográficos, entrevistas e debates. Ela também compreende a interação com a imprensa, cursos e palestras on-line, elaboração de materiais didáticos, programas de extensão universitária, histórias em quadrinhos e até programas de televisão. A divulgação científica abarca um amplo espectro de expressões, com o objetivo de tornar a ciência acessível a diversos públicos, utilizando meios e formatos variados (Bueno, 1985, 2009, 2010, 2018; Jiménez de Las Heras, 2023).
A comunicação científica e a divulgação científica são importantes por razões diversas e desempenham papéis diferentes no processo de produção e difusão do conhecimento científico. Contudo, são complementares e exercem fundamental papel na disseminação e democratização do conhecimento produzido em meio acadêmico.
Na seção a seguir, apresentam-se uma breve contextualização dos repositórios digitais, espaços a serem mapeados nesta pesquisa com a perspectiva de compreender seu papel como local de guarda e difusão de objetos digitais de divulgação científica.
2.2- Repositórios Digitais de Acesso aberto
Para ampliar o acesso à informação científica, surgiu, na década de 90, uma série de iniciativas em prol do acesso aberto ou acesso livre, defendendo, dentre outras pautas, que os resultados de pesquisas financiadas pelo Estado deveriam ser de livre acesso (Kuramoto, 2006).
Conforme destacam Costa e Moreira (2003), essas iniciativas estão imersas em uma "filosofia aberta", que é caracterizada pela adoção de ferramentas, estratégias e metodologias que indicam um novo modelo para representar um processo de comunicação científica igualmente inovador.
Segundo Costa (2006), essa abordagem não apenas configura esse novo modelo, mas também serve como fundamento para sua interpretação. Essa filosofia engloba diversas questões, incluindo o uso de software aberto no desenvolvimento de aplicações computacionais, a utilização de arquivos abertos para garantir interoperabilidade global, e o acesso aberto, visando à disseminação ampla e irrestrita dos resultados da pesquisa científica.
A partir desse marco, conforme apontado por Costa (2006), sucederam-se eventos voltados para o fomento do acesso aberto, destacando-se uma reunião em Budapeste, organizada pelo Open SocietyInstitute (OSI), que estabeleceu duas estratégias essenciais, ambas fundamentadas no uso do protocolo Open Archives Initiative - Protocol for Metadata Harvesting (OAI-PMH). A primeira denominada via verde (“Green Road”) e a segunda via dourada (“Golden Road”.)
Segundo Kuramoto (2007), a via verde está relacionada ao autoarquivamento, pelos autores, de uma cópia de seus papers em um repositório de acesso livre. A via dourada está associada à publicação de artigos em revistas científicas de livre acesso.
De acordo com Baptista et al. (2007), a reunião de Budapeste resultou em um dos documentos mais importantes do movimento de acesso aberto, conhecido como Budapest Open Access Initiative (BOAI). Assim, o acesso aberto foi definido da seguinte forma:
Por "acesso aberto" a esta literatura, queremos dizer sua livre disponibilidade na internet pública, permitindo que qualquer usuário leia, baixe, copie, distribua, imprima, pesquise ou vincule aos textos completos desses artigos, rasteje-os para indexação, passe-os como dados para software, ou os use para qualquer outro propósito legal, sem barreiras financeiras, legais ou técnicas que não sejam aquelas inseparáveis de obter acesso à própria internet. A única restrição à reprodução e distribuição, e o único papel dos direitos autorais neste domínio, deve ser dar aos autores o controle sobre a integridade de seu trabalho e o direito de serem devidamente reconhecidos e citados (Budapest OpenAccess Initiative, 2012).
Valério (2012, p. 158) esclarece a diferenciação terminológica entre acesso livre e acesso aberto, “[...] sendo o último o que requer interoperabilidade, ou o uso de arquivos abertos, além de uma série de serviços, porém não isento de custos. Já o acesso livre, como o próprio nome diz, é o acesso livre de custos ou de barreiras de permissão de uso”.
