RESUMO
Este trabalho examina os modelos de fundos emprestáveis com uma taxa de juros estabilizada, na qual o sistema bancário preenche o hiato entre o fluxo de demanda e a provisão de fundos. Um típico modelo Mickseliano é desenvolvido para ressaltar a importância do crédito e inflação (deflação) em fechar o intervalo entre poupança e investimento. Substituindo a taxa nominal de juros pela real - uma modificação apropriada num modelo cuja inflação é relevante - e usando a definição de renda Robertsoniana, percebemos que, dependendo da reação da ‘carência’ (lacking) e investimento à inflação, existe a possiblidade do sistema se tornar instável. Introduzindo desemprego no sistema percebemos que o investimento é mais sensível do que a carência à inflação, quanto maior o grau de flexibilidade salarial, maior será o nível de equilíbrio de desemprego, em face do choque de demanda, e maiores as chances de instabilidade macroeconômica. Finalmente demonstramos que se substituirmos a definição de renda Robertsoniana pela Keynesiana, o investimento se torna mais sensível à inflação, tornando a rigidez salarial, necessariamente, um bom negócio.
PALAVRAS-CHAVE:
Rigidez de salários; desemprego; equilíbrio macroeconômico