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Conexões e interlocuções entre autoimagem, autoestima, sexualidade ativa e qualidade de vida no envelhecimento

RESUMO

Objetivo:

refletir sobre a conexão entre autoimagem, autoestima, sexualidade ativa e qualidade de vida no envelhecimento; e quais os instrumentos de mensuração encontrados na literatura brasileira e internacional, que abordam de forma interligada as conexões referidas no objetivo geral.

Método:

ensaio teórico-reflexivo.

Resultados:

a reflexão foi descrita nos eixos condutores: Conexões entre autoimagem, autoestima, sexualidade ativa e qualidade de vida no envelhecimento; Interlocuções e instrumentos de mensuração da conexão entre sexualidade e envelhecimento. Instrumentos na literatura brasileira e internacional não conseguem abordar de forma interligada a referida temática. Apresentam-se limitações e desvantagens de aplicação com idosos.

Considerações finais:

a realização de pesquisas qualitativas e a validação de instrumentos quantitativos que evidenciem as conexões e interlocuções, sem estigmas e repreensões, comuns nessa faixa etária, deve ser estimulada no campo científico e nos espaços sociais.

Descritores:
Sexualidade; Idoso; Questionários; Autoestima; Autoimagem

ABSTRACT

Objective:

to reflect on the connection between self-image, self-esteem, active sexuality, and quality of life in ageing; identify which measurement instruments in Brazilian and international literature interconnectively address the connections referred to in the general objective.

Method:

a theoretical-reflexive essay.

Results:

the reflection was described in the guiding axes: Connections between self-image, self-esteem, active sexuality, and quality of life in ageing; Interlocutions and instruments for measuring the connection between sexuality and ageing. Instruments in Brazilian and international literature are unable to address this topic in an interconnected way. Limitations and disadvantages of application with elderly individuals are presented.

Final considerations:

carrying out qualitative research and validating quantitative instruments that show connections and interlocutions, without stigmas and reprimands, common in this age group, should be encouraged in the scientific field and in social spaces.

Descriptors:
Sexuality; Aged; Questionnaires; Self-Esteem; Self Concept

RESUMEN

Objetivo:

reflexionar sobre la conexión entre la autoimagen, la autoestima, la sexualidad activa y la calidad de vida en el envejecimiento; y qué instrumentos de medición se encuentran en la literatura brasileña e internacional, que abordan de manera interconectada las conexiones mencionadas en el objetivo general.

Método:

ensayo teórico-reflexivo.

Resultados:

la reflexión se describió en los ejes rectores: conexiones entre la autoimagen, la autoestima, la sexualidad activa y la calidad de vida en el envejecimiento; Interlocuciones e instrumentos para medir la conexión entre sexualidad y envejecimiento. Los instrumentos de la literatura brasileña e internacional no pueden abordar este tema de manera interconectada. Existen limitaciones y desventajas de la aplicación con los ancianos.

Consideraciones finales:

la realización de investigaciones cualitativas y la validación de instrumentos cuantitativos que muestren las conexiones e interlocuciones, sin estigmas y amonestaciones, comunes en este grupo de edad, deben fomentarse en el campo científico y en los espacios sociales.

Descriptores:
Sexualidad; Anciano; Cuestionarios; Autoestima; Autoimagen

INTRODUÇÃO

Estado da Arte

As constantes mudanças sociais e epidemiológicas no Brasil impõem aos profissionais de saúde a pensar continuamente em estratégias que viabilizem respostas as demandas do cuidado, surgidas nos mais diferentes cenários de atenção. Observando-se especificamente a área da Atenção à Saúde do Idoso, por meio dos indicadores sociais e demográficos, que a estrutura etária do país está mudando e que o grupo de idosos é, hoje, um contingente populacional expressivo em termos absolutos e de crescente importância relativa no conjunto da sociedade brasileira, decorrendo uma série de novas exigências e demandas em termos de políticas públicas de saúde e inserção ativa dos idosos na vida social(11 Vieira KFL. Sexualidade e qualidade de vida do idoso: desafios contemporâneos e repercussões psicossociais[Tese][Internet]. João Pessoa. Universidade Federal da Paraíba/Universidade Federal do Rio Grande do Norte 2012 [cited 2019 May 31]. Available from: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/tede/6908
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).

