Open-access Sobreviver e suportar o corpo

Resumo:

Este artigo apresenta uma análise sobre a produção de discursos sobre a climatério ou perimenopausa em clínicas privadas chilenas, a partir de uma perspectiva feminista e considerando quadros conceituais e metodológicos da Antropologia Médica Crítica (AMC) e dos Estudos Críticos do Discurso (ECD). O corpus foi composto por oito páginas web de clínicas privadas chilenas. A saliência quantitativa aponta para uma patologização e, na dimensão contextual, são identificadas estratégias discursivas de essencialização, que justificam a patologização, medicalização e mercantilização do corpo das mulheres categorizadas como climatéricas. As afirmações biomédicas revelam estruturas simbólicas que situam as mulheres em um território liminar entre a natureza e a doença, sendo consistentes com um discurso ideológico centrado em sua potência reprodutiva.

Palavras-chave:
antropologia médica crítica, feminismo; estudos críticos do discurso; mercantilização da saúde; climatério

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