De acordo com Santos Junior (2010), esse movimento traz então uma forma de retorno ao investimento que a sociedade faz no financiamento de pesquisas desenvolvidas em instituições públicas de pesquisas científicas
Nesse cenário, ocorreu uma grande mudança na disponibilização da informação e favoreceu sistematicamente a criação de repositórios, como mostra o Manifesto brasileiro de apoio ao acesso livre à informação científica do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
A Open Archives Iniciative constitui, portanto, um marco na área de tratamento e disseminação da informação em geral e na área de comunicação científica em especial. Essa iniciativa proporcionou a construção e manutenção de diversos repositórios de acesso livro, assim como o surgimento de diversas ferramentas de software para a construção e manutenção de repositórios, como E-Prints, o Open Journal Systems (OJS), o DSPACE, entre outros (Ibict, 2005).
De acordo com Leite, (2009, p.19), repositórios digitais, no âmbito do acesso aberto, são
[...] os vários tipos de aplicações de provedores de dados que são destinados ao gerenciamento de informação científica, constituindo-se, necessariamente, em vias alternativas de comunicação científica. Cada um dos tipos de repositórios digitais possui funções específicas e aplicações voltadas para o ambiente no qual será utilizado.
Leite (2009) categoriza os repositórios digitais da seguinte forma:
-
Repositórios institucionais: focados na produção intelectual de uma instituição, sobretudo universidades e institutos de pesquisa.
-
Repositórios temáticos ou disciplinares: direcionados a comunidades científicas específicas, concentram-se na produção intelectual de áreas de conhecimento específicas.
-
Repositórios de teses e dissertações dedicados exclusivamente, ao armazenamento dessas obras.
Com isso, esses repositórios representam ferramentas inovadoras, sendo orientados para o meio científico, e agregam a tarefa de divulgar e comunicar os resultados científicos para toda a população.
3 METODOLOGIA
Segundo Minayo (2013, p.14), metodologia é o “caminho do pensamento e a prática exercida na abordagem da realidade”. Ela orienta o processo investigativo, proporcionando uma estrutura para a coleta, análise e interpretação de dados. Este artigo define-se como uma pesquisa qualitativa descritiva, pois, de acordo com Gil (2022), “têm como objetivo a descrição das características de determinada população ou fenômeno”.
Com isso, segue abaixo o percurso metodológico apresentando as etapas dessa pesquisa:
Para o desenvolvimento do percurso metodológico, foi empregada a pesquisa documental que, de acordo com Gil (2022), envolve a análise e interpretação de uma ampla variedade de documentos existentes, produzidos com diferentes propósitos e em diferentes contextos. Essa pesquisa foi utilizada para estabelecer um mapeamento de repositórios digitais de instituições públicas no Brasil (universidades públicas e instituições de pesquisa científica pública), identificando elementos que permitam verificar seu compromisso com a divulgação científica através de seus repositórios digitais.
Para isso, foi utilizado o site do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), para identificar quais repositórios estão contribuindo para a prática de divulgação científica. Essa ferramenta foi utilizada, pois uma das atribuições do Ibict (2012) é realizar “a absorção e personalização de novas tecnologias, repassando-as a outras entidades interessadas na captura, distribuição e preservação da produção intelectual científica e tecnológica”. Desse modo, encontra-se nesse site a lista dos repositórios brasileiros de acesso aberto, contendo material científico
Ao entrar no site do Ibict (2012), foi localiza uma lista com 112 repositórios digitais. Verificou-se que os repositórios informados são de organizações diversas, portanto foram selecionados, para análise, aqueles que são mantidos por universidades públicas e instituições de pesquisa científicas públicas, de acordo com o objetivo desta pesquisa. Assim foram selecionados 71 repositórios.
