A1 - Estudo retrospectivo observacional(1616 Boettger S, Jenewein J, Breitbart W. Delirium management in patients with cancer: dosing of antipsychotics in the delirium subtypes and response to psychopharmacological management. Ger J Psychiatr. 2014;17(1):10-8. doi: 10.5167/uzh-107992 https://doi.org/10.5167/uzh-107992...
) / Nível de evidência 4 |
Manejo farmacológico de delirium hipoativo e hiperativo/111 pacientes em Hospital Oncológico atendidos na Unidade Psiquiátrica (49 pacientes com delirium hipoativo e 62 com delirium hiperativo). |
Foram empregadas doses de quatro antipsicóticos para o tratamento do delirium hiperativo versus delirium hipoativo: haloperidol foi prescrito quatro vezes mais; olanzapina e risperidona, duas vezes mais; e aripiprazol, a mesma dose para ambos. |
Pacientes com delirium hiperativo necessitaram de doses maiores para controle dessa condição. |
A seleção do manejo farmacológico antipsicótico não foi aleatória, mas baseada nas preferências dos médicos responsáveis pelo tratamento. Não foram explicitados critérios para a escolha dos fármacos. |
A2 - Estudo retrospectivo observacional(1717 Hey J, Hosker C, Ward J, Kite S, Speechley H. Delirium in palliative care: detection, documentation and management in three settings. Palliat Support Care. 2015;13(6):1541-5. doi: 10.1017/S1478951513000813 https://doi.org/10.1017/S147895151300081...
) ) / Nível de evidência 3 |
Manejo farmacológico do delirium comparado entre um hospital e dois Hospices/319 prontuários: 166 de pacientes em unidade hospitalar; e 153, em Hospices. |
Nos Hospices, os registros de manejo tiveram mediana de 69,4%, sendo midazolan o fármaco mais utilizado (até 66,7% das prescrições), seguido por uma combinação de midazolam e haloperidol (até 26,6% das prescrições); e, em seguida, haloperidol (até 20% das prescrições). |
O diagnóstico de delirium foi documentado em 8,4% dos prontuários; nos demais, havia descrições de sinais e sintomas indicativos de delirium. Em 56,3% dos registros hospitalares, verificou-se a descrição do manejo farmacológico, sem a discriminação dos fármacos. |
Os pacientes não foram classificados quanto ao tipo de delirium.Nãose descreveram quais fármacos foram utilizados na unidade hospitalar . |
A3 - Estudo retrospectivo observacional(1818 Cruz M, Ransing V, Yennu S, Wu J, Lju D, Reddy A, et al. The Frequency, Characteristics, and outcomes among cancer patients with delirium admitted to an acute palliative care unit. Oncologist. 2015;20(12):1425-31. doi: 10.1634/theoncologist.2015-0115 https://doi.org/10.1634/theoncologist.20...
) / Nível de evidência 3 |
Manejo farmacológico e não farmacológico do delirium misto, hiperativo e hipoativo/552 pacientes em Unidade Hospitalar de Cuidados Paliativos Agudos, classificados com delirium misto (45%), hipoativo (30%) e hiperativo (25%). |
Utilizou-se haloperidol em 66% dos casos, clorpromazina em 3% e associação de olanzapina e lorazepam em 31% dos pacientes. Foram realizadas ações de educação familiar sobre delirium, presença de um cuidador junto ao paciente, intervenção e estimulação mínimas pela equipe de enfermagem bem como técnicas de orientação para o manejo não farmacológico. |
O haloperidol foi o fármaco mais utilizado para o manejo de todos os tipos de delirium; o manejo não farmacológico consistiu em ações educativas. |
Não foram descritas as doses dos fármacos utilizados. Os autores mencionaram ações de manejo não farmacológico, mas não explicitaram quais as técnicas de orientação realizadas. |
A4 - Estudo retrospectivo observacional(1919 Shin SH, Hui D, Chisholm G, Kang JH, Allo J, Williams J, et al. Frequency and outcome of neuroleptic rotation in the management of delirium in patients with advanced cancer. Cancer Res Treat. 2015;47(3):399-405. doi: 10.4143/crt.2013.229 https://doi.org/10.4143/crt.2013.229...
