Resumo:
O presente artigo investiga o modo como é retratada a violência perpetrada contra as vilãs de telenovelas brasileiras, por seus pais, maridos e amantes. Questiona se as cenas nas quais essas mulheres são agredidas estão inseridas em um contexto no qual tal violência é declarada e questionada, ou se elas aparecem destituídas de qualquer indagação sobre o fato de se representar um homem batendo em uma mulher. Foram selecionadas nove novelas para análise, exibidas entre os anos 2000 a 2017, sendo todas “novelas das oito” apresentadas no horário nobre (21 horas). Ao final do percurso, buscou-se evidenciar um regime de representação que nega a violência de gênero inerente a essas imagens e suas possíveis consequências.
Palavras-chave:
regimes de representação; violência de gênero; telenovelas