O processo de envelhecimento envolve múltiplas dimensões, que dão um caráter complexo ao fenômeno, cuja tentativa de compreensão por uma única ótica torna o seu entendimento fragmentado. É inevitável não imaginar o corpo que envelhece associado a estigmas e preconceitos, como o aparecimento de doenças, limitações físicas, necessidade de cuidado e apoio social, bem como interrupção dos relacionamentos sociais e restrição em papéis sociais e especialização cognitiva(22 Viscardi AAF, Correia PMS. Questionários de avaliação da autoestima e/ou da autoimagem: vantagens e desvantagens na utilização com idosos. Rev Bras Qual Vida [Internet]. 2017[cited 2019 May 31];9:261-80. Available from: https://periodicos.utfpr.edu.br/rbqv/article/view/5845/4574
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).

Apesar de o envelhecimento ser parte do desenvolvimento humano e do fato de a população brasileira estar cada vez mais composta por muitas pessoas idosas, observa-se que as temáticas relacionadas à velhice, em termos investigativos no país, ainda são consideradas recentes, principalmente dos pontos de vista científico e social(11 Vieira KFL. Sexualidade e qualidade de vida do idoso: desafios contemporâneos e repercussões psicossociais[Tese][Internet]. João Pessoa. Universidade Federal da Paraíba/Universidade Federal do Rio Grande do Norte 2012 [cited 2019 May 31]. Available from: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/tede/6908
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).

Vale ressaltar que o envelhecimento é um processo individual, onde cada pessoa vivencia situações comuns, mas com diferentes maneiras de lidar. O idoso que envelhece bem é aquele que se adapta com sucesso a uma variedade de estressores esperados e inesperados. Esses estressores são inerentes à vida, a situações, sentimentos e a toda gama de experiências vivenciadas. Essa adaptação bem-sucedida está ligada às suas próprias avaliações sobre o seu estado geral de saúde. Além de considerar propriamente a doença, os idosos levam em conta, também, sua percepção subjetiva(33 Feliciano A, Galinha S. Percepções dos idosos sobre a sexualidade em idades avançadas: estudo exploratório. Santarém (PA): Rev UIIPS[Internet]. 2017 [cited 2019 May 31];5(3):160-9. doi: 10.25746/ruiips.v5.i3.14532
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).

É preciso buscar uma nova compreensão do envelhecimento, pois, em sua grande maioria, as pessoas não se preparam para este momento. Socialmente, há um querer viver muitos anos, mas não há um querer ficar velho(44 Vieira KFL, Coutinho MPL, Saraiva ERA. A sexualidade na velhice: representações sociais de idosos frequentadores de um grupo de convivência. Psicol Cien Prof. 2016;36(1):196-209. doi: 10.1590/1982-3703002392013
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).

A velhice consiste no fato de que ela não é um estado, mas um constante e sempre inacabado processo de subjetivação. Pode-se dizer que, na maior parte do tempo, não existe um ser envelhecido, mas um ser envelhecendo. Esse conceito nos aproxima de um dos mais novos termos utilizados para definir o processo de envelhecimento: o conceito de envelhescência. Trata-se de um termo popular, definido como uma preparação do adulto para a velhice, assim como a adolescência é uma preparação para a fase adulta. O envelhescente seria o indivíduo que vivência as etapas do envelhecimento(11 Vieira KFL. Sexualidade e qualidade de vida do idoso: desafios contemporâneos e repercussões psicossociais[Tese][Internet]. João Pessoa. Universidade Federal da Paraíba/Universidade Federal do Rio Grande do Norte 2012 [cited 2019 May 31]. Available from: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/tede/6908
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).

Abordar o envelhecimento sob diferentes ângulos e também com novos estudos evidencia o preconceito contra velhice, que ocorre em diferentes espaços e de diferentes formas, e o desconhecimento acerca das questões que envolvem o processo da envelhescência na abordagem cultural fazendo ressaltar estereótipos e percepções dos mesmos e dos outros a seu respeito e sobre o que se salienta como sendo os papéis dos idosos(44 Vieira KFL, Coutinho MPL, Saraiva ERA. A sexualidade na velhice: representações sociais de idosos frequentadores de um grupo de convivência. Psicol Cien Prof. 2016;36(1):196-209. doi: 10.1590/1982-3703002392013
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)).

A primeira vivência da velhice se dá no corpo e no próprio olhar. Ao olhar-se no espelho, ela se revela, causa medo e espanto(33 Feliciano A, Galinha S. Percepções dos idosos sobre a sexualidade em idades avançadas: estudo exploratório. Santarém (PA): Rev UIIPS[Internet]. 2017 [cited 2019 May 31];5(3):160-9. doi: 10.25746/ruiips.v5.i3.14532
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).

