Open-access Função sexual de universitárias: estudo comparativo entre Brasil e Itália

RESUMO

Objetivo:  avaliar a função sexual de acadêmicas de enfermagem italianas e brasileiras utilizando o Female Sexual Function Index (FSFI), estimar a prevalência das disfunções sexuais e os fatores relacionados.

Método:  estudo transversal, o qual participaram 212 universitárias, sendo 84 brasileiras e 128 italianas. Para a avaliação da função sexual, empregou-se o questionário Female Sexual Function Index (FSFI).

Resultados:  As italianas apresentaram índice de disfunção sexual significativamente superior (n=78/60,9%) do que as brasileiras (n=32/38,1%) (p=0,00). Apenas os domínios “desejo” e “excitação” não apresentaram diferença entre os grupos. As mulheres mais jovens, solteiras e sem relacionamento estável apresentaram índice de disfunção sexual maior (p<0,05).

Conclusão:  o elevado índice de disfunção sexual em um público tão jovem sugere a necessidade da realização de mais investigações que incrementem o conhecimento sobre a influência dos fatores psicossociais e relacionais na função sexual feminina, direcionando o cuidado para a promoção da saúde sexual e reprodutiva.

Descritores: Sexualidade; Saúde da Mulher; Disfunções Sexuais Psicogênicas; Enfermagem; Estudantes de Enfermagem

ABSTRACT

Objective:  to evaluate the sexual function of Italian and Brazilian nursing students using the Female Sexual Function Index (FSFI), to estimate the prevalence of sexual dysfunctions and related factors.

Method:  this is a cross-sectional study involving 84 Brazilian and 128 Italian undergraduate. For the evaluation of sexual function, the Female Sexual Function Index (FSFI) questionnaire was used.

Results:  Italian women presented significantly higher sexual dysfunction index (n=78/60.9%) than the Brazilian women (n=32/38.1%) (p=0.00). Only the “desire” and “excitation” domains showed no difference between groups. Younger, single and without a steady relationship women had a higher rate of sexual dysfunction (p<0.05).

Conclusion:  the high rate of sexual dysfunction in a young public suggests the need for more research to increase knowledge about the influence of psychosocial and related factors on female sexual function, directing care towards the promotion of sexual and reproductive health.

Descriptors: Sexuality; Women's Health; Psychogenic Sexual Dysfunctions; Nursing; Nursing Students

RESUMEN

Objetivo:  evaluar la función sexual de académicas italianas y brasileñas de enfermería utilizando el Female Sexual Function Index (FSFI), estimar el predominio de las disfunciones sexuales y los factores relacionados.

Método:  estudio transversal, de lo cual participaron 212 universitarias, siendo 84 brasileñas y 128 italianas. Para evaluar la función sexual, se utilizó el cuestionario Female Sexual Function Index(FSFI).

Resultados:  Las italianas presentaron índice de disfunción sexual significativamente superior (n=78/60,9%) en comparación con el de las brasileñas (n=32/38,1%) (p=0,00). Sólo los dominios “deseo” y “excitación” no presentaron diferencia entre los grupos. Las mujeres más jóvenes, solteras y sin relación estable presentaron un índice de disfunción sexual más alto (p<0,05).

Conclusión:  el elevado índice de disfunción sexual en un público tan joven sugiere la necesidad de realizar más investigaciones que incrementen el conocimiento sobre la influencia de los factores psicosociales y relacionales en la función sexual femenina, dirigiendo el cuidado para la promoción de la salud sexual y reproductiva.

Descriptores: Sexualidad; Salud de la Mujer; Disfunciones Sexuales Psicogénicas; Enfermería; Estudiantes de Enfermería

INTRODUÇÃO

A função sexual adequada é um fator importante de satisfação e qualidade de vida geral; mesmo assim, a disfunção sexual feminina continua altamente prevalente com taxas que variam de 20 a 91%(1-4). Apesar do impacto gerado na vida mulher, poucas são as pacientes que procuram serviços de saúde capazes de sanar as dificuldades por elas encontradas(2).