) / Nível de evidência 3 |
Manejo farmacológico do delirium/167 pacientes em Unidade Hospitalar de Cuidados Paliativos Agudos, classificados em delirium misto e hiperativo (53%) e hipoativo (47%). |
Em 77% dos pacientes, ministrou-se haloperidol exclusivamente com dose inicial de 5 mg; em 23% dos casos, houve necessidade de se introduzir um segundo neuroléptico, com suspensão do haloperidol, por falha de tratamento ou efeitos adversos. Em apenas 15% dos pacientes, houve o acréscimo de um segundo neuroléptico ao regime de haloperidol adotado. |
Haloperidol foi o fármaco mais utilizado para o manejo do delirium; em 77% dos casos, não foi necessária a rotação para um segundo neuroléptico. |
O estudo não avaliou separadamente a eficácia do tratamento para os pacientes em delirium misto e hiperativo. |
A5 - Estudo retrospectivo observacional(2020 Al-Shahri MZ, Sroor MY, Ghareeb WA, Aboulela EN, Edesa W. Using neuroleptics to treat delirium in dying cancer patients at a cancer center in Saudi Arabia. J Pain Palliat Care Pharmacother. 2015;29(4):365-9. doi: 10.3109/15360288.2015.1101638 https://doi.org/10.3109/15360288.2015.11...
) / Nível de evidência 3 |
Manejo farmacológico do delirium/271 prontuários de pacientes em Unidade Hospitalar de Cuidados Paliativos. |
Os pacientes foram tratados com fármacos prescritos periodicamente com intervalos padronizados: 89,3%, haloperidol; 2,4%, Levomepromazina; e 8,3%, combinação de ambos. Em associação às prescrições periódicas, 93,8% dos pacientes necessitaram de doses adicionais de haloperidol; e 1,4%, de levomepromazina. |
O haloperidol foi o neuroléptico mais usado para tratamento de delirium, seguido de levomepromazina. |
Os pacientes não foram classificados quanto ao tipo de delirium.
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A6 - Estudo transversal, observacional e multicêntrico(2121 Tanimukai H, Tsujimoto H, Matsuda Y, Tokoro A, Kanemura S, Watanabe M, et al. Novel therapeutic strategies for delirium in patients with cancer: a preliminary study. Am J Hosp Palliat Care. 2016;33(5):456-2. doi: 10.1177/1049909114565019 https://doi.org/10.1177/1049909114565019...
) / Nível de evidência 3 |
Manejo farmacológico do delirium/27 pacientes em 11 hospitais gerais incluindo três unidades de Cuidados Paliativos. |
Os pacientes foram tratados com associação de fármacos divididos em dois grupos: 48,1% foram tratados com associação de haloperidol e risperidona (antipsicóticos de ação prolongada) e 51,9% tratados com olanzapina e quetiapina (antipsicóticos de curta duração). |
Constatou-se que a comparação entre as duas associações antipsicóticas, de ação prolongada e de curta duração, resultou em eficácia semelhante para o tratamento do delirium. |
O estudo não foi randomizado, controlado. O tamanho da amostra era pequeno, e não foram distinguidos os tipos de delirium (hiperativo, hipoativo, misto). |
A7 - Ensaio clínico randomizado controlado duplocego(2222 Hui D, Frisbee-Hume S, Wilson A, Dibaj SS, Nguyen T, De La Cruz M, et al. Effect of lorazepam with haloperidol vs haloperidol alone on agitated delirium in patients with advanced cancer receiving palliative care: a randomized clinical trial. JAMA. 2017;318(11):1047-56. doi: 10.1001/jama.2017.11468 https://doi.org/10.1001/jama.2017.11468...
