Resumo
A partir de narrativas juvenis, neste artigo analisa-se a divisão sexual do trabalho em áreas rurais, com foco nas tensões produzidas pelas diferenças geracionais. Os dados, obtidos a partir da metodologia da história de vida em quatro etapas de oficinas pedagógicas (2015-2016) realizadas com 150 jovens de duas escolas de assentamentos de reforma agrária no Paraná, revelam os impactos do trabalho genderizado no processo de socialização da juventude camponesa. O estudo evidencia conflitos geracionais num contexto em mudança, bem como o impacto pedagógico e cultural advindo do acesso ao conhecimento sistemático e da problematização da temática, sobretudo, a revisão de preconceitos e a mudança de discursos, práticas e atitudes em direção à promoção da igualdade de gênero, notadamente, a partir da agência das jovens do campo.
Palavras-chave:
gênero; geração; trabalho; juventude; cultura camponesa