Resumos
Entendemos a enfermagem como coletivo de várias categorias de trabalhadores envolvendo formações diferentes. Dentro da típica divisão técnica do trabalho, o gerenciamento e avaliação competem à enfermeira. Descrevemos a avaliação de desempenho dos auxiliares de enfermagem. Os funcionários participaram das atividades de avaliação desde a elaboração do roteiro até o início da análise dos dados. Na análise de avaliação de desempenho individual, distinguimos entre dados FORMAIS (referentes a racionalidade) dos NÃO FORMAIS (relativos a qualidade e relações no ambiente de trabalho). Também investigamos a avaliação da estrutura do serviço. Concluimos que esta descrição analítica contribui para o entendimento da avaliação de desempenho não como um fragmento mas como um processo. Esse processo deve partir de metas verificáveis qualitativa e quantitativamente.
We have understood Nursing as a collective of various kinds of professional activities involving different educational backgrounds. Within the typical technical division of labour management and assessment concern the nurse. We describe the performance assessment of nurse's aides. Nursing personal participated in the assessment activities from the design of the questionaire to the first draft of data analysis. In the analysis of individual performance assessment we make a distinction betweent "FORMAl" data (refering to racionality) to "NO FORMAL" (related to quality and relationship in the work environment). We also look at the assessment of the service structure. We conclude that this analytical description contributes to the understanding of performance assessment not as a fragment but as a process. This process should have both qualitative and quantitative verifiable goals
Avaliação do trabalho do pessoal auxiliar de enfermagem realizado em um centro de saúde escola
Eliete Maria SilvaI; Sônia Camila Sant'AnnaII; Semíramis Melani de Melo RochaIII
IAuxiliar de Ensino da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - U.S.P
IIEnfermeira do Centro de Saúde Escola de Ribeirão Preto - U.S.P
IIIProfessora Assist. Doutor da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - U.S.P
RESUMO
Entendemos a enfermagem como coletivo de várias categorias de trabalhadores envolvendo formações diferentes. Dentro da típica divisão técnica do trabalho, o gerenciamento e avaliação competem à enfermeira. Descrevemos a avaliação de desempenho dos auxiliares de enfermagem. Os funcionários participaram das atividades de avaliação desde a elaboração do roteiro até o início da análise dos dados. Na análise de avaliação de desempenho individual, distinguimos entre dados FORMAIS (referentes a racionalidade) dos NÃO FORMAIS (relativos a qualidade e relações no ambiente de trabalho). Também investigamos a avaliação da estrutura do serviço. Concluimos que esta descrição analítica contribui para o entendimento da avaliação de desempenho não como um fragmento mas como um processo. Esse processo deve partir de metas verificáveis qualitativa e quantitativamente.
ABSTRACT
We have understood Nursing as a collective of various kinds of professional activities involving different educational backgrounds. Within the typical technical division of labour management and assessment concern the nurse. We describe the performance assessment of nurse's aides. Nursing personal participated in the assessment activities from the design of the questionaire to the first draft of data analysis. In the analysis of individual performance assessment we make a distinction betweent "FORMAl" data (refering to racionality) to "NO FORMAL" (related to quality and relationship in the work environment). We also look at the assessment of the service structure. We conclude that this analytical description contributes to the understanding of performance assessment not as a fragment but as a process. This process should have both qualitative and quantitative verifiable goals.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 ALMEIDA, Maria Cecília R ROCHA, Juan S.Y. O saber de enfermagem e sua dimensão prática. São Paulo : Cortez, 1986, 128 p.
2 ALMEIDA, Maria Cecília P. Processo e divisão do trabalho na enfermagem, tema oficial do XXXIX Congresso Brasileiro de Enfermagem da ABEn, Salvador - BA, 1987.18 p.
3 BRAVERMAN, Harry. Trabalho e capital monopolista: a degradação do trabalho no século XX. trad. Nathanael C. Caixeiro, 3 ed. Rio de Janeiro, Guanabara, 1987. 379 p.
4 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM/ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENFERMAGEM. O exercício da Enfermagem nas instituições de saúde do Brasil: 1982 -1983. COFEn/ABEn. Rio de Janeiro, 1985. v. 1.236 p.