Por vergonha, frustração ou por falhas de tratamento subprofissionalizado, apenas uma pequena parcela das mulheres tem a iniciativa de falar sobre seus problemas sexuais(3). Nesse aspecto, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece a disfunção sexual como um problema de Saúde Pública e recomenda sua investigação, por causar importantes alterações na qualidade de vida(5).

Sob diferentes enfoques e em várias áreas do conhecimento, o tema sexualidade tem despertado atenção, sendo investigado em grupos distintos. No contexto universitário, ainda são escassos os estudos que avaliam a função sexual, contudo, as investigações já realizadas apontam uma ampla variação da prevalência nessa população, com taxas de 25% a 91%(4,6-7).

A partir da iniciativa do Núcleo de Estudo e Pesquisa em Promoção da Saúde Sexual e Reprodutiva (NEPPSS) em pesquisar as disfunções sexuais em diferentes populações e pela constatação informal das queixas de universitárias sobre o assunto, surgiu o interesse em identificar e avaliar essa questão utilizando um instrumento específico, chamado de índice da função sexual feminina (FSFI - Female Sexual Function Index). Logo, surgiu o seguinte questionamento: universitárias italianas têm a mesma taxa de disfunção sexual que as estudantes brasileiras?

OBJETIVO

Avaliar a função sexual de acadêmicas de enfermagem italianas e brasileiras utilizando o Female Sexual Function Index (FSFI) e comparar a prevalência das disfunções sexuais (dispareunia, ausência de desejo, insatisfação e diminuição da lubrificação vaginal) entre os grupos.

MÉTODO

Aspectos éticos

Levou-se em consideração a Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos, sendo respeitados os aspectos de autonomia, não maleficência, beneficência e justiça. O estudo foi autorizado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Ceará e da Universidade La Sapienza.

Desenho, local do estudo e período

Estudo exploratório, analítico, de corte transversal, desenvolvido em duas universidades públicas. A população do estudo foi composta por estudantes do curso de enfermagem, regularmente matriculadas, em uma universidade federal brasileira e uma universidade pública italiana no ano de 2013. O período do estudo foi de janeiro de 2013 a dezembro de 2015, com a coleta de dados desenvolvida em Roma-Itália e Fortaleza-Brasil, de fevereiro a dezembro de 2014.

Amostra, critérios de inclusão e exclusão

Para a condução da pesquisa, adotou-se a amostragem probabilística. Para o cálculo, considerou-se o erro amostral de 5%, uma prevalência de 27% do fenômeno(8) para uma população de 234 acadêmicas de enfermagem italianas e 324 brasileiras regularmente matriculadas em 2013. Ressalta-se que os cálculos foram feitos isolados para cada população, sendo encontrada uma amostra de 106 brasileiras e 135 italianas. Foram considerados como critérios de inclusão: ter nacionalidade brasileira ou italiana, ter parceiro (fixo ou eventual) e possuir idade superior a 18 anos.

Devido aos objetivos deste estudo, foram excluídas para análise as mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual: 22 (20,8%) brasileiras e sete (5,2%) italianas, perfazendo uma amostra de 212 acadêmicas, sendo 84 brasileiras e 128 italianas.

Protocolo do estudo

A coleta de dados foi desenvolvida em Roma-Itália e Fortaleza-Brasil por meio da Female Sexual Function Index (FSFI) e de um formulário com variáveis sociodemográficas e gineco-obstétricas. O FSFI é um questionário construído originalmente em inglês(9) e já validado para a língua portuguesa(10) e italiana(11). É específico e multidimensional, para avaliar a resposta sexual feminina, acessando seus domínios. O questionário é composto por 19 questões, que informam sobre cinco domínios da resposta sexual: desejo/estímulo subjetivo, lubrificação, orgasmo, satisfação e dor/desconforto. Pontuações individuais são obtidas pela soma dos itens que compreendem cada domínio (escore simples), que são multiplicadas pelo fator desse domínio e fornecem o escore ponderado. A pontuação final (escore total: mínimo de 2 e máximo de 36) é obtida pela soma dos escores ponderados de cada domínio, sendo que quanto maior o escore melhor a função sexual(9). Após a assinatura do termo de anuência pelos coordenadores dos cursos e dos demais procedimentos de submissão e aprovação pelo Comitê de Ética, a operacionalização da coleta de dados se deu da seguinte maneira: 1ª Etapa: as acadêmicas de cada ano, em grupo, foram esclarecidas sobre a existência da pesquisa, em seguida, eram convidadas a participarem do estudo, sendo que o preenchimento da escala e do formulário sociodemográfico e gineco-obstétrico poderiam ser respondidos em qualquer lugar, de sua maior confiança e comodidade ou via internet. Neste momento, também foi realizada a leitura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, esclarecendo possíveis dúvidas.

