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Modelos experimentais para o estudo da dor neuropática

RESUMO

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:

Os modelos ideais deveriam reproduzir apenas déficits sensitivos, como alodínea, hiperalgesia e dor espontânea por curtos períodos de tempo. Existem diversos tipos de modelos animais, que avaliam as diversas etiologias e manifestações da dor neuropática. Alguns modelos estudam os mecanismos periféricos e outros estudam mecanismos centrais da dor neuropática. Esta revisão enfoca os modelos animais mais comumente utilizados para pesquisa em dor neuropática.

CONTEÚDO:

São descritos modelos animais baseados em ligadura de nervos periféricos que são mais comumente empregados. De todos os modelos descritos nesta revisão, a lesão poupadora de nervo é aquela que produz anormalidades comportamentais mais reprodutíveis, por um período mais longo, ao passo que a constrição crônica do ciático produz sinais comportamentais de neuropatia dolorosas menos previsíveis. Hemisecção espinhal e lesão espinhal induzida por citocinas são os modelos de escolha para estudar mecanismos de dor central. Outros modelos específicos são utilizados para estudo da etiologia específica da condição dolorosa.

CONCLUSÃO:

Como a dor neuropática é multifatorial, diferentes modelos animais de dor neuropática foram desenvolvidos ao longo dos anos que têm sido fundamentais para o estudo da dor neuropática, uma vez que muito do conhecimento atual provém de estudos em ratos e camundongos. São necessários maiores refinamentos nos modelos animais atualmente empregados e mais esforços para determinar quais modelos animais podem ser mais preditivos, com menos vieses e com parâmetros de análises mais complexos e objetivos.

Descritores:
Dor neuropática; Modelos experimentais de dor neuropática

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