5 GERMANO, Raimunda Maria - Educação e ideologia da Enfermagem no Brasil. São Paulo: Cortez, 1983. 118 p.
6 GONÇALVES, Ricardo Bruno M. Processo de trabalho em saúde, (mimeografado) s./d. 31 p.
7 MELO, Cristina Divisão social do trabalho e enfermagem. São Paulo: Cortez, 1986. 94 p.
8 OLIVEIRA, Maria Ivete R. Enfermagem e estrutura social. in: Anais do XXXI Congresso Brasileiro de Enfermagem. Fortaleza, 1979. p. 9 - 26.
9 ROCHA, Semíramis Melani de M. \Puericultura e enfermagem. São Paulo: Cortez, 1987. 119 p.
10 RODRIGUES, Wanda W. TORRES, Valquíria R. Contribuição ao desenvolvimento do processo de avaliação em serviços de saúde. Brasília. Centro de Documentação do Ministério da Saúde, 1982.46 p.
11 SILVA, Graciete B. A enfermagem profissional: análise crítica. São Paulo: Cortez, 1986.143 p.
12 SILVA, Graciete B. et alli. Introdução à análise das transformações na prática de enfermagem no Brasil, no período 1920 - 1978. in Rev. MEDICINA HCFMRP-USP e CARL 17 (1 e 2): 35-47, 1984.
ANEXO 1
ROTEIRO
1 AVALIAÇÃO
a. iniciativa em relação às próprias atividades e à aprendizagem
b. cooperação no trabalho como um todo, em relação aos colegas e aos pacientes
c. desempenho técnico (qualitativo e quantitativo)
d. registro das atividades (atendimento, reunião etc.), boletins, fichas, gráficas
e. entrosamento com funcionários, pacientes, alunos, residentes
f. freq üência, pontualidade
g. aparência pessoal (uso e condições de avental, luvas)
h. disponibilidade
i. organização : método de trabalho
material de trabalho
tempo das atividades
2 AVALIAÇÃO DA ESTRUTURA DO SERVIÇO
a. Recursos humanos
b. Recursos materiais
3 METAS
em relação às deficiências percebidas na avaliação
4 SUGESTÕES
em relação à estrutura do serviço
5 METAS GERAIS
Conhecimento das METAS GERAIS da Unidade e do Centro de Saúde e ESPECÍFICAS da área de trabalho.
ANEXO 2
CITAÇÕES DAS RESPOSTAS DOS FUNCIONÁRIOS AOS ITENS DO ROTEIRO REGISTRO
REGISTRO
"Às vezes não registro reuniões por impossibilidade auditiva, mas, sempre que possível gosto de fazê -lo".
"Talvez alguns registros de fatos acontecidos ou atendimentos de enfermagem feitos por mim há alguns meses atrás, tenham se perdido, mas à partir do momento que iniciei trabalho de grupo, adquirir o hábito de registrar todos os dados e estes são arquivados no prontuário do paciente, ou arquivados na pasta A - Z. Quanto às reuniões não adquiri o hábito de ir para a mesma com papel e caneta para anotar".
"não tenho dificuldades em fazer boletins, fichas, gráficos, mas esqueço muito de registrar os atendimentos que faço na porta e eventuais, que agora estou procurando por em prática, pois sei a importância de uma anotação".
"Reuniões - deveria ter sempre, mas, muito mais organizada do que é hoje. Acho que todos funcionários deveriam abedecer e respeitar o horário marcado".
"deveria ter mais e mais frequentes, porque só assim poderiamos resolver os problemas que já temos e os que poderão vir a ter".
"Por vezes é possível a mim marcar no prontuário o fornecimento da medicação e as anotações gerais isso em ,dia de menor movimento, porém na maioria dos dias não há realmente condições de buscar a pasta de um paciente enquanto outros esperam sua vez e a marcação não é feita como realmente deveria ser na teoria pois na prática a realidade por vezes é outra e temos que nos adaptar a ela, marcando só nas costas do cartão e na receita médica o que foi fornecido e quando foi, apesar de saber que isso não é o procedimento ideal".
"Quanto ao registro das atividades, nem sempre temos oportunidade de poder colocar no papel o que fazemos na verdade. Pois se fazemos um atendimento bem feito, nem sempre nos sobra tempo para colocar no papel".