O corpo, por si só, não revela como atributo a velhice, mas uma vez que passa a ser estigmatizada, a velhice se instala no corpo, causando inquietação no indivíduo que envelhece. Uma avaliação estigmatizante e preconceituosa é a razão da abominação do indivíduo que envelhece diante de seu próprio corpo. Dessa forma, é fundamental examinar os meios particulares de como isso acontece em diferentes sociedades, incluindo o papel das imagens sobre as percepções do corpo e o modo pelo qual a construção da identidade depende dessa percepção(44 Vieira KFL, Coutinho MPL, Saraiva ERA. A sexualidade na velhice: representações sociais de idosos frequentadores de um grupo de convivência. Psicol Cien Prof. 2016;36(1):196-209. doi: 10.1590/1982-3703002392013
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).

O conceito de imagem corporal pode ser definido como a experiência psicológica de alguém sobre a aparência e o funcionamento do seu corpo(22 Viscardi AAF, Correia PMS. Questionários de avaliação da autoestima e/ou da autoimagem: vantagens e desvantagens na utilização com idosos. Rev Bras Qual Vida [Internet]. 2017[cited 2019 May 31];9:261-80. Available from: https://periodicos.utfpr.edu.br/rbqv/article/view/5845/4574
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). É, também, a maneira pela qual nosso corpo aparece para nós mesmos, correspondendo à nossa representação mental do próprio corpo. Enxergar o envelhecimento pelos olhos daquele que envelhece é uma forma de ver, considerar os aspectos individuais e compreender que há formas diferentes de ver a velhice e o processo de condução a ela. Muitos idosos rejeitam o próprio envelhecimento em virtude da imagem que fazem de si mesmos, desenvolvendo sentimento de autodesvalorização e de baixa autoestima, com grande impacto na sua qualidade de vida(33 Feliciano A, Galinha S. Percepções dos idosos sobre a sexualidade em idades avançadas: estudo exploratório. Santarém (PA): Rev UIIPS[Internet]. 2017 [cited 2019 May 31];5(3):160-9. doi: 10.25746/ruiips.v5.i3.14532
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).

A passagem do tempo, em muitas das experiências humanas, é vivenciada com desconcerto. Nela, o indivíduo não reconhece em si as metamorfoses advindas, passo a passo com a senescência ou envelhescência; reconhece-as no outro; é o outro que envelhece. Mas, com surpresa, não mais que de repente, ele vê sua velhice no olhar do outro, que tal como um espelho, lhe retorna aquele “estrangeiro” no qual se tornou(33 Feliciano A, Galinha S. Percepções dos idosos sobre a sexualidade em idades avançadas: estudo exploratório. Santarém (PA): Rev UIIPS[Internet]. 2017 [cited 2019 May 31];5(3):160-9. doi: 10.25746/ruiips.v5.i3.14532
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).

O corpo idoso já não possui a beleza esteticamente padronizada do corpo jovem, mas tem a vivência madura das emoções. Por isso, a época da velhice deve ser um tempo de maturidade e participação. Caso isto não ocorra, o idoso tende a não aceitar desafios, a não oferecer reações, acarretando fatalmente a diminuição da oportunidade de mudanças comportamentais e aquisição de atitudes mais condizentes com o meio sociocultural(44 Vieira KFL, Coutinho MPL, Saraiva ERA. A sexualidade na velhice: representações sociais de idosos frequentadores de um grupo de convivência. Psicol Cien Prof. 2016;36(1):196-209. doi: 10.1590/1982-3703002392013
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).

Nessa perspectiva, são também reconhecidos os efeitos potencializadores das vivências e, entre elas, as sexuais, uma vez que a sexualidade pode ser compreendida como uma das atividades que mais contribuem positivamente para a qualidade de vida, mas representa algo próprio e quase exclusivo dos jovens saudáveis e fisicamente atraentes. Se há dificuldades para abordar o envelhecimento, principalmente por suas ambiguidades, vários discursos, consensos e discordâncias, abordar sexualidade no envelhecimento torna-se mais ainda desafiador(44 Vieira KFL, Coutinho MPL, Saraiva ERA. A sexualidade na velhice: representações sociais de idosos frequentadores de um grupo de convivência. Psicol Cien Prof. 2016;36(1):196-209. doi: 10.1590/1982-3703002392013
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).

Este estudo se baseia em que, diante da revisão de leituras sobre envelhecimento, autoimagem, autoestima, sexualidade ativa e qualidade de vida, é nítida a escassez de estudos que desenhem um diálogo entre esses aspectos, e de forma específica ao “indivíduo envelhescente” sexualmente ativo.

