RESUMO
Objetivo:
Identificar a prática de stealthing entre jovens universitários e as associações entre o perfil desses jovens e a prática do stealthing.
Método:
Estudo transversal realizado em um campus universitário de um município no interior paulista. A coleta de dados foi online pelo RedCap, entre maio e setembro de 2018, por meio de questionários com dados de identificação, características sociodemográficas e de saúde sexual e reprodutiva. Os dados foram analisados pelo IBM-SPSS, versão 17.0.
Resultados:
Participaram do estudo 380 estudantes, com idade entre 18 e 24 anos, a maioria sem exercer função remunerada, advindos(as) de ensino particular, sem religião e solteiras(os). Em sua maioria, eram do sexo biológico feminino e se identificavam como mulheres cisgênero e heterossexuais. Quanto ao stealthing, 1,33% dos participantes tinham realizado e 11,44% já tinham sofrido essa prática. Houve associação significativa entre ter sofrido stealthing e as variáveis sexo biológico feminino (p = 0,000) e se identificar como mulher (p = 0,000).
Conclusão:
A ocorrência do stealthing é maior entre os que sofreram essa prática do que entre aqueles que a praticaram. Ter sofrido stealthing está associado a ser do sexo feminino e se identificar como mulher.
DESCRITORES
Estudantes; Universidades; Saúde Sexual e Reprodutiva; Violência de Gênero; Preservativos; Delitos Sexuais