Associação Internacional de Enfermagem da Família: ferramenta com recursos para cuidados a famílias de migrantes ou refugiados

RESUMO

Objetivo:

Relatar a experiência do Comitê de Práticas da Associação Internacional de Enfermagem da Família em relação ao desenvolvimento de uma ferramenta com recursos para os cuidados a famílias de migrantes ou refugiados como resposta à crise mundial de migrantes e refugiados.

Métodos:

Estudo qualitativo e descritivo. Relato de experiência que descreveu o desenvolvimento de uma ferramenta com recursos para os cuidados a famílias de migrantes ou refugiados.

Resultados:

O desenvolvimento dessa ferramenta foi embasado na literatura atual relacionada a avaliação e intervenção centrada na família, uma prática culturalmente sensível baseada nos pontos fortes familiares; em declarações que indicavam o posicionamento sobre as famílias de migrantes ou refugiados; e em organizações de enfermagem e saúde que abordaram a saúde da família refugiada.

Conclusões:

A disseminação dos recursos disponíveis na ferramenta pode auxiliar nas práticas de enfermagem, estimular o uso de abordagens adequadas em avaliações e intervenções e promover a resiliência das famílias enquanto elas passam pelo período de adaptação, proporcionando, assim, bem-estar e levando à cura de traumas e adversidades enfrentados pelas famílias no processo de migrar ou refugiar-se.

DESCRITORES
Enfermagem Familiar; Emigração e Imigração; Refugiados

ABSTRACT

Objective:

To report the experience of the International Family Nursing Association (IFNA) Practice Committee on developing a Toolkit of resources to care for refugee/migrating families as a response to the global migration and refugee crisis.

Method:

Qualitative and descriptive study, experience report, which describes the development of a toolkit of resources for caring for refugee/migrating families.

Results:

The development of this Toolkit of resources to care for refugee/migrating families is supported by current literature related to family-centered evaluation and intervention, culturally sensitive practice based on family strengths; statements of positioning on immigrant and refugee families; and nursing and health organizations that addressed the health of the refugee family.

Conclusions:

The dissemination of the resources available in the Toolkit can support nursing practices, drive qualified approaches to assessments and interventions, capable of promoting family resilience as they adapt, providing well-being, and leading to the healing of traumas and adversities experienced by families in the process of migration or refuge.

DESCRIPTORS
Family Nursin; Emigration and Immigratio; Refugees

RESUMEN

Objetivo:

Informar la experiencia del Comité de Prácticas de la Asociación Internacional de Enfermería de Familia respecto del desarrollo de una herramienta con recursos para atención de familias de migrantes o refugiados como respuesta a la crisis mundial de ambos grupos.

Métodos:

Estudio cualitativo y descriptivo. Informe de experiencia describiendo el desarrollo de una herramienta con recursos de atención a familias de migrantes o refugiados.

Resultados:

El desarrollo de la herramienta se fundamentó en literatura actual relativa a la evaluación e intervención centrada en la familia, práctica culturalmente sensible basada en los puntos fuertes familiares; en declaraciones indicando posición sobre las familias de migrantes o refugiados; y en organizaciones de enfermería y sanitarias que abordaron la salud de las familias refugiadas.

Conclusiones:

La difusión de los recursos disponibles en la herramienta puede ayudar en las prácticas de enfermería, impulsar el uso de abordajes adecuados en evaluaciones e intervenciones, y promover la resiliencia en las familias mientras enfrentan el período de adaptación, brindando bienestar y apuntando a sanar traumas y adversidades enfrentadas por las familias en su proceso de migración o refugio.

DESCRIPTORES
Enfermería de la Familia; Emigración e Inmigración; Refugiados

INTRODUÇÃO

A pandemia de COVID-19, assim como conflitos e guerras, agravaram o quadro de saúde de famílias de migrantes e refugiados em todo o mundo e intensificaram a necessidade de evidências e práticas embasadas pela teoria e culturalmente sensíveis que promovam o apoio necessário aos enfermeiros para que possam prover cuidados de saúde a famílias de migrantes ou refugiados.