OBJETIVOS

Refletir sobre a conexão entre autoimagem, autoestima, sexualidade ativa e qualidade de vida no envelhecimento; e quais os instrumentos de mensuração encontrados na literatura brasileira e internacional que abordam de forma interligada as conexões referidas no objetivo geral.

MÉTODO

Trata-se de um ensaio teórico de cunho reflexivo, originado de estudos e discussões pertinentes ao Programa de Pós-Graduação em Atenção à Saúde, nível Doutorado, da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, desde a participação nas disciplinas cursadas e grupos de pesquisa, com início em janeiro de 2017 até maio de 2019.

As reflexões aqui propostas derivaram de embasamento teórico-prático à luz da literatura nacional e internacional, pertinente ao tema e à experiência das autoras na prática, no ensino e na pesquisa nas áreas da saúde do idoso e da saúde mental.

O estudo realizado por Viscardi e Correia(22 Viscardi AAF, Correia PMS. Questionários de avaliação da autoestima e/ou da autoimagem: vantagens e desvantagens na utilização com idosos. Rev Bras Qual Vida [Internet]. 2017[cited 2019 May 31];9:261-80. Available from: https://periodicos.utfpr.edu.br/rbqv/article/view/5845/4574
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) provocou inquietação. Realizou-se pesquisa bibliográfica nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), nas fontes de informação de Ciências da Saúde em Geral composta pelas bases LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e SciELO para identificar os principais questionários internacionais e brasileiros de avaliação da autoestima, da autoimagem, sexualidade ativa e qualidade de vida no envelhecimento, especialmente para verificar as conexões e interlocuções e aspectos de validade cultural dessas variáveis. Existem diversos instrumentos destinados à avaliação das variáveis, de forma isolada ou da relação entre até três em diferentes populações, os quais estão referenciados em conceitos, bases empíricas e marcos teóricos diversos. Mais que identificar instrumentos existentes, deve-se refletir quais são os mais utilizados e que apresentam melhor adequação na utilização com idosos, destacando os que forneçam mais subsídios que atendam à singularidade da referida população.

Para a apresentação das ideias, conjecturas e reflexões, são tecidos dois eixos condutores; um para viabilizar a investigação das conjecturas e reflexões, desenhando o cenário do estudo; e o outro para apresentar os resultados desta investigação; Esses eixos são condutores das interpretações e impressões reflexivas, norteadas pela compreensão do tema no Brasil e no mundo, nos seus diferentes contextos culturais e sociais, direcionados à realidade brasileira.

Por não se tratar de uma pesquisa de aplicação direta, com pessoas e documentos pessoais, excluiu-se a necessidade de submissão do estudo à avaliação junto a um comitê de ética.

RESULTADOS

Conexões entre autoimagem, autoestima, sexualidade ativa e qualidade de vida no envelhecimento, presentes na literatura nacional e internacional

Pesquisas realizadas com idosos têm demonstrado a relação entre autoestima e autoimagem com as queixas sobre o comprometimento da memória(55 Tavares DMS, Matias TGC, Ferreira PCS, Pegorari MS, Nascimento JS, Paiva MM. Qualidade de vida e autoestima de idosos na comunidade. Ciênc Saúde Coletiva. 2016;21(11):3557-64. doi: 10.1590/1413-812320152111.03032016
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). Destaca-se que a satisfação com a autoimagem pode interferir, direta ou indiretamente, na manutenção de um estilo de vida saudável e ativo, repercutindo nas ações de cuidado da saúde, favorecendo a qualidade de vida (QV). No que se refere às queixas relativas à memória, tão frequentes nos idosos, devem ser investigadas com foco em fatores relacionados, uma vez que já representam um motivo de insatisfação com suas habilidades, podendo influenciar negativamente o bem-estar e a QV(55 Tavares DMS, Matias TGC, Ferreira PCS, Pegorari MS, Nascimento JS, Paiva MM. Qualidade de vida e autoestima de idosos na comunidade. Ciênc Saúde Coletiva. 2016;21(11):3557-64. doi: 10.1590/1413-812320152111.03032016
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).

A QV engloba o domínio da percepção individual sobre a sexualidade, uma variável complexa por sua multidimensionalidade, podendo ser expressa a partir da interação consigo mesmo e com o outro e manifestando-se nas relações sociais através da corporeidade(66 Uchôa YS, Costa DCA, Silva Jr IAP, Silva STSE, Freitas WMTM, Soares SCS. Sexuality through the eyes of the elderly. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2016;19(6):939-49. doi: 10.1590/1981-22562016019.150189
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).

Dito isso, a sexualidade pode e deve ser distinguida do ato sexual, que retrata apenas uma das formas de expressão do amor humano.

