Quanto aos fatores de risco |
a) Apurar o desconhecimento do paciente e a falta de informação sobre a doença, tratamento e os cuidados a serem utilizados. |
II |
b) Avaliar os fatores de risco para NF, como idade avançada, NF anterior, radioterapia e/ou QT prévia, comorbidades associadas, hospitalizações anteriores, câncer agressivo ou metastático, manipulação de cateteres, sistema imunológico debilitado, baixos níveis de albumina, doenças hematológicas (leucemias, linfomas ou outras doenças da medula óssea). |
II |
c) Avaliar quesitos, como bem-estar psicossocial, estilo de vida, funções orgânicas (função renal, hepática, cardíaca); recuperação da atividade medular, pessoas submetidas à TCTH, recentemente, SRIS e instabilidade hemodinâmica. |
II |
d) Atentar para a manipulação de cateteres de forma adequada, principalmente os cateteres semi-implantáveis (mais susceptíveis a apresentar infecção do que os cateteres totalmente implantáveis. |
VI |
e) Atentar para higienização das mãos e equipamentos, que podem ser canais de transmissão de patógenos para os pacientes oncológicos. |
II |
f) Orientar os pacientes a evitar locais fechados com aglomerados de pessoas e indivíduos com enfermidades contagiosas. |
VI |
Quanto à prevenção |
a) Observar o uso de G-CSFs, principalmente no primeiro ciclo de QT, uma vez que diminui a incidência, duração e gravidade de hospitalizações por NF ou outras complicações neutropênicas, além de minimizar as reduções nas doses de QT e possíveis atrasos. Recomendado para pacientes com mais de 65 anos de idade; infiltração medular; feridas abertas; infecções ativas ou outras comorbidades graves; que receberam tratamento prévio extenso ou QT e radioterapia combinada; receberam um regime de QT com documentada taxa de NF superior a 20%. |
II |
b) Atentar para administração adequada de G-CSFs por via subcutânea. O medicamento deve ser iniciado a partir de 24 horas após a QT e repetido a cada 24 horas. Quando o G-CSF é utilizado em doentes tratados com regimes semanais de QT, deve ser interrompido 24 horas antes do próximo tratamento. Uma vez que o G-CSF tenha sido usado em 1 ciclo, precisa ser usado em todos os ciclos subsequentes da mesma forma. |
VI |
c) Avaliar continuamente os fatores de risco para NF pós-quimioterapia. |
IV |
d) Orientar os pacientes e familiares sobre a importância da higienização das mãos e desinfecção dos materiais. |
II |
e) Realizar consulta de enfermagem ambulatorial (oferecer aos pacientes uma educação tangível, para reforçar cuidados pós QT para prevenir a NF, risco de sepse e esclarecer as dúvidas dos pacientes). |
IV |
f) Agendar, periodicamente, os exames laboratoriais para os pacientes após QT para avaliar o sistema imunológico, explicando a necessidade de sua realização para dar continuidade ao tratamento QT. |
IV |
g) Aconselhar o paciente a recorrer sempre que necessário ao Telenursing (utilizar a tecnologia para prestar orientações aos pacientes, principalmente aqueles de regiões distantes/utilizar uma comunicação adequada para não gerar erros). Esse recurso permite uma proximidade de profissional e paciente, proporciona integração, proteção e segurança. |
IV |
h) Observar a ocorrência e iniciar tratamento imediato para vômitos, mucosite, diarreia que são fatores predisponentes ao aparecimento de infecção, podendo contribuir para a NF. |
IV |
Quanto ao manejo |
a) Solicitar o início da antibioticoterapia em até 1 hora para garantir efeitos positivos no tratamento, evitar possíveis problemas organizacionais, como atraso quanto ao preenchimento da prescrição, problemas no sistema com formulário específico, atrasos na transferência do serviço de emergência para a unidade de internação, problemas com o processo de farmácia, ou atraso na administração do medicamento. |
VII |
b) Realizar coleta de exames, se neutrófilos for inferior a 500mm3, com temperatura superior a 38,0°C e o paciente recebeu QT nos últimos 14 dias. Coletar amostras de hemocultura e urina (conforme protocolo institucional) e, encaminhá-las ao laboratório em caráter de urgência e iniciar o antibiótico. Exames para função renal, hepática, urocultura (SN) colprocultura (SN) exames de imagem radiologia, ultrossonografia, tomografia. Cultura de outros sítios, como cateteres. |
VI |
c) Avaliar o antibiótico usado, nos casos de baixo risco (antibioticoterapia oral). Em casos de alto risco, os pacientes devem ser internados e irão utilizar antibióticos endovenosos. |
