Resumo
No contexto da emergência do activismo migrante, a experiência do UndocuQueers, nascida em San Francisco em 2011, desafia ideias comuns sobre práticas de movimentos migrantes, através das intersecções entre reivindicações queer e migrantes. Para compreender estas peculiaridades, neste artigo procuro em primeiro lugar analisar algumas das características mais relevantes do activismo UndocuQueer. De seguida, concentro-me na série online “Undocumented and awkward” (“Sem documentos e estranho”), de modo a discutir as interseccionalidades propostas pelo movimento. Na terceira parte, proponho-me a analisar a série enquanto exemplo de práticas inovadoras de cidadania. Finalmente, discuto como o movimento UndocuQueer e a sua produção cultural oferece um exemplo original de práticas políticas de direitos e propõnho uma perspectiva promissora para um engajamento crítico com questões de cidadania.
Palavras chave
queer; activismo; activismo dos sem documentos; migrantes