Na sequência, foram verificados cada um desses 71 repositórios, checando quais têm a disponibilização dos seguintes objetos digitais: textos jornalísticos, revistas ou artigos de divulgação científica, programa de rádio, exposições e eventos, mídias sociais, blogs especializados em ciência, produções audiovisuais como vídeos e documentários, animações, podcasts, infográficos, entrevistas, debates, cursos e palestras on-line, elaboração de material didático (cartilhas, folders e folhetos), programas de extensão universitária, histórias em quadrinhos e programas de televisão. A escolha de tais objetos, de acordo com a literatura, configura meios de divulgação científica. (Bueno, 1985, 2009, 2010, 2018; Jiménez de Las Heras, 2023).
Analisaram-se seções relevantes, como "comunidades e coleções", a fim de identificar aquelas que se destacavam pela divulgação científica ou pela promoção da popularização da ciência. Além disso, foi analisado se os repositórios disponibilizavam metadados adequados para identificar conteúdos relacionados à divulgação científica, incluindo títulos, palavras-chave e tipos de documentos. Também foram utilizados temas relacionados à divulgação científica no campo de pesquisa disponível, como, por exemplo, a busca por vídeos, quadrinhos, jornais, entre outros.
Foram excluídos da pesquisa, repositórios cuja finalidade é disponibilizar materiais predominantemente voltados para atividades de ensino, pois tais conteúdos são de apoio ao processo educacional, não necessariamente estão fazendo a divulgação do conhecimento científico ao público geral. Também, foram excluídos repositórios que armazenavam objetos digitais apenas para a preservação de registros históricos, e não para a efetiva divulgação da ciência ao público geral. Assim, foram desconsiderados repositórios que não apresentavam nenhuma informação explícita sobre objetos de divulgação científica, ou que não ofereciam buscas por tipo de material, comunidades e coleções relacionadas à DC.
Desse modo, foram escolhidos 10 repositórios que disponibilizavam materiais de divulgação científica. A lista dos repositórios escolhidos está detalhada no quadro 1 presente na próxima seção. Também, encontra-se nas próximas seções a síntese e análise dos resultados, seguidas de sugestões de melhorias para o desenvolvimento de coleções de objetos digitais que promovam a divulgação científica.
Com isso, essa pesquisa espera alcançar uma compreensão abrangente sobre o papel dos repositórios digitais na promoção da divulgação científica, e que seus resultados possam servir de base para futuras investigações e para a implementação de melhores práticas na gestão de repositórios digitais.
4 RESULTADOS
Com o intuito de aprimorar a compreensão do fenômeno em estudo e fornecer uma base para as análises subsequentes, apresentamos a seguir o resultado do processo de coleta e análise de dados realizados por meio de pesquisa documental. O objetivo principal deste mapeamento foi identificar repositórios digitais de instituições públicas brasileiras, incluindo universidades e institutos de pesquisa científica, que disponibilizam materiais relacionados à divulgação científica. Essa iniciativa busca evidenciar o compromisso dessas instituições com a democratização do acesso ao conhecimento científico.
Para tanto, observamos a presença de comunidades e/ou coleções específicas voltadas para a divulgação científica, além das opções de busca e acesso dos objetos digitais característicos da popularização da ciência. Dessa forma, apresentamos a seguir um quadro que lista os 10 repositórios identificados, que oferecem alguns materiais voltados para a divulgação científica.
A seguir, apresentamos a verificação dos repositórios digitais elencados, bem como alguns exemplos de objetos, que de acordo com a literatura consultada configuram meios de divulgação científica. Para melhor exemplificação, elaboramos quadros contendo o nome do repositório, as comunidades e/ou coleções onde os objetos digitais de divulgação científica foram encontrados, o título desses objetos e o endereço eletrônico onde esse material está hospedado. Esses exemplos foram escolhidos para ilustrar pelo menos umas das possibilidades oferecidas por cada material de DC presente nos repositórios. É importante ressaltar que esses são alguns exemplos, e que há outros materiais relacionados a esses objetos que podem ser explorados.
