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Transição e continuidade do cuidado após alta hospitalar de sobreviventes da COVID-19

RESUMO

Objetivo:

Avaliar a qualidade da transição do cuidado e compará-la com as características clínicas e de continuidade do cuidado pós-alta hospitalar de sobreviventes de COVID-19.

Método:

Estudo descritivo, observacional e transversal, realizado com 300 pacientes com COVID-19 que tiveram alta de hospital do sul do Brasil. Utilizaram-se o Care Transitions Measure (CTM-15) e um roteiro de perguntas sobre sintomas, dificuldades e uso de serviços de saúde pós-alta. Utilizaram-se os testes t de Student, correlação de Pearson e Spearman.

Resultados:

O escore médio para a qualidade da transição do cuidado foi de 74,2 (±18,2). Fatores associados à maior qualidade foram ter atendimento em terapia intensiva (p = 0,001), usar ventilação mecânica não invasiva (p = 0,05), usar vasopressores (p = 0,027) e consultar no hospital após alta (p = 0,014). Fatores correlacionados positivos foram tempo de permanência (p = 0,017), e negativos, sintomas pós-alta de fadiga (p = 0,001), fraqueza (p = 0,008), dificuldade para fazer atividades moderadas (p = 0,003) e quão difícil é a recuperação (p = 0,003).

Conclusão:

A maioria dos participantes teve percepção satisfatória da transição do cuidado. Entretanto, aspectos como plano de cuidado, encaminhamentos e acompanhamento pós-alta hospitalar necessitam de melhorias.

DESCRITORES
Alta do Paciente; Continuidade da Assistência ao Paciente; Infecções por Coronavírus; Qualidade da Assistência à Saúde

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