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Temperatura e umidade no armazenamento de materiais autoclavados: revisão integrativa

Temperatura y humedad en el almacenamiento de materiales autoclavados: revisión integrativa

Resumos

São diversificadas as recomendações referentes à temperatura (T°) e umidade relativa do ar (UR) no armazenamento de materiais esterilizados em Centrais de Material e Esterilização (CME), sem que essas recomendações estejam embasadas em referenciais teóricos ou experimentos. A prática mostra dificuldades em controlar esses parâmetros, suscitando dúvidas quanto ao risco para a manutenção da esterilidade dos materiais. Este artigo propôs, por meio de uma revisão bibliográfica integrativa, identificar e analisar as recomendações referentes à T° e UR indicadas para o setor de guarda dos materiais na CME. Não foi encontrada literatura que justifique tais recomendações. Foram incluídas sete publicações que analisaram as variáveis T° e UR da área de armazenagem como fatores que podem afetar a manutenção do material esterilizado, e apresentaram resultados contraditórios quanto à interferência desses fatores na manutenção da esterilidade dos materiais.

Materiais; Temperatura ambiente; Umidade; Esterilização; Administração de materiais no hospital


Bien diversas son las recomendaciones referentes a la temperatura (T°) y humedad relativa del aire (UR) en el almacenamiento de materiales esterilizados en Centrales de Materiales y Esterilización (CME), sin que tales recomendaciones estén basadas en referenciales teóricos o experimentos. La práctica muestra dificultad para controlar estos parámetros, generando dudas en cuanto al riesgo para el mantenimiento de la esterilidad de estos materiales. Este artículo propuso, a partir de una revisión bibliográfica integrativa, identificar y analizar las recomendaciones referentes a la T° y UR indicadas para el sector de guardado de materiales en la CME. No se encontró literatura que justifique tales recomendaciones. Fueron incluidas siete publicaciones que analizaron las variables T° y UR del área de almacenamiento como factores que pueden afectar el mantenimiento del material esterilizado y presentaron resultados contradictorios en cuanto a la injerencia de dichos factores en el mantenimiento de la esterilidad de los materiales.

Materiales; Temperatura ambiente; Humedad; Esterilización; Administración de materiales de hospital


The recommendations for temperature (T°) and relative humidity (RU) for the storage of sterilized materials in Sterilization Central Supply (SCS) vary according to different sources, and are not based on theoretical frameworks or experiments. The practice shows difficulties in controlling these parameters, leading to doubts regarding the maintenance of the sterility of these materials. This article proposed, through a literature review, to identify and analyze the recommendations for T° and RU for the sterile storage area. We did not find any literature that justifies the referred recommendations. Seven articles were included which analyzed the variables T° and RU in the storage area as factors that could affect the sterility of the materials, and showed contradictory results regarding these factors' interference in maintaining the sterility of the materials.

Materials; Temperature; Humidity; Sterilization Materials management, hospital


ARTIGO DE REVISÃO

Temperatura e umidade no armazenamento de materiais autoclavados: revisão integrativa

Temperatura y humedad en el almacenamiento de materiales autoclavados: revisión integrativa

Camila Quartim de Moraes BrunaI; Kazuko Uchikawa GrazianoII

IEnfermeira. Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem na Saúde do Adulto da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil, caquartim@yahoo.com.br

IIEnfermeira. Professora Titular do Departamento de Enfermagem Médico Cirúrgica da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. Paulo, SP, Brasil, kugrazia@usp.br

Correspondência Correspondência: Camila Quartim de Moraes Bruna Av. Rouxinol, 161 – Apto. 101 – Moema CEP 04516-000 – São Paulo, SP, Brasil

