Resumo:
Neste artigo, o objetivo é analisar como as relações sociais de classe, raça e gênero se articulam na história de Moçambique pós-independência para produzir uma realidade de vulnerabilidade estrutural das mulheres ao vírus da imunodeficiência humana (HIV). A pesquisa bibliográfica adota a teoria social crítica para analisar as políticas governamentais, relatórios de ONGs nacionais e internacionais, pesquisas acadêmicas e outros. No país, as relações de classe, gênero e tradições culturais reafirmam o domínio dos homens sobre a sexualidade, a força de trabalho, a terra e propriedade e a cidadania das mulheres, numa intersecção com o ideário neoliberal, afirmando, não sem resistências das mulheres e suas organizações, o lugar de subalternidade e vulnerabilidade das mulheres em um contexto de epidemia generalizada de HIV/AIDS combinada à pobreza.
Palavras-chave:
Vulnerabilidade estrutural; Mulheres; HIV/AIDS; Neoliberalismo; Moçambique