O trabalho reafirma a importância dos estudos de gênero para a compreensão dos processos históricos contemporâneos através dos quais se deram a inserção, a permanência e a ampliação da participação das mulheres no campo esportivo brasileiro, entre os anos 1960 e 1970. Através das narrativas orais de duas atletas negras - Eliane Pereira de Souza e Aída dos Santos -, são examinadas as múltiplas intersecções do gênero com outros componentes de diferenciação social, como classe, raça/etnia e geração, fundamentais para a reconstrução das experiências que marcaram os projetos, as carreiras, as trajetórias e as memórias dessas mulheres durante a vigência da Ditadura Militar brasileira.
atletas negras; mulheres e esporte; relações de gênero; emancipação feminina