O ficar é um relacionamento afetivo bastante popular entre os adolescentes e caracteriza-se por ser breve, passageiro, imediatista, volátil e descompromissado. Análises comparativas demonstram que o ficar obedece à mesma lógica que rege outros relacionamentos. Seu caráter provisório e efêmero está presente, por exemplo, na abreviação dos vínculos empregatícios e na rarefação de relacionamentos outrora sólidos e duradouros tais como os de vizinhança e familiais. Vive-se hoje uma condição de aceleração do tempo, alargamento de espaço e movimentação humana sem precedente, impeditiva de vinculações psicossociais estáveis e prolongadas em todos os planos da vida: do amor ao trabalho.
Ficar; adolescência; Relacionamento; Afetividade; Contemporaneidade