A migração pode ser um ato voluntário ou involuntário, como quando alguém cruza uma fronteira em busca de melhores condições de vida ou para estudar ou trabalhar(¹). Assim, o fluxo migratório pode ser motivado por fatores sociais, econômicos, culturais, religiosos ou ambientais(²). A situação dos refugiados é descrita como uma condição em que as pessoas estão fora de seus países de origem como resultado do medo de perseguição, conflitos, violência ou de outras circunstâncias que perturbem gravemente a ordem pública e exijam “proteção internacional”. Dessa forma, as situações enfrentadas costumam ser tão perigosas e intoleráveis que essas pessoas decidem cruzar as fronteiras nacionais para buscar segurança em outros países(¹).

Estima-se que 82,4 milhões de pessoas em todo o mundo foram deslocadas de forma forçada até o fim de 2020, o nível mais alto já registrado. Aproximadamente 26,4 milhões eram refugiados, sendo que metade tinha menos de 18 anos(³). Além disso, 258 milhões de pessoas vivem fora do país em que nasceram, o que representa um aumento de 49% desde 2000(⁴). Dessas, cerca de 21,3 milhões são refugiadas, 40,8 milhões se deslocaram no próprio país e 3,2 milhões estão em busca de asilo. Contudo, apenas uma pequena porcentagem dessa população chegará a um país desenvolvido de “reassentamento”; portanto, a maioria vai acabar se estabelecendo em países “anfitriões” próximos ao país de origem. Por volta de um terço vive em campos, e o restante se instala em áreas urbanas(³). Atualmente, 4,6 milhões de refugiados fugiram da Ucrânia desde 24 de fevereiro de 2022, e mais de 7 milhões de pessoas estão internamente deslocadas internamente no país. Dessa forma, a migração internacional tornou-se uma preocupação crítica para a implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável(⁴). O objetivo do presente estudo foi compartilhar o relato de experiência do desenvolvimento de uma ferramenta com recursos para os cuidados a famílias de migrantes ou refugiados como resposta do Comitê de Práticas da International Family Nursing Association (IFNA)/Associação Internacional de Enfermagem da Família à crise mundial de migrantes e refugiados.

MÉTODOS

Desenho do Estudo

Estudo qualitativo e descritivo que apresenta um relato de experiência do Comitê de Práticas da IFNA relacionado ao processo de desenvolver uma ferramenta com recursos para os cuidados a famílias de migrantes ou refugiados como resposta à crise mundial de migrantes e refugiados.

Local do Estudo

O Comitê de Práticas da IFNA é composto de enfermeiras de saúde da família da África do Sul, Austrália, Brasil, Canadá, Espanha, Estados Unidos, Japão, Nova Zelândia, Portugal e Taiwan. Esse comitê tem uma agenda de atividades e se reúne mensalmente de forma remota para discutir, planejar e disponibilizar às famílias as melhores abordagens de enfermagem. Ele é encarregado de transformar a saúde da família trabalhando como uma força e uma voz unificadoras em prol da saúde da família em todo o mundo, assim como de compartilhar conhecimento, práticas e habilidades para melhorar e estimular as práticas de saúde da família e de oferecer uma liderança no campo da saúde da família por meio da educação, pesquisa, socialização e trocas no ambiente universitário em todos os aspectos dessa área. O processo de desenvolvimento da ferramenta foi respaldado pela literatura atual relacionada a avaliação e intervenção centradas na família, uma prática culturalmente sensível baseada nos pontos fortes familiares; a declarações que indicavam o posicionamento sobre as famílias de imigrantes ou refugiados; e a organizações de enfermagem e saúde que abordaram a saúde da família refugiada.

Aspectos Éticos

O presente estudo refletiu as opiniões das autoras, e as diretrizes contidas na ferramenta com recursos para os cuidados a famílias de migrantes ou refugiados são embasadas por estudos científicos, declarações de organizações governamentais, e conselhos e associações de pessoas enfermas preocupadas com a saúde das famílias de migrantes e refugiados. Como o estudo não exigiu nenhum tipo de coleta de dados, não houve necessidade de submeter seu projeto a um comitê de ética.