O processo de envelhecimento, seguido das modificações no corpo, fisiológicas ou estéticas, além do preconceito, dos estereótipos, enfrenta a cultura da assexualidade, podendo haver repressão nos desejos e no ato sexual. Com impacto direto nas relações sociais, para uma sexualidade positiva, é preciso o reconhecimento e a valorização das experiências sexuais vividas com satisfação. Na literatura, evidencia-se a correlação da autoestima com os resultados da vida, implicitamente entre eles as relações humanas, o trabalho, a saúde, a sexualidade e o envelhecimento saudável(77 Almeida T, Lourenço, ML. Envelhecimento, amor e sexualidade: utopia ou realidade? Rev Bras Geriatr Gerontol. 2007;10(1):101-13. doi: 10.1590/1809-9823.2007.10018
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).

Pode-se afirmar, em relação ao fenômeno da sexualidade no envelhecimento, que são ainda escassas as análises desenvolvidas da temática, principalmente quanto à sexualidade dos sujeitos com idade superior a 65 anos. O estudo da sexualidade na velhice apresenta alguns problemas. Um deles é o efeito de coorte, onde as pessoas com mais idade cresceram em épocas menos permissivas e não estão acostumadas a falar de questões sexuais. Na pesquisa com estudos da atividade sexual na velhice, observou-se que quanto mais recentes, mais frequentemente, nesses estudos, as pessoas admitem ter relações sexuais. Evidencia-se que os grupos mais idosos podem fornecer mais barreiras e informação aquém, porque estão indispostos a falar disso(55 Tavares DMS, Matias TGC, Ferreira PCS, Pegorari MS, Nascimento JS, Paiva MM. Qualidade de vida e autoestima de idosos na comunidade. Ciênc Saúde Coletiva. 2016;21(11):3557-64. doi: 10.1590/1413-812320152111.03032016
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). Esse comportamento que reforça a presença de um nicho de estudo a ser aprofundado. Em sua maioria, os estudos existentes abordam questões sobre disfunções e mudanças no funcionamento sexual do homem e da mulher, fixando-se em aspectos fisiológicos negativos, trazendo poucas reflexões acerca da forma como os idosos têm lidado emocionalmente com sua sexualidade(77 Almeida T, Lourenço, ML. Envelhecimento, amor e sexualidade: utopia ou realidade? Rev Bras Geriatr Gerontol. 2007;10(1):101-13. doi: 10.1590/1809-9823.2007.10018
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).

Existe uma alteração da resposta sexual, qualitativa e quantitativamente, com o avançar da idade, e essas não se dissociam do contexto geral de outras forças orgânicas também alteradas pelo tempo, como a locomoção, a digestão e a circulação. O organismo, como um todo, se transforma com o passar do tempo e dentro do contexto da sexualidade, também se transforma, mas não se torna menos prazerosa ou agradável. Há uma constituição da vida sexual múltipla, sendo tecida por elementos como carinho, cumplicidade, intimidade, o ato sexual em si, dentre outros(88 Simões R, Moura MM, Moreira WW. Esperando a morte: o corpo idoso institucionalizado. Polêmica. 2016;16(3):49-61. doi: 10.12957/polemica.2016.25202
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).

A sexualidade sofre influência dos códigos morais, valores, crenças e políticas peculiares a cada cultura e depende, fundamentalmente, da atitude que cada pessoa adota frente a vida. Nessa perspectiva, são reconhecidos os efeitos potencializadores das vivências sexuais, uma vez que a sexualidade pode ser compreendida como uma atividade que contribui positivamente para a QV da pessoa idosa. E, quando assim compreendida, aparece como algo ilimitado, um processo complexo do qual fazem parte as emoções e comportamentos que não se reduzem apenas às relações sexuais(77 Almeida T, Lourenço, ML. Envelhecimento, amor e sexualidade: utopia ou realidade? Rev Bras Geriatr Gerontol. 2007;10(1):101-13. doi: 10.1590/1809-9823.2007.10018
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).

A satisfação sexual, somada à autoestima, apresenta melhora direta na saúde sexual, física e mental(11 Vieira KFL. Sexualidade e qualidade de vida do idoso: desafios contemporâneos e repercussões psicossociais[Tese][Internet]. João Pessoa. Universidade Federal da Paraíba/Universidade Federal do Rio Grande do Norte 2012 [cited 2019 May 31]. Available from: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/tede/6908
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). Ações de educação em saúde podem ser estratégias relevantes para, através da inclusão de informações e instruções, vivenciar esse momento positivamente aliando autoconhecimento e autoconfiança.