) / Nível de evidência 2 |
Manejo farmacológico do delirium hiperativo ou misto/52 pacientes em Unidade de Cuidados Paliativos Agudos |
Pacientes do grupo-intervenção (lorazepam e haloperidol), quando comparados aos pacientes do grupocontrole (placebo e haloperidol), apresentaram redução significativa da agitação e necessitaram de doses menores de neurolépticos de resgate nas primeiras 8 horas de tratamento |
Após a administração dos neurolépticos, constatou-se redução significativa da agitação e maior conforto nos pacientes do grupointervenção. |
Nada a declarar. |
A8 - Estudo retrospectivo observacional(2323 Hasuo H, Kanbara K, Fujii R, Uchitani K, Sakuma H, Fukunaga M. Factors associated with the effectiveness of intravenous administration of chlorpromazine for delirium in patients with terminal cancer. J Palliat Med. 2018;21(9):1257-64. doi: 10.1089/jpm.2017.0669 https://doi.org/10.1089/jpm.2017.0669...
) / Nível de evidência 3 |
Manejo farmacológicodo delirium misto, hiperativo e hipoativo/97 pacientes, em estágio terminal por câncer, internados no Departamento de Cuidados Paliativos em um Hospital Universitário. |
A maioria dos pacientes (67%) apresentou delirium hiperativo. Todos foram medicados com clorpromazina, sendo aumentada a dose no período noturno. Houve melhora significativa após o terceiro dia de tratamento e entre os pacientes com sobrevida média de 21 dias. |
Verificou-se alta incidência de delirium hiperativo no grupo estudado. A administração de clorpromazina foi considerada mais efetiva entre os pacientes com sobrevida maior que duas semanas. |
Não foi estabelecido um grupocontrole. |
A9 - Estudo prospectivo observacional(2424 Kwon JH, Kim MJ, Bruera S, Parque M, Bruera E, Hui D. Off-label medication use in the inpatient palliative care unit. J Pain Symptom Manage. 2017;54(1):46-54. doi: 10.1016/j.jpainsymman.2017.03.014 https://doi.org/10.1016/j.jpainsymman.20...
) / Nível de evidência 3 |
Manejo farmacológico do delirium/744 prescrições associadas a 201 pacientes em Unidade de Cuidados Paliativos Agudos em Hospital Oncológico. |
Para o tratamento do delirium, 62% das prescrições corresponderam à administração de haloperidol, 31% de clorpromazina, 4,5% de lorazepam e 2,5% de midazolam. |
Haloperidol foi o fármaco mais prescrito para o manejo do delirium, tendo sido indicado também para controle de ansiedade, insônia, náuseas e vômitos. |
Os pacientes não foram classificados quanto ao tipo de delirium. |
A10 - Estudo observacional multicêntrico(2525 Okuyama T, Yoshiuchi K, Ogawa U, Iwase S, Yokomichi N, Sakashita A, et al. Current pharmacotherapy does not improve severity of hypoactive delirium in patients with advanced cancer: pharmacological audit study of safety and efficacy in real world (Phase-R). Oncologist. 2019;24(7):e574-e582. doi: 10.1634/theoncologist.2018-0242 https://doi.org/10.1634/theoncologist.20...
) / Nível de evidência 3 |
Manejo farmacológico de delirium hipoativo/223 registros de pacientes atendidos em Unidades de Cuidados Paliativos, em 38 hospitais. |
Para o manejo do delirium hipoativo em pacientes oncológicos em fase avançada, foram prescritos os fármacos: haloperidol (37%), quetiapina (23%), clorpromazina (12%), olanzapina (10%), risperidona (9%), trazodona (5%), aripiprazol (3%) e perospirona (1%). Não foram encontradas alterações significativas em relação à eficácia da farmacoterapia. O efeito adverso mais frequente foi sedação. |
Os atuais dados sistemáticos de farmacovigilância indicam que a farmacoterapia atual para delirium hipoativo em pacientes com câncer avançado não resultou em melhora de sua gravidade, especialmente naqueles cuja morte é esperada dentro de alguns dias. Evidenciou-se a importância do estabelecimento de metas apropriadas para o tratamento considerando o prognóstico do paciente. |
Nada a declarar. |