RESULTADOS

O presente estudo é um relato de experiência do Comitê de Práticas da IFNA sobre o desenvolvimento de uma ferramenta com recursos de cuidados a famílias de migrantes e refugiados. Criou-se um subcomitê para identificar sistematicamente documentos internacionais (artigos científicos, diretrizes de práticas, recursos on-line) e as melhores práticas, bem como disseminar essas informações no website da IFNA. O comitê reúne especialistas em enfermagem da família durante reuniões mensais para discutir as melhores práticas de cuidados, habilidades de enfermagem da família e questões políticas que afetam a oferta de cuidados dessa área da enfermagem, já que é entendido que os esforços para reduzir o sofrimento das famílias devem ser de toda a sociedade. Enfermeiros da família reconhecem a necessidade de se instrumentalizarem para desenvolver cuidados culturalmente sensíveis, baseados em modelos teóricos e evidências científicas e calcados na prática. Durante o processo de desenvolvimento da ferramenta, recursos impressos e de mídia foram identificados por membros do Comitê de Práticas, selecionados e disponibilizados on-line. Uma vez determinado que as informações no recurso eram relevantes para promover, manter e restaurar a saúde dessas famílias e, assim, promover cuidados a elas, o recurso era adicionado ao website da IFNA(⁵), criado para auxiliar famílias e profissionais de saúde em relação aos cuidados com migrantes ou refugiados (Figura 1).

Figura 1.
Ferramenta com recursos para os cuidados a famílias de refugiados ou migrantes(⁵).

Dada a relevância desse tema emergente para a enfermagem e a necessidade de uma resposta imediata à crise mundial de migrantes e refugiados, a IFNA desenvolveu uma ferramenta com recursos para os cuidados a famílias de migrantes ou refugiados(⁵). Essa ferramenta foi embasada: 1) pela literatura atual (avaliação e intervenção centradas na família); 2) declarações que indicavam o posicionamento sobre as famílias de migrantes ou refugiados; e 3) informações de organizações de enfermagem e saúde que abordaram a saúde da família refugiada.

Recomendações da IFNA Para a Prática com Famílias de Imigrantes ou Refugiados

Com base nas evidências dos estudos desenvolvidos com famílias de diferentes culturas, propõem-se algumas recomendações para promover a saúde de famílias de migrantes ou refugiados:

• –

  Oferecer cuidados de saúde de qualidade a todos os indivíduos que fizerem parte de famílias de migrantes ou refugiados.

• –

  Proporcionar cuidados de saúde culturalmente sensíveis, baseados em crenças, práticas e valores culturais, o que facilita o acesso de migrantes ou refugiados ou de famílias com essas características aos serviços de saúde.

• –

  Estabelecer comunicação verbal e não verbal apropriada para transmitir mensagens claras e solicitar a opinião desses indivíduos ou famílias.

• –

  Promover a integração ao novo ambiente, incluindo escola, igreja, local de trabalho, idioma e cultura na nova comunidade, conectando esses indivíduos ou famílias a grupos de saúde.

• –

  Diminuir o distanciamento sociocultural entre profissionais, indivíduos e famílias se essas pessoas forem migrantes ou refugiados.

• –

  Promover medidas para uma abordagem correta das visitas domiciliares e procure por migrantes ou refugiados e famílias com pessoas nessa situação, favorecendo a relação de confiança e empatia.

• –

  Promover o diálogo sobre a percepção da família diante de diferenças em padrões e comportamentos culturais, comparando seu país de origem ao novo país.

• –

  Aumentar a capacidade de adaptação a mudanças para reduzir os riscos biopsicossociais a que migrantes ou refugiados ou famílias com essas características estão expostos.

• –

  É compromisso de associações e conselhos de enfermeiros aumentar os esforços para tornar os serviços de enfermagem obrigatórios em escolas para facilitar o acesso de migrantes ou refugiados ou famílias com essas características aos cuidados de saúde.

