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Trabalho em turnos de profissionais de enfermagem e a pressão arterial, burnout e transtornos mentais comuns* * Extraído da tese: “Risco cardiovascular e carga alostática em profissionais de enfermagem que atuam em oncologia: variáveis biopsicoemocionais e relacionadas ao trabalho”, Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo, 2016.

RESUMO

Objetivo:

Analisar a influência do trabalho em turnos na pressão arterial, na presença de burnout e transtornos mentais comuns em profissionais de enfermagem.

Método:

Estudo transversal. O burnout foi avaliado pelo Maslach Burnout Inventory, e os Transtornos Mentais Comuns, pelo Self Reporting Questionnaire. Realizaram-se a medida casual da pressão e a Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial.

Resultados:

Participaram 231 profissionais. A maioria (59,7%) trabalhava em turnos, e essa condição associou-se (p≤0,05) com: maior carga de trabalho semanal; fazer plantão noturno; menor tempo de formado e de trabalho na instituição; etilismo; atividade de lazer; e alteração na monitorização ambulatorial da pressão arterial do período do sono. Os profissionais com transtornos mentais comuns e que trabalhavam em turnos apresentaram menores níveis de pressão casual diastólica (p=0,039) e maior prevalência de hipertensão (p=0,045). A presença de exaustão emocional associou-se com pressão arterial de vigília normal e despersonalização com pressão arterial de sono alterada.

Conclusão:

O trabalho em turnos associou-se à maior prevalência de fatores negativos relacionados ao trabalho, hábitos e estilos de vida inadequados e alteração da pressão no período de sono.

DESCRITORES:
Enfermagem; Trabalho em Turnos; Esgotamento Profissional; Transtornos Mentais; Estilo de Vida; Hipertensão

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