RESUMO
Objetivo:
Testar o poder explicativo das estratégias de enfrentamento e intolerância à incerteza nos níveis de estresse percebidos pelos homens e testar o papel moderador das estratégias de enfrentamento na relação entre a intolerância à incerteza e o estresse percebido durante a pandemia de Covid-19.
Método:
Estudo transversal online do qual participaram 1.006 homens que moravam no Brasil durante a pandemia de Covid-19. Os participantes foram recrutados por meio de uma técnica de amostragem em bola de neve e preencheram um questionário contendo medidas de todas as variáveis do estudo. Os dados foram examinados usando uma correlação e uma análise de regressão.
Resultados:
Intolerância à incerteza (β = 0,51) e recusa (β = 0,.15) previram positivamente o estresse percebido, enquanto o controle (β = −0,31) e o isolamento (β = –0,06) previram-no negativamente. Juntas, essas variáveis explicaram 52% do estresse percebido pelos homens (p< 0,001). O isolamento e o apoio social diminuíram a relação entre a intolerância à incerteza e o estresse (p < .001).
Conclusão:
Homens com alta intolerância à incerteza e recusa eram mais vulneráveis ao estresse durante a pandemia. No entanto, o enfrentamento ajudou a amenizar a relação entre a intolerância à incerteza e o estresse percebido, sendo uma intervenção psicossocial promissora nesse contexto.
DESCRITORES
Saúde do homen; Saúde mental; Adaptação psicológica; Estresse psicológico; Covid-19