Nesse contexto, a autoestima e a autoimagem são entendidas como aspectos fundamentais da vida dos idosos; estão interligadas e dependentes entre si, influenciando diretamente sua QV. Elas refletem papeis sociais ocupados pelo indivíduo e que estão sempre em mudança à medida em que se adquirem novas experiências na vida cotidiana(88 Simões R, Moura MM, Moreira WW. Esperando a morte: o corpo idoso institucionalizado. Polêmica. 2016;16(3):49-61. doi: 10.12957/polemica.2016.25202
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).

A autoimagem, ou percepção da imagem corporal, é a representação que cada pessoa tem de seu corpo, formada em sua mente, ou o modo pelo qual o corpo se apresenta para cada pessoa. A imagem corporal é a experiência de alguém sobre a aparência e o funcionamento do seu corpo, a maneira pela qual nosso corpo aparece para nós mesmos, sendo a nossa representação mental(22 Viscardi AAF, Correia PMS. Questionários de avaliação da autoestima e/ou da autoimagem: vantagens e desvantagens na utilização com idosos. Rev Bras Qual Vida [Internet]. 2017[cited 2019 May 31];9:261-80. Available from: https://periodicos.utfpr.edu.br/rbqv/article/view/5845/4574
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).

A autoestima, por sua vez, é a atitude e o sentimento que o indivíduo tem em relação a si próprio. Pode ser interpretada, também, como sendo o sentimento, o apreço e a consideração que uma pessoa sente por si, o quanto ela gosta de si, como ela se vê e o que pensa sobre ela mesma; abrange sentimentos diversos, como de competência e de valor pessoal, somando-se aos de auto-respeito e autoconfiança; e reflete, assim, na nossa capacidade de lidar com os desafios da vida e influencia diferentemente a maneira como o idoso percebe e vivência o seu envelhecimento e sua corporalidade(22 Viscardi AAF, Correia PMS. Questionários de avaliação da autoestima e/ou da autoimagem: vantagens e desvantagens na utilização com idosos. Rev Bras Qual Vida [Internet]. 2017[cited 2019 May 31];9:261-80. Available from: https://periodicos.utfpr.edu.br/rbqv/article/view/5845/4574
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).

Inconscientemente, as pessoas são condicionadas a acreditar e reproduzir, como verdades, que sua aparência e seu corpo não são mais atraentes. A autoestima se esvai na crença de inutilidade e de que não devem ou não precisam continuar a exercer a vivência da sexualidade repercutindo negativamente na sua saúde e QV(33 Feliciano A, Galinha S. Percepções dos idosos sobre a sexualidade em idades avançadas: estudo exploratório. Santarém (PA): Rev UIIPS[Internet]. 2017 [cited 2019 May 31];5(3):160-9. doi: 10.25746/ruiips.v5.i3.14532
https://doi.org/10.25746/ruiips.v5.i3.14...
).

A singularidade da população idosa e do envelhecimento da população brasileira, importante fenômeno para a nossa reflexão, estimula a realização de estudos sobre a percepção social frente a essa realidade, bem como sobre o enfrentamento do envelhecimento por parte do idoso, evidenciando as possibilidades de conexões e interlocuções possíveis entre autoimagem, autoestima, sexualidade ativa e QV no envelhecimento. A partir da complexidade do tema, justifica-se a discussão, pois a sexualidade humana é indispensável para a totalidade da vida(44 Vieira KFL, Coutinho MPL, Saraiva ERA. A sexualidade na velhice: representações sociais de idosos frequentadores de um grupo de convivência. Psicol Cien Prof. 2016;36(1):196-209. doi: 10.1590/1982-3703002392013
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).

Interlocuções e instrumentos de mensuração da conexão entre sexualidade e envelhecimento