RESUMO

São diversificadas as recomendações referentes à temperatura (T°) e umidade relativa do ar (UR) no armazenamento de materiais esterilizados em Centrais de Material e Esterilização (CME), sem que essas recomendações estejam embasadas em referenciais teóricos ou experimentos. A prática mostra dificuldades em controlar esses parâmetros, suscitando dúvidas quanto ao risco para a manutenção da esterilidade dos materiais. Este artigo propôs, por meio de uma revisão bibliográfica integrativa, identificar e analisar as recomendações referentes à T° e UR indicadas para o setor de guarda dos materiais na CME. Não foi encontrada literatura que justifique tais recomendações. Foram incluídas sete publicações que analisaram as variáveis T° e UR da área de armazenagem como fatores que podem afetar a manutenção do material esterilizado, e apresentaram resultados contraditórios quanto à interferência desses fatores na manutenção da esterilidade dos materiais.

Descritores: Materiais. Temperatura ambiente. Umidade. Esterilização. Administração de materiais no hospital.

RESUMEN

Bien diversas son las recomendaciones referentes a la temperatura (T°) y humedad relativa del aire (UR) en el almacenamiento de materiales esterilizados en Centrales de Materiales y Esterilización (CME), sin que tales recomendaciones estén basadas en referenciales teóricos o experimentos. La práctica muestra dificultad para controlar estos parámetros, generando dudas en cuanto al riesgo para el mantenimiento de la esterilidad de estos materiales. Este artículo propuso, a partir de una revisión bibliográfica integrativa, identificar y analizar las recomendaciones referentes a la T° y UR indicadas para el sector de guardado de materiales en la CME. No se encontró literatura que justifique tales recomendaciones. Fueron incluidas siete publicaciones que analizaron las variables T° y UR del área de almacenamiento como factores que pueden afectar el mantenimiento del material esterilizado y presentaron resultados contradictorios en cuanto a la injerencia de dichos factores en el mantenimiento de la esterilidad de los materiales.

Descriptores: Materiales. Temperatura ambiente. Humedad. Esterilización. Administración de materiales de hospital.

INTRODUÇÃO

A Central de Materiais e Esterilização (CME) tem como atribuições recepção, limpeza, desinfecção, preparo, esterilização, armazenamento e distribuição de materiais utilizados na assistência à saúde(1).

O armazenamento dos materiais é um dos pontos críticos para manutenção da esterilidade dos mesmos e existem recomendações quanto às condições ambientais na área de guarda. Dentre elas, são enfatizados os controles da temperatura (T°) e da umidade relativa do ar (UR)(2-8).

A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 50 regulamenta a obrigatoriedade do ar condicionado na sala de armazenagem e distribuição de materiais e roupas esterilizados(9), embora a prática mostre que nem todas as Centrais de Materiais e Esterilização são capazes de atender tal norma, seja por questões técnicas, estruturais ou financeiras.

Existem também algumas recomendações, feitas tanto por associações quanto por autores independentes, que visam padronizar a T° e UR do ambiente de guarda.

Síntese das recomendações quanto à temperatura e umidade no ambiente de armazenamento de materiais esterilizados em uma CME (Quadro 1)


O manual de esterilização da Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar (APECIH) recomenda que a área de estocagem tenha controle de umidade relativa do ar entre 35%-70%, e temperatura entre 18°C-22°C. Justifica as recomendações na crença de que estas condições são desfavoráveis ao crescimento microbiano e favoráveis às embalagens, embora assuma a ausência de comprovação científica que confirme a recontaminação dos artigos esterilizados quando estas condições não estiverem presentes. Nesta recomendação, chama a atenção o grande intervalo proposto para a UR(2).

A Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Central de Materiais e Esterilização (SOBECC) instrui manter o controle de T° em torno de 25°C e UR entre 30% – 60%, não apresentando também justificativa para tais orientações(3).

A Association of Perioperative Registered Nurses (AORN) recomenda T° menor ou igual a 24°C e UR inferior ou igual a 70%(4). Não detalha as razões para a escolha destes valores.

