Resumo:
O jornalismo é uma importante tecnologia de gênero que (re)produz estereótipos e divulga modos de conduta a partir de uma perspectiva androcêntrica. Diferente disso, o jornalismo feminista tem questionado estas lógicas e desenvolvido outras práticas, a partir de perspectivas feministas que se definem como interseccionais e por vezes decoloniais. Este texto conceitua o jornalismo feminista apontando suas estratégias antifascistas, antirracistas e sua relação possível com posicionamentos decoloniais. A partir de pesquisa exploratória e de vivências das docentes em ensino, pesquisa e extensão, o trabalho explora especialmente coletivos argentinos e brasileiros, identifica jornalismos feministas que colaboram para resistir aos ataques ultraconservadores, construir alianças e outras pedagogias e epistemologias que possibilitem transformações na realidade social.
Palavras-chave:
jornalismo feminista; jornalismo com perspectiva de gênero; perspectivas decoloniais; Argentina; Brasil