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Controle da temperatura corporal no intraoperatório: termômetro esofágico versus termômetro timpânico

Resumo

OBJETIVO

Verificar a correlação entre as medidas de temperatura realizadas por meio de um termômetro timpânico por infravermelho e por um termômetro esofágico, durante o período intraoperatório.

MÉTODO

Realizou-se um estudo longitudinal, de medidas repetidas, incluindo sujeitos com idade igual ou superior a 18 anos, submetidos à cirurgia oncológica eletiva do sistema digestório, com duração da anestesia de, no mínimo, 1 hora. As medidas de temperatura eram realizadas, ao mesmo tempo, por meio de um termômetro esofágico calibrado e por termômetro timpânico por infravermelho calibrado, com precisão de leitura em laboratório de ±0,2ºC. A temperatura da sala operatória permaneceu entre 19 e 21ºC.

RESULTADOS

Foram incluídos 51 pacientes, em sua maioria homens (51%), brancos (80,4%). Todos os pacientes foram aquecidos com o sistema de ar forçado aquecido, em média por 264,14 minutos (DP = 87,7). As duas medidas de temperatura não tiveram comportamento diferente ao longo do tempo (p = 0,2205), mas a medida timpânica foi consistentemente menor em 1,24°C (p < 0,0001).

CONCLUSÃO

O termômetro timpânico apresentou resultados confiáveis, mas refletiu temperaturas mais baixas do que o termômetro esofágico.

Descritores
Hipotermia; Temperatura Corporal; Termômetros; Enfermagem Perioperatória

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