APARÊNCIA PESSOAL
"nem sempre é muito boa em vestimentas por impossibilidades financeiras. Procuro cuidar sempre da higiene corporal e não usar roupas inadequadas. Seria muito bom se houvesse um uniforme."
"Sou a favor do uso do uniforme ( avental) para sermos melhor identificados pelas pessoas que procuram o Centro de Saúde".
"Acho importante o uso de avental, de luvas para a pessoa que está em contato direto com o paciente, porque apesar de tudo temos que cuidar também da nossa saúde".
"Quanto no vestuário acho simples a maneira de todos se vestirem, inclusive eu, sou indiferente ao uso de uniforme ou avental".
"não sou a favor do uso de aventais que são sempre usados abertos e para mim sua eficiência quanto à proteção é bastante discutível".
(sugere adoção de uniforme)
As METAS em relação às deficiências percebidas na avaliação foram bastante individualizadas e com referência aos ítens Formais da primeira parte da avaliação., apresentando um forte caráter de intencionalidade do funcionário no sentido de atingir uma "boa conduta". Em outras palavras, os funcionários se propõem a melhorarem o desempenho ou a estarem mais vigilantes para não errarem.
Possivelmante as respostas foram induzidas, durante o processo de avaliação pelas entrevistadoras, através da forma de avaliar e do roteiro. O problema, inicialmente colocado deixa claro que o propósito das enfermeiras, enquanto responsáveis pelo controle do processo de trabalho, é manter a racionalidade e produtividade do serviço, daí a necessidade de avaliação.
Quanto as SUGESTÕES também são em sua maioria individuais e referem-se predominantemente ao ambiente físico e material Quando tratam da problemática qualitativa das relações, do serviço prestado como um tudo, ficam pouco definidas, genéricas e, muitas vezes idealizadas.
Na última (e fundamental) questão acerca do conhecimento METAS GERAIS do serviço e ESPECÍFICAS da área de atendimento 14 (quatorze, 70%) pessoas não responderam Incluimos nesse grupo uma pessoa que refere conhecer mas não descreve qual seja. Poucas pessoas portanto relataram conhecer as metas da instituição e área de trabalho:06 (seis, 30%).
Naquele período o serviço passava por reestruturação importantes devido. às mudanças político-administrativas do Sistema de Saúde, estávamos em fase de implantação do SUDS no município e entre as transformações consequentes, destacamos a finalidade do próprio C.S.E., que ao lado de' ações de caráter preventivo passou a exercer a Atenção Primária à Saúde. Esta se refere à assistência dos problemas mais comuns de saúde da população, oferecendo atendimento em clínica médica, ginecologia, pediatria, odontologia, aplicação de vacinas, execução de tratamentos, curativos, reidratação oral, coleta de material: constitui o conjunto de ações promotoras e récuperadoras da saúde capazes de proporcionar 80 a 90% de resolutividade em relação aos problemas existentes na área de abrangência da unidade.
Paralelamente a esse processo a equipe técnica do serviço buscava a definição de metas concretas, passíveis de avaliação e acompanhamento.
Para melhor documentar este estudo anexamos algumas citações das respostas dos funcionários aos ítens do roteiro. Neste momento não pudemos contemplar uma análise pormenorizada dos mesmos, considerando que esta demanda estudos posteriores (ANEXO 2)
DESEMPENHO TÉCNICO QUALITATIVO
"Na triagem se eu não sei a área de abrangência do Centro de Saúde, devo procurar na listagem e não ficar perguntando para outra pessoa".
"Acho meu desempenho técnico bom, mas acho que com uma reciclagem ou rodízio das áreas os funcionários poderiam ser de maior qualidade do que é hoje".
DESEMPENHO TÉCNICO QUANTITATIVO
"Para mim não ficou claro esse ítem. Para mim responderei que a qualidade do serviço conta muito mais que a quantidade".
"Quanto à quantidade acho muito relativo pois nem sempre depende apenas de um funcionário para aparecer quantidade. Acho que deveria ter oportunidade e maior espaço para poder juntar a quantidade à qualidade".
FREQUÊNCIA E PONTUALIDADE
"Acredito ser uma funcionária constante no serviço e pontual. Eventualmente chego atrasada, e quàndo acontece é problema de atraso de ônibus".