Acervo Digital da Universidade Federal do Paraná - UFPR
O Acervo Digital da Universidade Federal do Paraná (UFPR) é um ambiente que armazena diversas bibliotecas digitais que compõem o repositório digital. A seguir exemplo de objetos que podem configurar materiais de DC (Universidade Federal do Paraná, [201-?]).
A pesquisa neste repositório não localizou nenhuma comunidade e ou coleção dedicada especificamente a DC. Contudo, localizaram-se alguns objetos característicos de divulgação científica, utilizando a opção de pesquisa tipo de documento. Ainda assim, a maioria das comunidades e coleções não oferece objetos que contenham características votadas para a popularização da ciência.
Acervo Digital do Inmetro
O Acervo Digital do Inmetro é um portal que facilita o acesso às coleções digitais de documentos gerados pela instituição, com o propósito de ampliar a visibilidade de sua produção intelectual (Inmetro, ([201-?]).
A busca no repositório está dividida nas seguintes opções: áreas temáticas, data, autor, título, assunto e tipo de documento. A seguir, exemplos de materiais localizados.
A pesquisa neste repositório não identificou nenhuma comunidade ou coleção especificamente voltada à divulgação científica. Conforme verificado, este repositório contém algumas iniciativas relacionadas à DC. Para localizar esses materiais foi utilizada a opção de pesquisa tipo de documento. Contudo, observou-se que essas iniciativas são isoladas sem uma organização clara em coleções ou comunidades voltadas a esse fim.
ALICE - Repositório Acesso Livre à Informação Científica da Embrapa
O Repositório Alice da Embrapa é uma plataforma que reúne, organiza, armazena e dissemina informações científicas completas, contribuindo para ampliar o impacto dos resultados de pesquisa. O repositório organiza as publicações digitais em comunidades que representam unidades da Embrapa em todo o Brasil (Embrapa ([2011]a).
O sistema, também, permite a navegação em sua plataforma por ano de publicação, autor, editor, título, assunto e tipo. Abaixo são apresentados alguns exemplos de coleções que continham materiais considerados de divulgação científica, objeto de interesse deste trabalho.
Na análise deste repositório, não foram encontradas comunidades ou coleções dedicadas exclusivamente à popularização da ciência. Para identificar os objetos, realizou-se uma busca na opção tipo de material. Nesse processo, foram encontrados materiais como artigos de mídia e filmes, indicando que o repositório contém alguns objetos relacionados à divulgação científica.
Arca Repositório Institucional da Fundação Oswaldo Cruz
O Arca - Repositório Institucional da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) desempenha a função de consolidar, abrigar, disponibilizar e promover a visibilidade da produção intelectual da instituição. (Fiocruz, [2011]). Abaixo são apresentados alguns exemplos de coleções que continham materiais considerados como divulgação científica.
Conforme representado no quadro, foram identificados alguns materiais voltados para a DC. Para localização desses materiais foi utilizado a busca por tipo de documento. Observa-se que as iniciativas localizadas ocorrem de forma isolada, sem uma estruturação clara em coleções ou comunidades dedicadas à divulgação científica.
Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas - CBPF INDEX
O repositório CBPF INDEX é um sistema de acompanhamento da produção científica e tecnológica do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF). As coleções disponíveis para pesquisa nesse repositório são: projetos CBPF, publicações e eventos (Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, 2004).
Dentro de cada temática, a organização é feita por tipo de documento. Na temática “publicações” foi encontrado o tipo “artigo de divulgação científica”. Abaixo, um exemplo de material considerado como divulgação científica, objeto de interesse deste trabalho.
Apesar de não conter uma comunidade e ou coleção específica de DC, esse repositório oferece um meio de divulgação científica de maneira clara: “Artigo de Divulgação científica”. Porém, esse repositório ainda apresenta limitações quanto à abrangência e à diversidade dos tipos de documentos que compõem a divulgação científica.
