RESUMO
Este ensaio analisa o experimento argentino “currency board” durante a década de 1990, tanto do ponto de vista teórico quanto histórico. Descobriu que as tentativas anteriores de controlar a inflação com uma taxa de câmbio quase fixa em um ambiente altamente politizado deveriam ter sido uma lição a ser ouvida. Ao detalhar as várias deficiências das políticas econômicas domésticas, um amplo espaço é dedicado a examinar os mercados de capitais internacionais e seu impacto no programa argentino. Além disso, sustenta-se que o ambiente político argentino, cuja estabilidade foi crucial para o sucesso nos primeiros anos, deteriorou-se tanto depois de 1996 que contribuiu significativamente para o colapso do programa econômico e do próprio sistema. O ensaio conclui com uma breve consideração das políticas econômicas chilenas, que foram caracterizadas por um grande grau de pragmatismo e prudência e, consequentemente, conseguiram escapar do terrível destino de seu vizinho.
PALAVRAS-CHAVE:
Fluxos internacionais de capital e instabilidade macroeconômica; endividamento externo argentino; políticas argentinas de taxa de câmbio