RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS
A dor neuropática está presente em 37 a 55% dos casos de lombociatalgia, a dor neuropática está relacionada com dor mais intensa, comorbidades mais graves e piora da qualidade de vida. Além disso, os custos são 67% maiores quando comparada a outras etiologias. O objetivo deste artigo foi fazer uma revisão sobre este tema que causa impacto importante na qualidade de vida dos pacientes.
CONTEÚDO
A dor irradiada para o membro inferior pode ser de origem radicular ou referida. Os trajetos de irradiação para o membro inferior de raízes lombares e de pontos-gatilhos miofasciais podem ser muito parecidos, como a raiz L5 e ponto-gatilho do glúteo mínimo. Assim, é essencial a utilização de um instrumento para avaliação da dor neuropática, como: Douleur neuropathique 4 questionnaire, Leeds Assessment of Neuropathic Symptoms and Signs Pain Scale e Pain DETECT. Os dados da anamnese e do exame físico devem formular hipóteses diagnósticas, que devem ser confirmadas com os exames complementares quando necessário. As diretrizes para o tratamento da dor neuropática consideram como primeira linha: anticonvulsivantes (gabapentina e pregabalina), antidepressivos tricíclicos (amitriptilina, imipramina, clomipramina e nortriptilina), inibidores seletivos da receptação de serotonina e de noradrenalina (duloxetina e venlafaxina). As medicações de segunda linha são: emplastros de lidocaína a 5% em dor neuropática localizada e os opioides. O tratamento cirúrgico da radiculopatia lombar deve ser indicado quando existir limitação ou baixa eficácia no tratamento conservador multimodal.
CONCLUSÃO
Na lombalgia o diagnóstico do componente neuropático é fundamental. O tratamento multimodal é imperativo, assim como outras estratégias para reabilitar e melhorar a qualidade de vida do paciente.
Descritores:
Ciática; Doenças da coluna vertebral; Dor lombar; Dor nas costas; Neuralgia; Pontos-gatilho