Repositório de Informação Tecnológica da Embrapa (Infoteca-e)
O serviço de Informação Tecnológica em Agricultura (Infoteca-e) compila e disponibiliza informações sobre as tecnologias desenvolvidas pela Embrapa, nas áreas de pesquisa de suas unidades. Suas coleções consistem em materiais produzidos internamente, como cartilhas, livros para transferência de tecnologia, programas de rádio e televisão, apresentando uma linguagem adaptada para facilitar a compreensão de produtores rurais, extensionistas, técnicos agrícolas, estudantes e professores de escolas rurais, cooperativas e demais setores da produção agrícola (Embrapa, [2011]b). A seguir, alguns exemplos de matérias de DC contidos no repositório.
Apesar de não haver uma comunidade e ou coleção relacionada à DC, foi identificada uma variedade significativa de materiais com potencial para divulgação científica. Esses foram localizados na opção de busca por tipo de documento.
LUME Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
O Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) é um portal que permite o acesso às coleções digitais produzidas pela universidade e a outros documentos relevantes, seja pela sua abrangência ou significado histórico, consolidando a preservação e a disseminação institucional (Universidade Federal do Rio Grande do Sul [2016]).
O repositório permite buscas por meio dos seguintes metadados: coleções e comunidades, ano, autor, assunto e tipo. Procedeu-se à busca por tipo de documento e seguem alguns exemplos encontrados.
Ao analisar o repositório, verificou-se a presença de algumas iniciativas relacionadas à divulgação científica. Contudo, nota-se que essas iniciativas são isoladas sem uma organização clara em coleções ou comunidades voltadas para a DC.
Mineralis Repositório Institucional do Centro de Tecnologia Mineral
O repositório Mineralis se dedica a coleta, preservação e distribuição de material digital do Centro de Tecnologia Mineral (CETEM), em conformidade com os princípios da segurança da informação (Centro de Tecnologia Mineral, [201-?]). A seguir estão alguns exemplos dos materiais identificados que se enquadram na categoria de DC.
Conforme apresentado no quadro, foram identificados alguns materiais voltados para a divulgação científica. No entanto, observa-se que essas iniciativas acontecem de maneira isolada, sem uma organização clara em coleções ou comunidades específicas para a popularização da ciência.
Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense
O Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) é uma plataforma que visa reunir, armazenar, preservar, divulgar e garantir acesso à produção acadêmica e científica da universidade. (Universidade Federal Fluminense, [201-?]).
A página inicial do repositório destaca as opções de pesquisa, abrangendo comunidades e coleções, data do documento, autores, títulos, tipo de publicação, assuntos, submissões recentes, COVID-19 e e-books.
Para investigar a existência de materiais de divulgação científica, foram examinados os tipos de documentos contidos no repositório. A seguir alguns exemplos de materiais que podem ser reconhecidos como voltados à DC.
Este repositório contém iniciativas relacionadas à DC. Entretanto, observou-se que essas iniciativas são isoladas sem uma organização clara em coleções ou comunidades voltadas a esse fim.
Repositório Institucional da Universidade Federal de Sergipe (RIUFS)
O Repositório Institucional da Universidade Federal de Sergipe (RIUFS) é uma iniciativa dedicada a reunir, disseminar e preservar a produção acadêmica e científica gerada pelos diferentes setores da universidade (Universidade Federal de Sergipe, [201-?]).
O portal disponibiliza diversas opções de busca, possibilitando localizar informações por meio de comunidades e coleções, autores, título, assunto, programa de pós-graduação e departamento. Ao pesquisar a presença de materiais de Divulgação Científica, foram analisadas as comunidades e coleções disponíveis no repositório, bem como os tipos de documentos nelas contidos. A seguir alguns exemplos de materiais que podem ser identificados como DC.