O American Institute of Arquitects (AIA) recomenda UR no valor máximo de 70% e não especifica a T° almejada. Também não são citadas justificativas(5).

A Association for the Advancement of Medical Instrumentation (AAMI) recomenda que a T° atinja no máximo 24°C, alegando conforto para os funcionários, além de afirmar que bactérias se desenvolvem em temperaturas mais altas, e sugere que baixas temperaturas podem diminuir o crescimento bacteriano em geral, inclusive nas superfícies das embalagens (13). Recomenda também que a UR não deva ultrapassar os 70%, afirmando que umidade alta promove crescimento microbiano. Não são feitas referências a estudos justificando estas afirmações(6).

Renomadas autoras americanas(7) sugerem que a T° deve ser mantida entre 18°C e 22° C e a UR entre 35% e 70%, sem citar embasamento teórico que justifique a recomendação.

Outro autor(8) sugere valores de T° entre 18°C-22°C e UR entre 35% – 50%. Alega que a manutenção de condições ótimas minimiza o potencial de contaminação dos artigos esterilizados, justificando que a UR estabelecida previne danos prematuros aos materiais e selagem das embalagens, embora não relacione as afirmações a estudos científicos comprobatórios.

Salas de guarda e armazenamento de material esterilizado frequentemente são contíguas à área de esterilização, onde ficam as autoclaves, as quais eliminam vapor ao término do processo, elevando constantemente tanto a UR quanto a T° do ambiente.

Frente ao exposto, questiona-se: Estariam todos os artigos submetidos ao risco de contaminação quando a T° ou a UR da área de armazenamento estiverem fora dos padrões indicados?

Se o objetivo das embalagens é manter os artigos esterilizados até o uso, incluindo armazenamento e transporte(10), não teriam as embalagens qualificadas também a finalidade de proteger os conteúdos esterilizados frente às diversas variações de T° e UR do ambiente?

Como exemplo, para a qualificação do papel grau cirúrgico para fins de obtenção de registro junto a Agência Nacional de Vigilância a Saúde do Brasil (ANVISA) há a necessidade de realização de teste de envelhecimento acelerado a 37°C, 50°C e em temperatura dentro da geladeira (4°C), sendo que a embalagem não deve sofrer alterações nas propriedades físicas, incluindo a barreira microbiana, mesmo após 6 meses de exposição nestas temperaturas(11).

Tendo em vista que os questionamentos internos devem buscar respostas embasadas em evidências científicas(12), esta pesquisa traçou como objetivos identificar e analisar os fundamentos teóricos que levaram ao estabelecimento de parâmetros para T° e UR do ambiente do setor de guarda de materiais esterilizados como possíveis fontes de contaminações dos materiais armazenados.

MÉTODO

Foi realizada uma revisão integrativa da literatura científica com o intuito de responder a questão: Quais os embasamentos teóricos que norteiam a definição dos valores de T°e UR na área de armazenamento de materiais esterilizados?

Foram utilizadas as bases de dados MEDLINE, PUBMED e LILACS, e os seguintes descritores do Medical Subject Headings Section (MESH): fatores de tempo, instrumentos cirúrgicos, esterilização, embalagem de produtos, temperatura e umidade. Por meio da análise do título e do resumo, foram selecionados os artigos que incluíram condições de T° e/ou UR no armazenamento de produtos de saúde autoclavados. As publicações que atenderam ao critério de inclusão foram consultados na íntegra. Foram excluídos artigos que não se referiam a armazenamento de material esterilizado, que não se caracterizavam como estudos primários, que não relatavam condições de T° e UR na área de guarda de materiais autoclavados ou que não se referiam a produtos para a saúde.

