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Vulnerabilidades para o adoecimento de mulheres em garimpos na fronteira do Escudo das Guianas* * Extraído da dissertação de mestrado: “Mulheres no garimpo: percepção sobre saúde e doença na Fronteira Panamazônica”, Universidade Federal do Amapá, 2019.

RESUMO

Objetivo:

Analisar as vulnerabilidades para o adoecimento de mulheres em áreas de garimpos da fronteira do Escudo das Guianas: Brasil, Guiana Francesa e Suriname.

Método:

Pesquisa de campo, descritiva, exploratória, de abordagem qualitativa. A coleta de dados ocorreu com 19 mulheres que vivenciavam o contexto de garimpagem, em abril de 2018. As entrevistas foram gravadas e transcritas na íntegra e posteriormente analisadas à luz do conceito de vulnerabilidade.

Resultados:

Mulheres com idade entre 30 e 39 anos, predominantemente pretas e pardas, união estável, multíparas, baixa escolaridade e com atividades de trabalho relacionadas à garimpagem. Emergiram três categorias empíricas: Exposição às condições ambientais e de vida nos garimpos: vulnerabilidades para o adoecimento de mulheres; Saúde sexual e reprodutiva no contexto de fronteiras: a invisibilidade entre a legalidade e a ilegalidade; Facetas gendradas da violência nos garimpos da fronteira do escudo das Guianas.

Conclusão:

A vulnerabilidade é acentuada nas três dimensões do conceito, quais sejam: a dificuldade de acesso aos serviços de saúde, tratamento descontinuado e disparidade nas políticas de saúde entre os países, que são aspectos importantes à vulnerabilidade e condições de saúde.

DESCRITORES
Saúde da mulher; Mineração; Saúde na fronteira; Vulnerabilidade em Saúde; Populações vulneráveis

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