• –

  Reconhecer que as famílias de migrantes ou refugiados enfrentam uma experiência complexa em razão da natureza da migração e do processo de aculturação.

• –

  Manter as famílias unidas deve ser prioridade, já que a separação delas, e mesmo a ameaça de separação, prejudica as crianças.

• –

  Capacitar enfermeiros da família para analisar o sofrimento emocional de migrantes ou refugiados ou famílias com essas características.

• –

  Estimular a prática de atividades físicas como esportes coletivos, que contribuem para a socialização e o aprendizado do novo idioma.

DISCUSSÃO

Literatura Atual: Avaliação e Intervenção Centradas na Família Aplicadas às Famílias de Refugiados

Oferecer acesso à literatura atualizada e baseada em evidências e práticas é uma estratégia para auxiliar a instrumentalização de enfermeiros nas suas práticas com as famílias(⁵). Pesquisas desenvolvidas em diferentes países contribuíram para o conhecimento sobre as situações de vida complexas de migrantes e refugiados(⁶). Entretanto, as informações sobre as experiências deles disponíveis nos sistemas de saúde dos países de acolhimento mostraram que a necessidade de melhorar a qualidade dos cuidados de saúde é urgente(⁷).

Recomenda-se usar um modelo teórico de cuidados na abordagem das famílias de migrantes ou refugiados(⁸,⁹). Como modelo de intervenção, cita-se o que foi elaborado por Samarasinghe para a família de refugiados, baseado em um entendimento abrangente do impacto da transição na saúde da família, no caso de migrantes involuntários(¹⁰). O desenvolvimento desse modelo foi inspirado no modelo de Calgary de cuidados centrados na família e teve como meta gerar uma ferramenta para enfermeiros que atuam no cuidado primário no contexto de avaliação e intervenção na adaptação de famílias de migrantes involuntários sob transição cultural, com base nos seguintes objetivos: (i) administrar o processo de aculturação; (ii) integrar a família à sociedade; e (iii) atingir relações familiares estáveis.

Além dos modelos teóricos usados pelos enfermeiros na abordagem de famílias de migrantes ou refugiados, as ações desenvolvidas por esses profissionais nas escolas podem ser recursos importantes, com um forte impacto na construção de vínculos que permitam o acesso a informações sobre problemas de saúde(¹¹). Dessa forma, a presença de enfermeiros escolares como profissionais de saúde oferece recursos importantes a crianças e famílias e serve como ponte para conectar as famílias a serviços de saúde(¹²). Além disso, fornecer terapias de enfermagem apropriadas pode promover uma transição saudável no contexto geral de migração, incluindo o processo de aculturação, mudanças físicas, biológicas, econômicas, sociais, psicológicas e políticas que ocorrem durante o aprendizado de um novo estilo de vida(¹⁰).

Declarações Contendo o Posicionamento Sobre Famílias de Migrantes ou Refugiados

Como enfermeiros da família, nossas atitudes em relação à crise mundial de migrantes e refugiados estão intrinsecamente ligadas às nossas crenças sobre a importância central da família, à nossa ética de direitos humanos no que diz respeito à saúde e ao bem-estar e ao nosso papel na promoção da saúde da família. Enfermeiros que atuam nessa área sempre estiveram em uma posição singular para ajudar famílias que estão enfrentando dificuldades físicas, psicológicas, espirituais e/ou de relacionamento relacionadas à migração e ao deslocamento forçados em razão de conflitos armados, violência, perseguição, pobreza e desastres(⁵).

Outras organizações internacionais preocupadas com a vida de migrantes e refugiados declararam sua posição sobre as políticas de acolhimento adotadas pelos países: elas são contrárias à separação de crianças de seus pais, já que isso pode desencadear um elevado nível de estresse tóxico e trauma psicológico. Assim, essas organizações enfatizaram a importância de manter os membros da família unidos para reduzir o estresse e aumentar o bem-estar(¹³,¹⁴).