Como estratégias complementares, foram consultados os manuais e guias das Sociedades responsáveis por elaborar recomendações para as ações desenvolvidas na CME, bem como legislações vigentes, e foram realizadas consultas manuais ao acervo das bibliotecas da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EE-USP), Biblioteca Central da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e acervo local da Comissão de Controle de Infecção do Hospital São Paulo, ligado à UNIFESP, e da Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Central de Materiais (SOBECC). Também foi realizada busca em árvore, a fim de resgatar as referências primárias citadas pelos artigos selecionados.

Não houve restrições aos idiomas dos trabalhos e embora a pesquisa bibliográfica não apresente restrições de período para a busca das publicações, o estudo mais antigo encontrado data de 1971.

RESULTADOS

Ao contrário do esperado, não foram encontrados estudos que avaliassem exclusivamente a influência da T° e da UR na manutenção da esterilidade de artigos armazenados em uma Central de Material e Esterilização. Os artigos encontrados relatam experimentos realizados com o objetivo de avaliar o prazo de validade da esterilidade dos materiais armazenados em diferentes tipos de embalagens. Nestes experimentos a inclusão do controle de T° e UR do ambiente foram justificadas como controle de variáveis externas ou secundárias e foram incluídos neste estudo, pois permitiram a análise da interferência destes fatores na manutenção da esterilidade dos materiais.

Foram encontrados 109 artigos, destes, apenas 4 atenderam aos critérios de inclusão (Quadro 2) e 3 artigos foram selecionados por meio de busca em árvore. Os artigos repetidos foram desconsiderados.


Síntese dos experimentos que incluíram a avaliação do impacto do controle de temperatura e umidade na manutenção da esterilidade dos materiais

Uma pesquisa comparativa realizada em dois hospitais com a finalidade de determinar por quanto tempo materiais permaneceriam esterilizados quando armazenados em diferentes condições de clima, prateleiras abertas ou fechadas e diferentes embalagens, observou contaminação do conteúdo relacionada principalmente ao tipo de embalagem e tipo de prateleira utilizada, mas não correlacionaram a contaminação encontrada com as variações de T° e UR, pois estes não variaram significativamente nos meses quentes e frios. A T° apresentou uma média de 25°C, e a UR variou entre 35% e 48%, levando os autores a concluir que não foram observadas evidências que relacionassem diretamente as contaminações com alterações atmosféricas(14).

Os mesmos autores(15) realizaram um outro experimento, como complemento do estudo anterior, para comparar a segurança na manutenção da esterilidade dos materiais quando preparados e armazenados nas condições mais críticas, de embalagem e prateleiras, observadas no experimento anterior. Os valores de T° foram mantidos entre 21,1°C e 26,7°C e UR 30% e 55%. Os resultados também mostraram contaminação não relacionada às condições climáticas do ambiente de guarda do material.

Outra investigação (16) realizada com o intuito de analisar a manutenção da esterilidade de pacotes em diferentes prazos e condições de armazenamento, incluindo diversas embalagens, tipo de prateleiras e locais controlados versus locais sem controle ambiental e de manuseio, observou não haver significância estatística nas contaminações encontradas.

Um experimento(17) foi realizado visando substituir o prazo de validade de materiais esterilizados pelo controle evento-relacionado. Este paradigma parte do princípio de que o material esterilizado e adequadamente embalado permanece nesta condição até que o pacote sofra danos, como umidade, rasgos, amassados ou quebra da selagem (18). As amostras esterilizadas foram distribuídas em cinco áreas de um hospital, algumas com controle de T°, por meio de ar condicionado, e outras sem. Nenhuma das amostras analisadas apresentou contaminação.

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Um grupo de pesquisadores interessados em confirmar a possibilidade de um prazo de validade de esterilidade longo, armazenou pequenos instrumentais embalados e esterilizados em uma sala cirúrgica, com umidade controlada, e os avaliou microbiologicamente por um período de até 96 semanas. Um grupo de instrumentais foi armazenado no mesmo ambiente, mas sem embalagem, constituindo o grupo controle positivo. Nenhuma das amostras embaladas apresentou contaminação e o grupo positivo, sem embalagem, apresentou contaminação em todas as amostras, excentuando-se as duas primeiras analisadas(19).

