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Como me tornei #dotorainspiração e o brinco de Ewá

How I became #dotorainspiração and the Ewá’s Earring

Resumo:

O objetivo deste ensaio é discutir as interfaces entre intelectualidade acadêmica e pública em diálogo com feministas negras e decoloniais. Levando em conta a produção de uma “narrativa na primeira pessoa”, discuto minha própria trajetória como professora universitária, destacando a relevância da construção de projetos científicos baseados na autoimagem de mulheres negras como intelectuais. Em atenção à crítica de Ochy Curiel sobre a imposição de renúncia da “vida social” para alcançar uma carreira bem-sucedida, trago para primeiro plano a importância de discutir o papel da subjetividade e da produção de conhecimentos autodefinidos na vida de mulheres negras. Por fim, reflito sobre os dilemas e possibilidades colocados para a intelectualidade de mulheres negras por meio de experiências vivenciadas nos últimos quatro anos, entre elas a criação do Grupo Intelectuais Negras UFRJ, a participação em programas televisivos e o posto de colunista no Nexo Jornal.

Palavras-chave:
intelectual negra; autodefinição; narrativa na primeira pessoa; feminismos interseccionais

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