"Sou frequente e pontual, a menos, que aconteça eventualidades, mesmo assim procuro comunicar a tempo que outra pessoa possa me cobrir".
ORGANIZAÇÃO DO MÉTODO DE TRABALHO
"Há muitas falhas na organização de gavetas e papéis, que deve ser discutido entre as colegas para melhor aproveitamento do espaço e do material que dispomos".
"Procuro sempre aprender e me orientar antes de começar qualquer trabalho, procuro reunir o máximo de informações para começar qualquer que seja o trabalho".
ORGANIZAÇÃO DO MATERIAL DE TRABALHO
"Tem sido boa mas pode melhorar em alguns aspectos, como na organização de material do trabalho'e previsão de material".
ORGANIZAÇÃO DO TEMPO DAS ATIVIDADES
"Nos grupos é colocado horário de uma hora de duração para não ser cansativo, agora no atendimento do dia-a-dia torna-se difícil, pois vou depender do número de pacientes a ser atendidos e da capacidade de entendimento de cada um".
"O tempo a gente faz (organizar) conforme a ociosidade de alguma área".
"Acho muito relativo, pois nem sempre o que faço hoje poderá ser repetido no dia seguinte igual, mas procuro sempre organizar e desempenhar a minha proposta de serviço em tempo determinado".
COOPERAÇÃO
"Colaborando com todos os colegas de trabalho, inclusive alunos e residentes para que tenham condições de desempenhar suas funções da melhor maneira possível, para formarmos uma equipe coesa e funcional".
"Sempre que estou disponível e vejo algum colega de serviço em ojltra área (apertado) vou ajudá-lo."
"Quanto a mim quando estou apertada na minha área não me sinto à vontade para pedir ajuda com receio de ouvir um não e também porque acho que (\meu colega é que deveria se oferecer para ajudar".
"Na medida do possível procuro cooperar com aqueles que necessitam de minha ajuda seja com trabalhos ou palavras, com os pacientes também procuro agir da mesma forma. Há alguns meses atrás eu não sabia pedir ajuda, mas agora comecei a pedir quando estou necessitada".
"Procuro sempre cooperar com os colegas às vezes me excedendo além do meu limite, mas estou procurando dividir mais o trabalho para dar melhor desempenho, orientação, ter calma e tolerância com os nossos pacientes, que na maioria são muitos carentes, principalmente de informação."
ENTROSAMENTO
"Sinceramente acho que preciso aprender a me soltar um pouco mais, pois muita1! vezes eu tenho receio de ser inoportuna e com isso acho que estou perdendo algo que poderia aprender ou a ser mais prestativa".
ENTROSAMENTO COM FUNCIONÁRIOS
"Procuro me relacionar bem com todos, pois acredito que o bom andamento do serviço depende muito do bom relacionamento entre os funcionários".
"Gosto de minhas colegas de trabalho, apesar de diferentes opiniões, manias, costumes. Apesar de que , deveríamos todos ter o mesmo ideal em relação ao serviço, pois temos por dever um mesmo objetivo. Considero muito importante um bom relacionamento com quem quer que seja. Nós não somos sozinhos dependemos de pessoas e coisas".
ENTROSAMENTO COM PACIENTES
"Procuro me entrosar bem com os mesmos pois acredito que a maneira como recebemos o paciente, ajuda muito para que ele se sinta a vontade".
ENTROSAMENTO COM ALUNOS E RESIDENTES
"As vezes me sinto intimidada e pouco à vontade com a presença deles, pois alguns chegam ao serviço numa atitude de que eles tem o conhecimento e nós, só tocamos o serviço. Mas acho que o serviço e nós te mos muito a ganhar com a presença deles pois há troca de experiências, provoca discussões e estimula o aprendizado".
INICIATIVA NAS ATIVIDADES
"Procuro organizar as atividades da minha área de um modo que estejam em ordem para facilitar o meu trabalho e o trabalho das pessoas que trabalham comigo, providenciando materiais de uso de minha área que estejam em falta".
"Tenho boa inciativa principalmente em relação à triagem na pediatria e quanto à pós-consulta".
INICIATIVA NA APRENDIZAGEM
"Quanto à aprendizagem procuro fazer leituras de assuntos relacionados com as áreas que trabalho, e também, de assuntos relacionados a outras áreas quando possível fazendo discussões dos mesmos".
