RESUMO
Este artigo traz uma reflexão sobre a progressividade da política previdenciária no Brasil, com base no debate entre Hoffmann (2021Hoffmann, R. (2021). Aposentadorias e pensões no Brasil: progressivas ou regressivas? Brazilian Journal of Political Economy, 41(4), 835-841. https://doi.org/10.1590/0101-31572021-3301
https://doi.org/10.1590/0101-31572021-33...
) e Cardoso et al. (2021aCardoso, E., Dietrich, T. P., & Souza, A. P. (2021a). Envelhecimento da população e desigualdade - Resposta a Hoffmann. Brazilian Journal of Political Economy, 41(4), 840-841. https://doi.org/10.1590/0101-31572021-3315
https://doi.org/10.1590/0101-31572021-33...
, 2021bCardoso, E., Dietrich, T. P., & Souza, A. P. (2021b). Envelhecimento da população e desigualdade. Brazilian Journal of Political Economy, 41(1), 23-43. https://doi.org/10.1590/0101-31572021-3068
https://doi.org/10.1590/0101-31572021-30...
) feito na REP. As dimensões de adequação e equidade devem ocupar espaço proeminente nesta análise. A literatura empírica, por meio do cálculo da Taxa de Reposição e a Taxa Interna de Retorno, traz evidências de que as aposentadorias do RGPS apresentam progressividade para as dimensões de renda, sexo, escolaridade e espécie de benefício. Já para o RPPS da União, há evidências menos claras de progressividade quanto ao sexo, e evidências de regressividade quanto à renda.
PALAVRAS-CHAVE:
Previdência social; progressividade; aspectos distributivos; adequação; equidade