RESUMO
O Brasil foi um dos países emergentes que enfrentou fortes pressões de apreciação cambial entre o 2º trimestre de 2009 e julho de 2011. É sob este contexto que pode ser entendida a aplicação da Regulação da Conta Capital (CAR) depois de 2009, que foi complementada com outro tipo de regulação, a Regulação dos Derivativos Cambiais (FXDR). Este trabalho mostra que, somente quando o governo brasileiro adotou estes dois tipos de regulação simultaneamente, houve um aumento da eficácia das políticas em deter essas pressões. A experiência brasileira também revela que não é possível estabelecer uma hierarquia entre os instrumentos temporários para gerenciar fluxos de capital e medidas prudenciais permanentes, tal como defende a abordagem atual do FMI.
PALAVRAS-CHAVE:
liberalização da conta de capital; controles de capitais; economia brasileira