"Além de procurar aprender mais sobre a Enfermagem, procuro aprender uma das coisas mais importantes: o ter melhor relação entre trabalho de equipe, para com os colegas de trabalhos, e ao pr6prio serviço que me é estipulado".
DISPONBILIDADE
"Me considero uma funcionária disponível para o trabalho pois se precisar que eu fique além do meu horário eu fico".
"Boa, estou sempre disposto a cooperar para cobrir colegas de outras áreas de acordo com a necessidade do serviço".
"Tenho disponibilidade quanto (ao) horário de trabalho, e qualquer mudança sempre que avisada com antecedência (para providenciar algumas particulares tais como fIlhos, casa, etc. ).
AVALIAÇÃO DA ESTRUTURA DO SERVIÇOS
"Acredito que o pessoal deveria ter treinamento psicológico e de relações humanas para se ter um melhor relacionamento entre os colegas de trabalho e com os pacientes.
Acho também que deveria ter mensalmente ou bimestralmente um treinamento em todas as áreas para que o pessoal estivesse sempre atualizado quanto a novos métodos de tratamento ou mesmo para tirar dúvidas que surgem no dia-a-dia, mesmo que tivéssemos que diminuir o número de atendimentos no dia do treinamento, pois acho que seria importante para que o nosso serviço tivesse uma boa qualidade".
"às vezes em serviço não pode ser feito por falta de material ou pessoas capacitadas para fazê-lo, acho que temos que nos organizarmos melhor para que isso não aconteça. É preciso que nós enquanto funcionários da saúde tenhamos consciência da importância do nosso trabalho, responsabilidade e compromisso para ,com a população que atendemos. Precisamos ter como . objetivo o melhor atendimento possível ao paciente, sem fazê-lo esperar ou andar desnecessariamente".
"Nenhum serviço é perfeito. Sempre há falhas, ,no caso causadas pelos que o compõem. Existe falta de 'materiais e também de condições para um melhor desemPenho. Mas a tarefa sempre deve ser cumprida além e apesar de".
"Acho que deveria a limpeza ser mais caprichada, pois o serviço é utilizado para todos os casos de doenças".
"Ultimamente tenho percebido que o serviço sofreu várias transformações, acho que até foi bom, mas o serviço mudou, a forma de trabalhar mudou, mas a falta de condições de trabalho continua a mesma. É diffcil trabalhar ou melhorar a qualidade do mesmo· com tanta falta de materiais, medicações, papéis etc. Acho que falta um pouco de interesse por parte de certos funcionários também".
SUGESTÕES
"Existe um período no serviço que deveria ser preenchido com coisas desse tipo (cursos, treinamentos). Melhoraria a qualidade de atendimento e evitaria a ociosidade consequente das oito horas, que acaba levando funcionários a situações desagradáveis. Com isso teria também um maior aproveitamento do potencial de cada indivíduo".
"Acho que deveria ser mais distribuidas as tarefas e muito interessante o rodízio de funcionários, os que estão menos atarefados procurar reciclar e se interar do que é saúde e como trabalhar em grupo".
"Eu não sei o que pode ser feito para melhorar o serviço que prestamos, talvez um caminho seja discutirmos entre nós nossas dificuldades e ouvirmos o que cada um pensa, para a partir daí sim surgirem algumas sugestões".
"Que nos períodos de ociosidade deste serviço se formem grupos de estudo com os colegas de trabalho".
"É que se pense um pouco mais na qualidade e não tanto na quantidade. Sei que os números são importantes, porém existem áreas como por exemplo a Tisiologia e a Dermatologia que hoje estão meio misturadas e confusas, sendo que elas sempre foram áreas consideradas importantíssimas pelos seus programas de Tb. e MH.. Acho que com as 8 horas podemos se parar um pouco melhor as áreas para melhor atender os pacientes".
"Acho que deveria ser permitido aos funcionários o direito de ser ouvido, às vezes isso não acontece, mais recurso para por em prática o trabalho e maior credibilidade" .
"Minha sugestão é o uso do jaleco, e tentativa de organizar pedidos de materiais para que não chegue a faltar".
METAS EM RELAÇÃO ÀS DEFICIÊNCIAS ENCONTRADAS
"Os objetivos: melhorar principalmente os registros e cooperar mais para algum tipo de pesquisa na área, e que posso participar de algum trabalho de grupo".