Essa união deveria ser prioridade, já que a separação de familiares e a ameaça de separação prejudicam as crianças de acordo com o National Council on Family Relations. Além disso, os pais sofrem com a constante ameaça de serem separados dos filhos, e sua situação irregular afeta os processos familiares, fazendo-os se sentir desalentados(¹⁵). As mães sofrem em razão da distância dos filhos que foram deixados para trás quando elas migram sem eles ou por continuarem a ser responsáveis por cuidar deles enquanto seus maridos estão em outro país(¹⁶).

Famílias de migrantes ou refugiados precisam ser empoderadas, e a cooperação entre os países deveria fortalecer a resiliência das comunidades de refugiados, principalmente em países em desenvolvimento. Deve-se facilitar a migração e a mobilidade ordeira, segura, regular e responsável de pessoas por meio da implementação de políticas de migração planejadas e bem geridas(⁴).

Abordar as necessidades de saúde e o sofrimento de famílias (especialmente de crianças) que passaram por experiências adversas de migração forçada é um dos primeiros passos para oferecer cuidados de enfermagem da família de qualidade. Promover a resiliência de famílias enquanto elas se adaptam à aculturação e ao realojamento, bem como curar as consequências da adversidade e do trauma, requer dos enfermeiros da família um alto grau de qualificação. Esses profissionais têm uma consciência aguda das interações complexas entre o indivíduo, a família e os contextos sociais e culturais mais amplos em que os refugiados se restabelecem. Sempre que as famílias precisarem, os enfermeiros familiares estarão disponíveis para oferecer compaixão, curiosidade e cura ao mesmo tempo em que preconizam políticas e o acesso a recursos que vão transformar a saúde da família em todo o mundo(⁵).

Organizações de Enfermagem e de Saúde: Documentos e Websites Sobre Saúde de Famílias de Migrantes ou Refugiados

Os documentos disponibilizados por instituições de enfermagem e de saúde sobre saúde de famílias de migrantes ou refugiados apresentam informações atualizadas, com diretrizes de políticas e de cuidados. Os esforços para reduzir o sofrimento dessas famílias devem ser de toda a sociedade, e os enfermeiros da família reconhecem a necessidade de ser instrumentalizados para desenvolverem cuidados culturalmente sensíveis baseados em modelos teóricos(¹⁷–²³).

LIMITAÇÕES DO ESTUDO

As limitações do presente estudo estão relacionadas a aspectos socioculturais, porque é muito difícil desenvolver um único guia ou manual que se adeque à realidade de todas as famílias de migrantes ou refugiados, dada a enorme diversidade cultural das comunidades, mesmo quando as pessoas se deslocam no próprio país. Assim, as diretrizes contidas neste estudo são consideradas genéricas e pertinentes para ser usadas em diferentes locais e culturas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A ferramenta de cuidados a famílias de migrantes ou refugiados desenvolvida pela IFNA é uma resposta à crise mundial de migrantes e refugiados. Foi embasada pela literatura atual relacionada a avaliação e intervenção centrada na família, culturalmente sensível e baseada nos pontos fortes familiares; declarações que indicavam o posicionamento sobre as famílias de migrantes ou refugiados; e a organizações de enfermagem e saúde que abordaram a saúde da família refugiada sendo praticada com indivíduos e famílias, enfatizando o papel importante que a enfermagem desempenha na prática com famílias de migrantes ou refugiados em nível mundial. Em particular, ao acolher as famílias, é importante reduzir o medo e favorecer a construção e o fortalecimento de vínculos com a rede de apoio formada por organizações sociais como escolas, igrejas e locais de trabalho, de modo que o processo de aculturação ocorra sem traumas. Portanto, considera-se essencial que os enfermeiros desenvolvam habilidades para oferecer cuidados com empatia e respeito pelas diferenças culturais e realmente advoguem as famílias.

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Editado por

EDITOR ASSOCIADO

José Manuel Peixoto Caldas

Datas de Publicação

• Publicação nesta coleção
  23 Jun 2023
• Data do Fascículo
  2023

Histórico

• Recebido
  15 Dez 2022
• Aceito
  27 Mar 2023