Evidencia-se a existência de alguns materiais relacionados à divulgação científica, no entanto, nota-se que essas iniciativas são isoladas sem uma organização clara em coleções ou comunidades voltadas para a DC.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a verificação dos repositórios digitais das organizações públicas que realizam pesquisa científica, notamos que a maior parte dessas ferramentas não oferece conteúdo destinado à divulgação científica para o público geral. As iniciativas dos repositórios digitais em promover os objetos de divulgação científica de maneira explícita e sistematizada são poucas e tímidas. E, por mais que alguns repositórios ofereçam materiais que tangenciem a divulgação científica, eles carecem de uma estrutura dedicada e eficiente para tornar essas informações mais claras, organizadas e acessíveis ao público de especialistas e não especialistas.
Apesar de haver alguns materiais com essas características, a percepção predominante é que tais recursos parecem estar mais voltados para atender a uma necessidade de guarda institucional e ou fomentar a tarefa de ensino do que efetivamente promover a popularização da ciência para o público em geral.
Contudo, é notável que alguns repositórios estejam atentos a essa questão da democratização do seu conteúdo para um público extenso. Entretanto as informações não estão armazenadas de maneira clara e intuitiva para atender esse público. Percebe-se a necessidade um conhecimento prévio sobre estratégias avançadas de pesquisa para localizar um objeto digital que caracterize a divulgação científica.
Isso sugere uma lacuna notável entre a disponibilidade de materiais relacionados à divulgação científica e a efetiva democratização do conhecimento científico por meio dessas plataformas digitais.
Para superar esses obstáculos é necessário prestar atenção a alguns quesitos para promover a democratização científica através dos repositórios:
-
Desenvolvimento de comunidades e coleções exclusivas de divulgação científica: essas seções devem ser facilmente localizadas nos repositórios, e serem organizadas de forma a atrair a atenção do grande público;
-
Selecionar metadados para identificar objetos digitais que possam funcionar como conteúdo de divulgação científica;
-
Linguagem acessível: é necessária a utilização de uma linguagem clara e acessível nos objetos de divulgação científica, evitando jargões técnicos que dificultem a compreensão do público não especializado. Tanto na descrição dos objetos, quanto na atribuição de palavras-chave;
-
Investimento em treinamento para os responsáveis pelo desenvolvimento do repositório: investir na capacitação de bibliotecários e ou pessoas responsáveis pelo conteúdo dos repositórios para que possam identificar, organizar e disponibilizar materiais de divulgação científica de maneira mais eficiente e atraente;
-
Investimento na divulgação do repositório. Promover ações para divulgar a existência dos repositórios e atrair o grande público;
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Acessibilidade: garantir a acessibilidade dos materiais disponíveis para incluir todos os públicos.
Os repositórios digitais de acesso aberto surgem como uma estratégia eficaz para difundir o conhecimento produzido por instituições de pesquisa e universidades, permitindo que diversas pessoas tenham acesso à informação científica. Por isso, é interessante adotar boas práticas de divulgação científica nessas plataformas para auxiliar na democratização do conhecimento científico para toda a sociedade.
Reconhecimentos:
Os autores gostariam de agradecer a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.
REFERÊNCIAS
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Financiamento:
Este estudo foi parcialmente financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES), Código financeiro 001.
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Aprovação ética:
Não aplicável.
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Disponibilidade de dados e material:
Não aplicável.
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Imagem:
Extraída do Lattes
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JITA:
HS. Repositories.
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ODS:
4. Educação de qualidade
Disponibilidade de dados
Não aplicável.
Datas de Publicação
-
Publicação nesta coleção
12 Maio 2025 -
Data do Fascículo
2025
Histórico
-
Recebido
24 Out 2024 -
Aceito
10 Jan 2025 -
Publicado
16 Jan 2025




Fonte: As autoras