2ª Etapa: após a assinatura e entrega do termo, as acadêmicas responderam a escala e o formulário sociodemográfico e gineco-obstétrico, via eletrônica, em seu local de preferência.

Considerou-se como ponto de corte para disfunção sexual a participante que obtivesse escore menor ou igual a 26(12). Todos os instrumentos foram disponibilizados no formato online através do aplicativo Google Docs para evitar possíveis vieses, por intimidação ou vergonha.

Análise dos resultados e estatística

A análise dos dados foi realizada com o uso do software Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 20 para Windows. Primeiramente, foi aplicado o teste de Kolmogorov-Smirnov, a fim de verificar se as variáveis contínuas apresentavam distribuição normal. Para comparação das variáveis nominais entre os grupos, utilizou-se o χ2 de Pearson; e, para as variáveis contínuas o Mann-Whitney U, devido à distribuição anormal dos dados. As variáveis contínuas foram descritas em média e intervalo de confiança de 95% (IC95%). Para verificar a presença de associação entre a variável dependente do estudo (disfunção sexual) e as independentes (dados sociodemográficos, antecedentes pessoais e obstétricos, e história sexual), foi utilizado o χ2 de Pearson. Para analisar a força da associação, utilizou-se o Odds Ratio (OR) com intervalo de confiança de 95% (IC 95%).

RESULTADOS

A faixa etária das universitárias variou de 18 a 39 anos de idade. As brasileiras eram mais velhas e possuíam renda familiar inferior. As italianas, por sua vez, tiveram sua menarca e início da vida sexual mais precoce (p<0,05) (Tabela 1).

Tabela 1
Descrição das características sociais e sexuais das participantes do estudo, Brasil e Itália

No geral, tanto as brasileiras como as italianas apresentaram escores totais médios no FSFI inferiores a 26, contudo, a função sexual das brasileiras foi estatisticamente melhor (BRA: M=25,3 IC95%:23,5-27,2/ITA: M=21,7 IC95%:20,3-23,1)d (p=0,00). Quando analisado separadamente, apenas os domínios “desejo” e “excitação” não apresentaram diferença entre os grupos (Figura 1).

Figura 1
Comparação dos escores dos domínios da Female Sexual Function Index (desejo, excitação, lubrificação, orgasmo, satisfação e dor) entre brasileiras e italianas

Nota: *Mann Whitney


Quando analisado por percentual, as italianas apresentaram mais disfunção (n=78/60,9%) do que as brasileiras (n=32/38,1%) (p=0,00). O domínio com escores mais baixos para as brasileiras foi “desejo” (M=3,6) e para as italianas foi “orgasmo” (M=3,1). O domínio com escores mais altos foram “lubrificação” (M=4,6) e “excitação” (M=3,8), para brasileiras e italianas, respectivamente.

A fim de avaliar os fatores relacionados à presença da disfunção, a amostra foi dividida em dois grupos: mulheres sem (n=103/48,6%) e com disfunção (n=109/51,4%). As mulheres mais jovens, solteiras e sem relacionamento estável apresentaram maior índice de disfunção sexual (p<0,05) (Tabela 2).