Na pesquisa bibliográfica, foram encontrados 11 instrumentos descritos, com o ano de seu desenvolvimento na literatura nacional e internacional. Verificou-se que o questionário mais utilizado para avaliação da autoestima de idosos é a escala de Rosenberg (1965), enquanto que, para a avaliação da autoimagem, a escala de Silhuetas de Stunkard et al. (1983) é a frequentemente utilizada. Foi possível identificar o questionário que se propõe a avaliar tanto a autoestima quanto a autoimagem de idosos, proposto por Steglich (1978), considerado o mais confiável por ter validação específica para idosos brasileiros(22 Viscardi AAF, Correia PMS. Questionários de avaliação da autoestima e/ou da autoimagem: vantagens e desvantagens na utilização com idosos. Rev Bras Qual Vida [Internet]. 2017[cited 2019 May 31];9:261-80. Available from: https://periodicos.utfpr.edu.br/rbqv/article/view/5845/4574
https://periodicos.utfpr.edu.br/rbqv/art...
). Quanto à sexualidade, verificou-se a utilização de várias escalas. A de Kinsey (1948), para medir a sexualidade humana, enfatizando a diversidade sexual, bem como a Aging Sexual Attitudes and Knowledge Scale (ASKAS) (1982), validada no Brasil(99 Viana HB, Guirardello EB, Madruga VA. Texto Contexto Enferm. 2010;19(2):238-45. doi: 10.1590/S0104-07072010000200004
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). A ASKAS avalia o conhecimento e atitude em relação à sexualidade do idoso, porém de uma maneira indireta. A de Satisfação Sexual para mulheres, SSS-W (2007)(22 Viscardi AAF, Correia PMS. Questionários de avaliação da autoestima e/ou da autoimagem: vantagens e desvantagens na utilização com idosos. Rev Bras Qual Vida [Internet]. 2017[cited 2019 May 31];9:261-80. Available from: https://periodicos.utfpr.edu.br/rbqv/article/view/5845/4574
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), também validada no Brasil, auxilia o psicodiagnóstico em disfunções sexuais. Ainda, em relação à avaliação da sexualidade em idosos, sobre os hábitos sexuais individuais, a literatura internacional dispõe de três instrumentos de medida, sendo eles o Perceived Attitudes Toward Sexuality of the Elderly, o Aging and Sexuality Questionnaire e o Senior Adult Sexuality Scales (2004)(11 Vieira KFL. Sexualidade e qualidade de vida do idoso: desafios contemporâneos e repercussões psicossociais[Tese][Internet]. João Pessoa. Universidade Federal da Paraíba/Universidade Federal do Rio Grande do Norte 2012 [cited 2019 May 31]. Available from: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/tede/6908
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). Quanto à avaliação da QV, encontramos os questionários World Health Organization Quality of Life 100 (WHOQOL 100) (1995), o World Health Organization Quality of Life Breaf (WHOQOL-Breaf) (1995-1998) e o World Health Organization Quality of Life Old (WHOQOL-Old) (2002 a 2005)(55 Tavares DMS, Matias TGC, Ferreira PCS, Pegorari MS, Nascimento JS, Paiva MM. Qualidade de vida e autoestima de idosos na comunidade. Ciênc Saúde Coletiva. 2016;21(11):3557-64. doi: 10.1590/1413-812320152111.03032016
https://doi.org/10.1590/1413-81232015211...
). O WHOQOL-Old é um instrumento específico e validado para a população idosa brasileira, e que avalia a QV do idoso e sua satisfação pessoal com diversos aspectos da vida, devendo ser aplicado conjuntamente com o WHOQOL- Breaf. O último instrumento encontrado é a escala de Idadismo (estereótipo e atitude de discriminação a pessoas devido a idade) de Franboni (1990), que avalia as atitudes face ao envelhecimento(1010 Pereira D, Ponte F, Costa E. Preditores das atitudes negativas face ao envelhecimento e face à sexualidade na terceira idade. Anál Psicol. 2018;36(1):31-46. doi: 10.14417/ap.1341
https://doi.org/10.14417/ap.1341...
).

Esses 11 instrumentos identificam variáveis de componentes predominantemente psicológicos e afetivos. Esses componentes são expressos em atitudes de aprovação ou desaprovação de si mesmo, atividades físicas, autoconhecimento, valores pessoais, imagem corporal, sexualidade e reflexos na QV e na corporalidade de grupos populacionais distintos e de diferentes culturas. Esses instrumentos possuem limitações e desvantagens de aplicação com idosos.

Nesta seleção, foram encontrados 89 trabalhos entre artigos, teses e livros; sendo que desses, 65 foram excluídos por não se adequarem diretamente à temática e 24 foram selecionados e discutidos com a literatura. Então, para a apresentação das ideias, conjecturas e reflexões, foram tecidos eixos reflexivos e condutores sobre o proposto, sendo os mesmos oriundos de interpretações e impressões reflexivas. As interpretações foram norteadas pela compreensão do tema no Brasil e no mundo, nos seus diferentes contextos culturais e sociais, direcionados à realidade brasileira.

Limitações do estudo

Devido ao tipo de estudo apresentado, é prudente afirmar que as reflexões, aqui tecidas, tiveram algumas limitações. Principalmente diante da revisão de leituras, junto às bases de dados BVS, LILACS e SciELO, entre outras, sobre envelhecimento, autoimagem, autoestima, sexualidade ativa e QV, deparou-se com a escassez de estudos que desenham um diálogo entre esses aspectos. Mesmo conseguindo-se uma diversidade em números de instrumentos, percebe-se uma não conjunção de componentes para avaliar os critérios e a elaboração dos constructos, principalmente culturalmente.

