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Piketty à luz de Pasinetti e Foley: Distribuição de renda, crescimento balanceado e fragilidade financeira

RESUMO

O artigo se propõe discutir a hipótese de que a distribuição funcional da renda não é necessariamente estável à medida que a economia cresce. São revisitados os modelos de Pasinetti e Foley mostrando que se empregarmos a definição tradicional de capital (i) r > g é condição necessária para a existência de crescimento balanceado sendo compatível com um nível constante de desigualdade ao longo do tempo e (ii) r > i é condição necessária para a obtenção de uma trajetória de crescimento financeiramente robusta. Desse modo concluímos que, desde uma perspectiva pós-keynesiana, o argumento de Thomas Piketty de que a raiz da desigualdade no capitalismo está em que a taxa de retorno do capital é maior que a taxa de crescimento da economia é questionável.

PALAVRAS-CHAVE:
Crescimento Econômico; Capital; Distribuição de renda; Economia pós-keynesiana; Thomas Piketty

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