Tabela 2
Associação entre as variáveis sociais e clínicas e a presença da disfunção sexual

DISCUSSÃO

Embora os dados epidemiológicos da disfunção sexual sejam amplamente conhecidos em âmbito mundial, seus valores entre estudantes universitárias ainda são insuficientes, sendo raras as investigações que avaliaram a sexualidade na população universitária no Brasil e na Itália. Na população universitária, concentra-se o público jovem e vibrante que, na maioria das vezes, não possui patologias ou sinais e sintomas que exercem impacto negativo na qualidade de vida e sexualidade(13-14).

Apesar de a amostra ter essas características, encontraram-se altas taxas (51,4%) de disfunção sexual (escores totais do FSFI inferiores a 26). Quando comparado aos estudos realizados especificamente com universitárias, as brasileiras apresentam os percentuais mais baixos (38,1%), seguido das africanas (47% a 53,3%)(6-7). As italianas apresentaram percentuais para a disfunção, inferiores apenas às iranianas (91%)(4), o que reforça a influência de fatores socioculturais na sexualidade.

Mesmo com a busca exaustiva na literatura, não foi verificado nenhum estudo que avaliasse a presença de disfunções sexuais femininas com universitárias do curso de Enfermagem usando o FSFI, que é o instrumento adequado para avaliar o risco de disfunção sexual. Entretanto, estudo realizado com o objetivo de avaliar a função sexual de estudantes de graduação em Enfermagem utilizou como instrumento a Escala do Quociente Sexual - Versão Feminina (QS-F), no qual 28,4% das estudantes apresentaram padrão de desempenho sexual de desfavorável a ruim(15).

A prevalência da disfunção sexual em populações gerais utilizando o FSFI varia amplamente. Em mulheres com idade inferior a 59 anos e sem doenças de base foi identificada prevalência de 43% entre as americanas e 52,8% entre as egípcias(16). Em Hong Kong a incidência é de 37,9% de disfunção sexual entre as mulheres jovens e de meia-idade casadas(17). Enquanto isso, uma pesquisa de internet relatou incidência de 43,1% de disfunção sexual entre as mulheres coreanas com menos de 40 anos(18).

Observa-se que a prevalência das disfunções sexuais entre as acadêmicas aqui apresentadas foi elevada, quando comparada com outras investigações com mulheres não universitárias presentes na literatura, sugerindo que apesar de seu grau de conhecimento quanto à fisiologia, anatomia feminina e sexualidade humana, esta população possui dificuldades para exercer de forma plena e eficaz sua própria sexualidade.

Convém destacar que os dados relativos à prevalência para as disfunções sexuais, em geral, apresentam grande diversidade entre si, pelo fato de existir diferentes sistemas classificatórios, métodos de avaliação e os grupos populacionais em que incidem esses estudos(19).

Em relação aos resultados quanto à “excitação”, “lubrificação”, “orgasmo”, “satisfação” e “dor”, os dados aqui apresentados corroboram com outros estudos(20) que, ao avaliar as disfunções sexuais, verificaram que o “orgasmo” foi o domínio mais afetado (55%), seguido dos domínios “excitação” (40%), “desejo” (39%) e “dor” (31%). O “orgasmo” e o “desejo” também foram identificados como os principais domínios afetados em outras pesquisas(21).

Neste estudo, as variáveis, idade, estado civil e parceria fixa mostraram relações significantes com a presença ou não da disfunção sexual. A idade foi um fator de risco especialmente entre as acadêmicas mais jovens. Por outro lado, estudo anterior traçou o perfil sexual da população brasileira e identificou que indivíduos mais velhos reportaram maior insatisfação com a sua qualidade de vida sexual(22). Entre cem mulheres atendidas em um serviço de urologia em São Paulo, encontrou-se que a idade tem correlação negativa (p<0,001) com os domínios “satisfação” e “desejo” (p=0,046), e com o escore geral do FSFI (p=0,044)(10). Tais estudos reforçam o pressuposto de que à medida que a mulher envelhece aumenta a possibilidade de disfunção sexual devido à atrofia vaginal e suas consequências(23).