"Quando comecei a escrever esta avaliação tinha coisas que até então eu não havia percebido tais como: roupas que uso para trabalhar, organização do meu trabalho (tempo previsto para atividades), registro de reuniões. Vou tentar prestar mais atenção a esses pontos para que não voltem a acontecer".
"Iniciar o uso de avental. Fazer uma previsão de materiais que necessitam, as respectivas áreas em que, trabalho, este processo ocorreria uma vez por semana com o preparo de uma lista a ser entregue na farmácia deste serviço. Quando ir às reuniões, comparecer munida de papel e caneta".
"Melhor entrosamento e colaboração entre colegas, atenção máxima com checagem de fichas e prontuários e sigilo quanto as pessoas que procuram o serviço".
OBJETIVOS DA ÁREA E DO CSE
"Receio que não (conheço) tão bem quanto gostaria e deveria. Creio que aumentar o serviço especializado e o número de atendimentos. Educação familiar e sanitária através dos pós-consultas e dos grupos, melhor atendimento qualitativo e quantitativo".
"Prestar assistência médica à população, dar apoio à pesquisa e receber aluno para estágio colaborando assim para Iormação de novos profissionais. Na área: controle das doenças transmfssiveis, isso ,implica na obtenção de dados corretos, controle de comunicantes, conhecimento de como vários fatores interferem no agravamento, transmissão e disposição das doenças na população".
"Trazer para este serviço (oftalmologia) a população mais carente, que se encontram um pouco distante. É desenvolver (na psicologia) trabalho de grupo em geral, (na psiquiatria) ainda não tenho claro quais são os objetivos e metas".
"Aperfeiçoamento para um melhor atendimento".
"É atender as áreas abrangentes, tanto no tratamento preventivo como no traiamento curativo, nas demais clínicas de atendimento. Quanto à meta da sala de vacinas: imunizar os pacientes (crianças e adultos), ajudar no diagnóstico daS doenças como Tb e MH (com testes de sensibilidade)".
- 2 ALMEIDA, Maria Cecília P. Processo e divisão do trabalho na enfermagem, tema oficial do XXXIX Congresso Brasileiro de Enfermagem da ABEn, Salvador - BA, 1987.18 p.
- 3 BRAVERMAN, Harry. Trabalho e capital monopolista: a degradação do trabalho no século XX. trad. Nathanael C. Caixeiro, 3 ed. Rio de Janeiro, Guanabara, 1987. 379 p.
- 4 CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM/ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENFERMAGEM. O exercício da Enfermagem nas instituições de saúde do Brasil: 1982 -1983. COFEn/ABEn. Rio de Janeiro, 1985. v. 1.236 p.
- 5 GERMANO, Raimunda Maria - Educação e ideologia da Enfermagem no Brasil. São Paulo: Cortez, 1983. 118 p.
- 6 GONÇALVES, Ricardo Bruno M. Processo de trabalho em saúde, (mimeografado) s./d. 31 p.
- 7 MELO, Cristina Divisão social do trabalho e enfermagem. São Paulo: Cortez, 1986. 94 p.
- 8 OLIVEIRA, Maria Ivete R. Enfermagem e estrutura social. in: Anais do XXXI Congresso Brasileiro de Enfermagem. Fortaleza, 1979. p. 9 - 26.
- 9 ROCHA, Semíramis Melani de M. \Puericultura e enfermagem. São Paulo: Cortez, 1987. 119 p.
- 10 RODRIGUES, Wanda W. TORRES, Valquíria R. Contribuição ao desenvolvimento do processo de avaliação em serviços de saúde. Brasília. Centro de Documentação do Ministério da Saúde, 1982.46 p.
- 11 SILVA, Graciete B. A enfermagem profissional: análise crítica. São Paulo: Cortez, 1986.143 p.
- 12 SILVA, Graciete B. et alli. Introdução à análise das transformações na prática de enfermagem no Brasil, no período 1920 - 1978. in Rev. MEDICINA HCFMRP-USP e CARL 17 (1 e 2): 35-47, 1984.
Datas de Publicação
-
Publicação nesta coleção
27 Fev 2015 -
Data do Fascículo
Dez 1990