Sendo constructos, traços, aptidões ou características supostamente existentes e abstraídos de uma variedade de comportamentos que tenham significado psicológico e fluência verbal(1111 Medeiros RKS, Ferreira JMA, Pinto DPSR, Vitor AF, Santos VEP, Barichel-lo E. Pasquali's model of content validation in the Nursing researches . Rev Enf Ref Feb. 2015;4:127-35. doi: 10.12707/RIV14009
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). Então, a adaptação e a validade de instrumentos que não se atentem a complexidade deste fato se apresentam como limitações. Limitações que, sob determinadas condições, favorecem que as variáveis estudadas só possam ser compreendidas por escores dos testes que se correlacionam. Inferência elaborada através de escores de um teste é mais do que a expressão do valor de um instrumento de medida; é uma investigação que permeia todo o processo desde a elaboração, aplicação, correção e interpretação dos resultados, limitando novas dimensões possíveis de quando se conhece o grau de relacionamento com outros construtos. Esta limitação foi uma das mais preponderantes do nosso estudo, já que a validade de construto constitui a forma direta de verificar a amplitude em que a medida corresponde à construção teórica do fenômeno a ser mensurado e não apenas apresentar outros nomes, já que os 11 instrumentos encontrados e várias terminologias demonstram a confusa noção constitutiva e operacional que possa refletir sobre a conexão entre autoimagem, autoestima, sexualidade ativa e QV no envelhecimento de forma interligada.

A validade de um instrumento pode ser verificada pela validade de conteúdo, de critério, de constructo e aparência. Desse modo, as limitações e desvantagens dos instrumentos aqui apresentados serão consideradas na validade do critério e na validade do construto para a referida população.

Contribuições para a saúde do idoso

Apesar das limitações expressas frente à falta de interlocuções e instrumentos de mensuração da conexão entre sexualidade e envelhecimento, a contribuição do estudo se dá devido ao seu caráter reflexivo e de perspectiva para futuras discussões sobre o enfrentamento do envelhecimento evidenciando as possibilidades de conexões e interlocuções possíveis entre autoimagem, autoestima, sexualidade ativa e QV no envelhecimento.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Embora este estudo apresente limitações em relação aos aspectos até aqui abordados, instigantes, porém ainda incipientes, o mesmo aponta a necessidade de delinearem-se possibilidades investigativas que permitam discorrer sobre o seu impacto no direcionamento de programas educacionais, informativos e assistenciais, que contribuam na melhoria da QV e saúde dos idosos brasileiros. E, desta forma. subsidiar elementos para diagnóstico de necessidades a serem trabalhadas e implementar projetos de intervenções.

As reflexões destacadas não têm objetivo de encerrar a discussão, os dados não devem ser generalizados, uma vez que as considerações podem não se relacionar a outros instrumentos por conta da amostra.

Sendo assim, pressupõe-se que a temática acerca do contexto da saúde do idoso instiga a realização de novas pesquisas, sobretudo qualitativas e motiva a validação de instrumentos que versem sobre a sexualidade sob a visão da pessoa idosa, haja vista as conexões e interconexões entre autoimagem, autoestima, sexualidade ativa e QV no envelhecimento. Pesquisar sobre esta temática é importante para provocar a mudança sociocultural que possa subsidiar o cuidado integral ao idoso. A investigação sobre os fatores que interferem na vivência da sexualidade dos idosos, sem estigmas e repreensões, como nessa faixa etária, deve ser estimulada no campo científico e nos espaços sociais.

AGRADECIMENTOS

Às Universidades UFU e UFTM pelo apoio à Pós-Graduação.

  • ERRATA
    No artigo “Conexões e interlocuções entre autoimagem, autoestima, sexualidade ativa e qualidade de vida no envelhecimento”, com número de DOI: http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2019-0592, publicado no periódico Revista Brasileira de Enfermagem, 73(Suppl 3):e20190592, na página 1:
    Onde se lia:
    I Universidade Federal de Uberlândia. Uberaba, Minas Gerais, Brasil.
    Lê-se:
    I Universidade Federal de Uberlândia. Uberlândia, Minas Gerais, Brasil.

REFERENCES

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    21 Set 2020
  • Data do Fascículo
    2020

Histórico

  • Recebido
    11 Jan 2019
  • Aceito
    06 Set 2020
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