RESUMO
Objetivo:
analisar a correlação entre as características maternas e os desfechos perinatais, com o número de consultas pré-natais realizadas.
Método:
estudo transversal, realizado com 1.219 mães e recém-nascidos estratificados como risco intermediário de acordo com o Programa Rede Mãe Paranaense, adaptação da Rede Cegonha no âmbito estadual. Os dados foram coletados das Declarações de Nascidos Vivos. Foram utilizados os testes de Spearman, Wilcoxon e Kruskal-Wallis, para analisar a correlação entre as variáveis de interesse.
Resultados:
mulheres casadas, com maior escolaridade, da cor branca e com 30 anos ou mais foram as que mais compareceram às consultas de pré-natal. No tocante aos desfechos perinatais, crianças cujas mães tiveram maior frequência nas consultas de pré-natal, apresentaram melhores índices de Apgar e de peso ao nascer. Identificaram-se elevadas taxas de cesariana antes do início do trabalho de parto ocorrer.
Conclusão:
características maternas influenciam no processo de adesão ao pré-natal, impactando nos desfechos perinatais, indicando a pertinência destes fatores de risco e a necessidade de aprimorar ações voltadas à maior observância da estratificação de risco e ao atendimento qualificado e resolutivo das gestantes pertencentes ao risco intermediário.
DESCRITORES
Cuidado Pré-Natal; Serviços de Saúde Materno-Infantil; Mortalidade Infantil