Objetivou-se investigar quais as ações realizadas nas Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF) para atender as demandas dos adultos com lesão medular (LM) pós-reabilitados; e enumerar facilidades/dificuldades para atender às demandas desses usuários. Estudo qualitativo realizado em vinte UBSF. Participaram, aleatoriamente, vinte médicos e vinte enfermeiros. Utilizou-se entrevista semiestruturada e análise de conteúdo. A análise das categorias baseou-se nos princípios da integralidade, universalidade, beneficência e justiça. Detectaram-se: desqualificação profissional para assistir a pessoa com LM, assistência fragmentada, dificuldades para agendar consultas e exames, dificuldades na referência e contrarreferência, inexistência de ações contínuas para cuidar dos indivíduos com LM. As UBSF não asseguram a proteção de todos os cidadãos, pois existem desafios à construção de práticas de saúde solidárias, acolhedoras e, consequentemente, mais efetivas e resolutivas para os sujeitos com LM.
Traumatismos da medula espinhal; Pessoas com deficiência; Regeneração da medula espinhal; Enfermagem em reabilitação; Bioética