Com o objetivo de validar o prazo da esterilização de dois hospitais, um com controle de temperatura na área de guarda de materiais esterilizados e outro sem controle, amostras foram armazenadas nas Centrais de Materiais e Esterilização e analisadas quanto a contaminação microbiológica em diferentes prazos de armazenamento. A contaminação encontrada foi considerada acidental e as autoras finalizam recomendando a realização de estudos que avaliem a interferência da UR e da T° no armazenamento para aprazamento de materiais esterilizados, uma vez que no experimento realizado uma das áreas de guarda do material não possuía climatização e mesmo assim não foi observada contaminação das amostras(20).

Em um relato de 1977, caixas de instrumental cirúrgico encontradas armazenadas há 43 anos no porão de um hospital, sem qualquer controle ambiental, não evidenciaram microorganismos viáveis(21).

DISCUSSÃO

Existem recomendações de organizações oficiais da área de saúde para parâmetros de T° e UR do ambiente de estocagem de material esterilizado em CME. Os valores recomendados para temperatura variam de 18°C a 25°C, enquanto a UR de 30% a 70% (2-8).

Embora sejam recomendações de órgãos oficiais, nenhuma delas apresentou pesquisas que comprovem o impacto dos fatores ambientais, T° e UR, na manutenção da esterilidade dos materiais armazenados e algumas não apresentaram justificativas.

As publicações de pesquisas experimentais encontradas por meio desta revisão bibliográfica foram realizadas principalmente para avaliar as condições de armazenamento de materiais, com o intuito de referendar ou alterar o prazo de validade da esterilidade, ou avaliar as propriedades de barreira microbiana das embalagens, e não com o objetivo principal de avaliar o impacto da T° e da UR na contaminação dos artigos armazenados.

Frente a esta importante lacuna, foi possível perceber a fragilidade da exigência da RDC nº 50, e mesmo das recomendações citadas, pois pode-se dizer que hoje não existem dados capazes de elucidar a importância do controle destas variáveis na sala de armazenamento.

A análise da frágil influência da T° e da UR evidenciada pelos artigos encontrados demonstrou contaminações em situações experimentais, em condições controladas dentro dos parâmetros preconizados na literatura, e ausência de contaminação quando estes parâmetros não foram controlados, minimizando a importância de tais controles na manutenção da esterilidade dos materiais durante seu armazenamento.

CONCLUSÃO

Apesar das metodologias empregadas nas pesquisas terem sido diversas, as contradições encontradas nos resultados geram fragilidades na importância destes controles, o que reforça a tese de que a T° e UR do ambiente tem baixo ou nenhum impacto na manutenção da esterilidade dos materiais adequadamente embalados.

A lacuna na literatura apontada por esta revisão indicou para a necessidade de desenvolvimento de pesquisas experimentais bem delineadas que determinem definitivamente a relevância ou não do controle da T° e UR no ambiente onde os materiais esterilizados são armazenados, a partir da crença de que as embalagens qualificadas protegem o seu conteúdo das condições ambientais adversas, incluindo nelas variações de T° e UR.

Recebido: 03/05/2011

Aprovado: 09/12/2011

  • 1
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  • 4
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  • 5
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  • Correspondência:

    Camila Quartim de Moraes Bruna
    Av. Rouxinol, 161 – Apto. 101 – Moema
    CEP 04516-000 – São Paulo, SP, Brasil
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      04 Dez 2012
    • Data do Fascículo
      Out 2012

    Histórico

    • Recebido
      03 Maio 2011
    • Aceito
      09 Dez 2011
    Universidade de São Paulo, Escola de Enfermagem Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 419 , 05403-000 São Paulo - SP/ Brasil, Tel./Fax: (55 11) 3061-7553, - São Paulo - SP - Brazil
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