Resumo:
O artigo tem como objetivo discutir a participação de escritoras feministas nas narrativas nacionais das primeiras décadas do século XX no Brasil e em Portugal, fazendo algumas interseções entre elas. Para tanto, restringi a análise às representações de gênero e de nação, construídas pela portuguesa Ana de Castro Osório e pela brasileira Júlia Lopes de Almeida nos romances epistolares Mundo Novo (1930) e Correio da Roça (1913), respectivamente. Argumento que, ao contrário da perspectiva masculina mais hegemônica de representar a nação que tende a instituir um modelo de domesticação e submissão feminina, essas escritoras construíram uma representação de nação associando o progresso desta à emancipação e independência femininas.
Palavras-chave:
Feminismo; Gênero; Nacionalismo; Ana de Castro Osório; Júlia Lopes de Almeida