IV |
d) Realizar rastreio de sepse precoce, avaliação da fonte, administração oportuna de antibióticos apropriado e manejo de perfusão. A febre deve ser reconhecida como uma emergência e deve ser usado antibióticos prontamente, para prevenir sepse, choque séptico e morte. |
V |
e) Atentar para o G-CSF humano recombinante que estimula a proliferação de células progenitoras da medula óssea e sua diferenciação em células sanguíneas funcionais, o que auxilia na recuperação do paciente com neutropenia. O G-CSF pode ser administrado para pacientes que estão em um episódio de NF ("profilaxia secundária"). As recomendações incluem o início do tratamento com CSFs 24 horas após a administração da QT. |
VI |
f) Monitorar o estado nutricional e aconselhar pacientes a não ingerir alimentos crus, se o seu neutrófilo for inferior a 500/ mm3 (pacientes neutropênicos devem evitar alimentos crus devido à presença de bactérias em alimentos, devem evitar: produtos lácteos crus, ervas, mel, frutas e legumes frescos, carnes frias e queijos e água de proveniente de poços. Portanto, incluir alimentos bem cozidos em suas refeições). |
VI |
g) Avaliar sinais e sintomas, grau de NF que o paciente está (grau zero - 2,000mm3 ou superior, grau 1 - 1.500 a 1.999mm3, grau 2 - 1.000 a 1.499mm3, grau 3 - 500 a 999mm3 e grau 4 - menor que 500mm3) e monitorar sinais vitais de 4/4 horas ou sempre que necessário de acordo com seu quadro clínico utilizando aparelhos exclusivamente para os pacientes com NF ou realizar a desinfecção dos aparelhos para evitar contaminação cruzada. |
VI |
h) Realizar higienização das mãos, preparar os materiais necessários para o procedimento, realizar a fricção do hub do cateter com antissépticos (clorexidine alcoólica 0,5% ou álcool a 70%). Acessar cateteres somente com dispositivos estéreis. Realizar a troca de curativo do cateter totalmente implantável a cada 7 dias em caso de filme transparente e realizar a substituição de curativos nos casos de sujidade, úmido ou afrouxado. |
VI |
Quanto ao manejo específico para a pediatria |
a) Atentar para dosagem de antibióticos, pois a maioria são fracionados, devem ser colocados em equipo com câmara graduada e/ou uso da bomba de infusão que permitem a infusão de medicamentos na dosagem e tempo adequado. |
VII |
b) Avaliar as questões psicossociais da criança e apoio familiar (a presença dos pais auxilia durante o tratamento). Proporcionar um local agradável, criativo, silencioso para sua recuperação. |
VII |
c) Estabelecer diálogo com a criança, com uma linguagem de fácil entendimento e adaptada a sua idade. Saber ouvir seus questionamentos atenciosamente. |
VII |
d) Realizar a seleção de equipamento apropriado para as crianças, como é o caso dos equipos e extensores, micropores, talas. |
VII |
Quanto as recomendações à equipe de enfermagem |
a) Promover a qualificação permanente dos profissionais da equipe de enfermagem para prevenir e reconhecer possíveis complicações relacionados à NF, como sepse, pneumonia e celulite. |
IV |
b) Frisar sobre a importância da higienização das mãos antes da preparação e administração de medicamentos, punções, manipulação de cateteres. |
II |
c) Fornecer educação ao paciente sobre a doença, a NF e os cuidados pós QT. |
IV |
d) Instruir pacientes e familiares para os cuidados no domicílio, quando aferir a temperatura, sinais e sintomas que devem ser relatados a um profissional de saúde (por exemplo: febre, calafrios, sangramento, dor persistente mesmo com uso de medicamentos prescritos). |
IV |
e) Avaliar o paciente antes do tratamento QT (investigação e diagnósticos de enfermagem), a fim de elaborar intervenções pertinentes (realizar consulta de enfermagem periodicamente). |
IV |
f) Estimular os enfermeiros a discutir a necessidade de suporte hematopoético com outros membros da equipe de saúde. |
V |
g) Avaliar o risco de NF a fim de conceber planos de cuidados de apoio, considerando-se o potencial mielossupressor do regime de tratamento. |
IV |
h) Utilizar uma abordagem baseada em evidências para o cuidado de enfermagem. |
IV |
i) Documentar os resultados e a resposta ao tratamento antes do próximo ciclo de QT a ser administrado. |
IV |
j) Monitorar possíveis complicações dos pacientes, especialmente idosos, crianças e indivíduos com maior probabilidade de se tornarem mielossuprimido. |
IV |