Por outro lado, outros pesquisadores apontam que a prevalência de disfunção sexual pode ser mais elevada em mulheres solteiras e com idade inferiores a 20 anos devido a dispareunia, que é mais elevada entre as mulheres mais jovens(24). Estudo que traçou o perfil sexual da população brasileira em sete cidades do país, afirmou que há muito tempo se sabe que idade, estado civil e escolaridade influenciam nas taxas de prevalência dos transtornos sexuais(22). Os resultados da presente investigação ratificam esses achados.

Ressalta-se ainda, a correlação significativa do maritalstatus com a presença ou ausência da disfunção sexual. Resultado semelhante foi verificado em estudo que avaliou a disfunção sexual de acordo com o status de relacionamento (solteira, parceria fixa e casada) em mulheres jovens (20 a 29 anos) através de inquérito online(25). Nesse estudo, mulheres solteiras apresentaram prevalência significativamente maior de problemas nos domínios “lubrificação” (M=3,38; 45,3%), “orgasmo” (M=3,01; 53,1%), “satisfação” (M=2,82; 67,2%) e “dor” (M=3,06; 50%), e também no escore total do Índice de Função Sexual Feminina (M=19,43; 60,9%), em comparação aos outros grupos (parceria fixa e casado)(25).

Esses achados ratificam a importância do parceiro sexual no desempenho sexual feminino e das relações conjugais na resposta sexual satisfatória(26).

Limitações do estudo

Os resultados deste estudo devem ser interpretados à luz de suas limitações. A disfunção sexual foi medida apenas por autorrelato e de forma online, não possibilitando a universitária dirigir ao pesquisador algum questionamento, caso fosse necessário. A maioria dos estudos apresentou apenas dados de incidência da disfunção sexual, porém não apresentou as médias específicas de cada domínio o que comprometeu a análise mais detalhada. Ressalta-se, também, que a ausência de um diagnóstico clínico específico, o qual avalia as condições orgânicas das participantes envolvidas, que possam estar influenciando a função sexual, pode ser relevante. Outra limitação é que o estudo aplicou apenas o FSFI sem associar outros instrumentos de avaliação clínica de forma que fosse possível inferir algum fator associado à disfunção sexual.

Contribuições para área da enfermagem, saúde ou política pública

O estudo traz como contribuição a avaliação da disfunção sexual, entre universitárias públicas, pouco investigada neste aspecto. Os dados revelaram um índice surpreendente de disfunção entre as universitárias, o que precisa ser mais bem investigado, especialmente quanto ao tipo e a qualidade das relações afetivas em que elas encontram-se inseridas. Na sociedade em que vivemos, estão muito presentes relações afetivas mais fugazes com menos compromisso e intimidade com o parceiro. Tais fatores podem estar influenciando negativamente na promoção da disfunção sexual nesta população.

CONCLUSÃO

A alta prevalência das disfunções sexuais evidenciadas neste estudo legitima a relevância do assunto. A partir dos escores da FSFI, foi possível verificar quais acadêmicas apresentam disfunções sexuais ou maior chance de desenvolvê-las.

Os achados deste estudo devem ser analisados com cautela, já que a amostra não foi representativa de todas as regiões geográficas dos países envolvidos no estudo, não podendo ter seus dados generalizados. Porém, a elevada incidência de disfunção sexual em um público tão jovem sugere a necessidade da realização de mais investigações que incrementem o conhecimento sobre a influência dos fatores psicossociais e relacionais na função sexual feminina, direcionando o cuidado para a promoção da saúde sexual e reprodutiva. A priori, mulheres mais jovens deveriam estar mais aptas e satisfeitas com sua função sexual, porém não foi o que o estudo revelou. Entre as mulheres mais jovens, os fatores socioculturais podem estar influenciando mais do que fatores puramente biológicos.

  • FOMENTO E AGRADECIMENTOS
    Ao Programa Ciências Sem Fronteiras, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico-CNPq.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    2018

Histórico

  • Recebido
    14 Fev 2017
  • Aceito
    09 Dez 2017
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